FALSO BRILHO



Sabemos a história em que um rei depois de haver perdido todo ouro do seu reino, enganou os que passavam ao longe, sobre o brilho do bronze polido. Daí o dito: "reluz mas não é ouro". Aquele rei enganou o inimigo, mas, enganava-se a si mesmo, a sem pensar estava colocando todo seu reinado em perigo pela aparente riqueza mostrada, mal sabia ele que ali poderia estar sua vulnerabilidade, eis que poderia estar despertando nos seus inimigos a inveja, a cobiça pela reluzente falsa riqueza que ostentava sob seu poder e domínio.



Quando nos deixamos seduzir pelo falso brilho que é despertado pelo nosso "eu", nosso "ego", e preterimos estar em meio a outros que muitas vezes vivem de falsa modéstia e falsa aparência, podemos ser envolvidos por este mesmo meio, sufocando nossa luz.

A história humana é repleta de exemplos disso.

A história bíblica conta isso, quando aquele rei deu seu banquete e apareceu aquela mão na parede escrevendo "Mene, Mene, Tequel e Parsim", isso querendo dizer que Deus conhece seus utensílios, conhece o que Ele colocou dentro da sua casa. Quando é retirado algum utensílio de dentro da casa para ser colocado a serviço estranho e contrário ao meio para o qual foi trazido e consagrado, aquele que assim faz, corre o risco de ser pesado na balança do Nosso Senhor. Não é pelos feitos executados que nos permite analisar o fiel da balança, é pela própria balança que está inserida na Palavra de Deus.

Sabemos que das coisas relacionadas ao mundo espiritual, quer nossa, quer de outrem, são medidos pelo conteúdo que dá causa pelo peso através da Palavra. Não há outra forma de fazermos juízo dessas coisas.

Poderia mencionar que pela experiência? Até poderia, mas aí ficaríamos no mundo natural e como os utensílios de Deus não são mais naturais por adquirirem natureza divina, devem ser analisados e pautados pelo conteúdo da Palavra, e na Palavra está em Jeremias 17:9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?

Nós somos em muitas vezes levados à pensar que sabemos e controlamos nossas atitudes, sem levar em conta que Deus sabe daqueles pensamentos e intenções que nem formamos em nossa consciência. Isso conforme está em Jeremias 17.10 Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.

Deus nos dá liberdade de expressão, mas colocará na sua balança o peso da real intenção das nossas palavras e intenções. Se, são honestas e verdadeiras ou se são fruto da nossa vaidade ou desejo de sermos percebidos.

A própria Palavra fala daquele povo que achava que tinha tudo quanto precisava, mas foi revelado ao apóstolo para que instigasse-os a perceberem sua nudez: Apocalipse 3:17 Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.

Entretanto, Deus percebendo suas carências e necessidades, forneceu o escape aos mesmos que estavam cegos, conforme a mesma Palavra que os orientava e continua nos dando exemplos de como devemos agir: Apocalipse 3:18 Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.

Dessa forma não seremos enganados pelo falso brilho das coisas humanas, que os próprios homens dão polimento para fascinar quem enxerga "de longe". Este colírio que Deus sugere, diz respeito a conseguirmos perceber que mesmo de longe É FALSO BRILHO. Sem dúvida é um grande conselho de Deus. Ele corrige a quem ele ama.

O que temos procurado que é falso brilho?



Valdir Carvalho ? Cascavel-Pr, 17.5.2011