O Fundamentalismo e a política no Brasil.

Qual o aplicativo do termo, quando se refere a essa epistemologia pensa se na religião islâmica, no entanto, o fundamento é amplo e se prende historicamente. Encontra se em todas as religiões e como também em certas doutrinas epistemológicas.

Numa definição simples são grupos radicais que desejam colocar a todo custo suas verdades religiosas ou políticas, com efeito, o fundamentalismo é uma imposição. As pessoas agem em função do fanatismo.

A palavra fanatismo vem do latim, cujo sentido é fanum, o que significa templo sagrado, residência de Deus, lugar onde se encontra a verdade, sendo a mesma a salvação do mundo, portanto, todo fanático tem como obrigação por um mecanismo de alienação levar a verdade.

O comportamento do fanatismo é antigo, histórico, atravessou vários momentos da História com suas tendências, à palavra fundamentalismo na sua acepção moderna nasceu nos Estados Unidos.

De uma publicação intitulada com a mesma significação, que trazia textos sagrados de teólogos conservadores na mudança do século XIX para o século XX, o fundamentalismo cristão evangélico afirmou nos Estados Unidos e no Brasil nos 1980 a 1990.

 Uma variável conservadora que ganhou força, cuja ideologia básica é a luta constante contra a desagregação da família, procura afirmar o patriarcalismo recuperando o matrimônio como caminho para salvar da sociedade.

Eles defendem a autoridade do homem sobre a mulher, sendo o referido a principal autoridade, o poder paterno sobre os filhos, a função do sexo apenas para procriar.

 São contra qualquer forma de prazer, considera o movimento feminista e a homossexualidade como desvio de conduta, coisa do diabo, quem defender esses procedimentos para um fundamentalista, só teria esse comportamento inspirado pelo satanismo.

Não se pode considerar fundamentalista todos os cristãos, apenas aqueles que agem de forma fanática e impositiva, vive a fé por um principio irracional, como se Deus tivesse escolhidos os referidos os melhores, eleitos, são agraciados por Deus, nesse princípio transforma o fundamento da fé na mais absoluta cegueira.

Portanto, o fundamentalismo, tem propósito em tomar o Estado, como mecanismo institucional para impor a sociedade seus valores, o que acontece em certas religiões no mundo.

 No Brasil o mecanismo fundamentalista encontra-se com mais frequência em meios evangélicos, ao conseguir o poder tem como finalidade estabelecer os fundamentos com práticas Talebans, refiro em parte, ser intolerante a tudo que for contrário a seus fundamentos.

Nenhuma democracia consegue sobreviver a uma sociedade fundamentalista, na medida em que certos setores evangélicos crescem no Brasil a democracia tornará necessariamente frágil, como são  no oriente.

 O movimento fundamentalista é típico de duas religiões no mundo, por um lado o islamismo, por outro o cristianismo, existe uma projeção no Brasil da maioria no parlamento de deputados fundamentalistas pelo ano 2030, quando a nossa democracia tomará outro rumo.   As chamadas igrejas eletrônicas vão  comandar a política brasileira em breve.

O comportamento fundamentalista sejam no ocidente ou no oriente eles são reacionários, conservadores e quando no puder político eles travam a sociedade em qualquer perspectiva moderna a respeito de direitos básicos do cidadão.  

No caso dos evangélicos fundamentalistas e não os evangélicos de outras tendências tem como finalidade, recuperar valores cristãos, como também  morais, tudo que não tiverem seus valores são diabólicos, outras religiões de origem afra, são consideradas satânicas, aliás o diabo manifesta por elas, como também no ateísmo.

 Intolerantes por natureza constituirá num curto espaço tempo para a história do Brasil num eminente perigo para a democracia uma vez que tem como objetivo crescer entre as pessoas pobres, posteriormente desenvolver um discurso moralista e conservador como se fosse o fundamento da palavra da Bíblia e com isso ganhar o poder político por meio das eleições.

Para ter uma ideia, ninguém mais consegue chegar a Presidência da Republica no Brasil, sem apoio dessas tendências, os últimos presidentes da República para vencer as eleições tiveram que fazer uma aliança ampla com os fundamentalistas.

 Tanto  das Igrejas evangélicas como da Católica, nesse caso especifico, não se trata de partidos ou pessoa, não se chega ao planalto desconsiderando essa grande tendência religiosa, pelo mesmo motivo o planalto sempre será relativamente refém.

Edjar Dias de Vasconcelos.