Nos tempos de hoje, já somos capazes de identificar que o mundo não mais se divide em Esquerda e Direita. Os problemas enfrentados nos mais diversos países e regiões do mundo se devem, especialmente, ao egoísmo humano que se acentua quando os recursos se esgotam, sejam estes naturais ou artificiais – financeiros por exemplo. No Brasil, após uma longa experiência com uma política distributiva e inclusiva para, supostamente, trazer os mais pobres para a sociedade de consumo, o que se viu foram desmandos, fisiologismo, corrupção e enriquecimento ilícito, principalmente, daqueles que deveriam ter as rédeas do país para trazer os frutos desta política. Em ano de nova eleição, fica cada vez mais difícil identificar os reais benefícios de se acreditar em um ou outro discurso, uma vez que fica fácil criticar tantos maus resultados até hoje alcançados pelos governantes, mas também está cada vez mais difícil apontar novos caminhos que não passem pelas mesmas promessas ou acusações. Acusar os que defendem políticas sociais de irresponsáveis e populistas fica fácil quando os que as defenderam no discurso passado deixaram os cofres públicos à míngua e a economia do país totalmente quebrada e sem credibilidade. Por outro lado, defender apenas políticas de austeridade, deixando secos os recursos para os programas sociais, saúde pública, educação, segurança e ciência & tecnologia, leva a um indicativo claro de que só os mais fortes, saudáveis e abastados conseguirão sobreviver e alcançar a tão sonhada linha de largada para a retomada do crescimento e do amplo emprego. O tão falado Estado Mínimo com liberalismo tem apelo muito forte para aqueles que se cansaram de dividir recursos com os mais necessitados e apostam que a desregulamentação e a redução do controle do Estado trarão a tão sonhada corrida democrática pelo equilíbrio do mercado. Onde a redução das amarras para os empresários e investidores poderá resultar na ampla retomada dos empregos e da economia. O fato real é que sempre existirão pobres e ricos em qualquer sociedade, porém, enquanto os primeiros forem a grande maioria, o Estado precisará ser forte o suficiente para criar mecanismos que equilibrem a balança e permitam que todos de fato participem desta corrida. A esquerda social ou a direita conservadora ou liberal não são mais a simples resposta para nações como o Brasil, pois não se trata de uma partida de futebol onde devemos escolher a cor da bandeira que melhor nos representa. Devemos sim, deixar de pensar apenas em nós mesmos – nossas chances e oportunidades de emprego ou renda – e pensar que uma nação precisa de todos, e todos fortes e capazes de dar sua contribuição e não apenas levar a sua fatia para casa. Chega de malas, mochilas ou apartamentos abarrotados de dinheiro roubado! Sejamos éticos e honestos e façamos a nossa parte, por menor que pareça, que estaremos de fato começando a construção de uma nova nação que teremos orgulho de chamar de pátria. Não escolha seu candidato pelos erros que ele aponta nos adversários, mas sim pelo seu passado honroso ou mesmo pelo seu futuro promissor. Mas não espere que tudo se resolva a partir de sua eleição. Faça a sua parte pra consertar suas atitudes e seu egoísmo e brigue pelos seus direitos sem avançar no direito do outro. Afinal, somos todos brasileiros! E aqueles que não o forem, ou não estiverem imbuídos com o espírito de fazer o Brasil melhor, sintam-se à vontade para se retirar, pois aqui não existem bandeiras e cores distintas, existe apenas BRASIL.