Rabim Saize Chiria

Licenciado em Filosofia pela Universidade Eduardo Mondlane

O fim último da vida e do casamento 

 

Eu tenho ouvido com frequência que o fim último da vida é a felicidade, e fim  último do casamento é a felicidade, mas será  esse propósito do  nosso existir e da nossa união conjugal? Nestes dois pontos  eu começaria por dar uma resposta negativa, mas sim afirmativa. A finalidade da vida não é  a felicidade, a finalidade da vida é o amor. Amar sua própria vida e por fim a mar o seu próximo como a si mesmo. Essa é  a Licão que a figura de Nazaré nos deixou (Jesus). 
Viver para ser feliz é uma livre associação de ideias (ilusão), mas viver para amar a sua vida e do seu próximo é  algo concreto e verdadeira felicidade. É no amor e na vida em si, onde se alcança a verdadeira felicidade e não naquilo que a vida pode nos oferecer. A vida não é um instrumento para alcançar algo útil, visto que ela em si mesma já tem algo útil que é o amor. Por isso, tomem cuidado de não instrumentalizar a vida, com o risco de se suicidarem, em caso de não alcançarem as vossas alucinações, que por sinal são inalcançáveis.
Quanto ao casamento! A finalidade do casamento não é a felicidade, ou seja, o casamento não proporciona felicidade nenhuma, se você não é feliz consigo mesmo não será com o casamento que alcançará a felicidade. A verdadeira felicidade acontece dentro de nós mesmo, sobretudo no amor. Você pode ser feliz na solidão, desde que tenha o amor como base da sua vida.
Alguém pode perguntar, como o amor? Se você está falar da solidão? Amarás a quem na solidão? Na solidão amarás a si mesmo e ao seu próximo. Como o meu próximo se você falou da solidão? A solidão que eu faço menção não é absoluta, mas sim relactiva, ou seja, na relação com outros.  
Os filhos podem trazer a felicidade a um casal? Não, os filhos são  apenas uma bênção de Deus, assim como a mulher é uma bênção de Deus para homem, mas nem toda bênção é motivo de alegria porque pode ser uma maldição. Por isso os filhos, a mulher não podem ser a condição indispensável  para a felicidade, mas são precisos para completarem a incompletude solitária do homem, que em si mesma já é feliz no amor consigo mesmo e no próximo.  
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Autor : Rabim Saize Chiria, Licenciado em Filosofia Pela Universidade Eduardo Mondlane