Segundo Minayo, Hartz, Buss (2000, apud Hawerroth, Kulkamp, Wentz, 2010), a concepção sobre qualidade de vida discorre sobre uma ideia social formada com base nos princípios pessoais e particulares de cada individuo(bem-estar, satisfação, prazer, amor, etc.).

O sistema músculo esquelético em bom estado e ação é essencial para o desenvolvimento de força, auxiliando na preservação postural, bem como na realização e melhoria das atividades do dia a dia, autonomia funcional e qualidade de vida. (HAWERROTH, KULKAMP, WENTZ, 2010).

A musculação é uma palavra usada no Brasil e em alguns outros países da América do Sul, que diz respeito a exercícios resistidos ou de contrarresistência. Sua realização, normalmente é praticada em academias, em que se utilizam aparelhos de musculação, pesos livres, elásticos, dentre outros. Entretanto, a musculação ou exercícios resistidos podem ser feitos em qualquer lugar ou âmbito, contanto que haja uma resistência oposta à tensão gerada pela contração da musculatura esquelética. (TEIXEIRA,JUNIOR, 2010).

Segundo Teixeira, Junior (2010), o uso do termo musculação na literatura científica não é geralmente visto, mas sim treinamento de força, ou treinamento resistido, exercícios resistidos ou exercícios de contrarresistência.

O Treinamento Resistido passou por um impressionanteprogresso nos últimos 50 anos. Antes seus adeptos eram uma pequena parte da sociedade e hoje se tornou público entre grande parte de diversas classes da população por causa de seus inúmeros benefícios. Fleck, Júnior (2003, apud, Barbosa, Moreira, 2011).

Os exercícios resistidos eram muito controversos e impugnados, devido ao aspecto desportivo do levantamento olímpico e ao culturismo (musculação de competição). Todavia, nas últimas décadas um grande número de fontes científicas vem mostrando fidedignidade e segurança em sua prática, sendo hoje um dos indispensáveis exercícios físicos para os professores de Educação Física. Bossi (2003, apud, Farias, Rodrigues, Junior, 2009).

O Exercício Resistido é preventivo e reabilitador e atua diretamente de maneira positiva na capacidade funcional de um indivíduo, que por sua vez se torna independente e livre para com as atividades com o corpo.

[...] De acordo com Costa (2004, apud Hawerroth, Kulkamp, Wentz, 2010) “os exercícios resistidos vão muito além da estética, já que sua prática ajuda na diminuição do estresse, aumenta a interação social, combate o sedentarismo, a aterosclerose, controla a hipertensão arterial, obesidade, diabetes, osteoporose, entre outros.

No presente o treinamento resistido vem conquistando muitos seguidores no mundo todo por ter um pequeno indício de lesões, melhoria das capacidades físicas, modo de treinamento aprovável e ajustável ao praticante e eficácia na modelagem corporal. Gianolla (2003, apud Barbosa, Moreira, 2011).

O treinamento de força propicia hipertrofia muscular, o emagrecimento, a melhora ou manutenção da saúde e condicionamento físico. No entanto, o padrão alimentar e qualidade de sono podem influenciar nos resultados. Dessa forma, o profissional antes de prescrever o treinamento deve analisar o estilo de vida do aluno a fim de auxiliá-lo a mudar hábitos prejudiciais e sustentar comportamentos adequados aos resultados esperados. (PRESTES, et.al, 2016).

Para um bom desempenho e resultados na prática de musculação, é necessário levar em conta alguns aspectos técnicos como também controlar e manipular as variáveis de treinamento.

O aquecimento é bastante utilizado nos exercícios em geral com a ideia de melhorar a execução e evitar lesões. A melhor forma de se fazer é o próprio exercício, mas realizado deforma suave com pouca carga. Outras formas também são os exercícios aeróbicos e/ou alongamentos, por exemplo, que de qualquer forma também deve ser feito de forma leve. (SANTAREM, 2012).

O alongamento, mesmo que não faça parte da aplicação habitual da musculação pode ser utilizado em combinação com o treinamento com pesos em diversas finalidades, seja para aquecimento, treinamento, relaxamento ou ganho de flexibilidade. (SANTAREM, 2012).

Incluem-se nas variáveis de treinamento a escolha do exercício e do equipamento e sua respectiva ordem para aumento de performance e diminuição do risco de lesão. O volume que se referea numero de séries, repetições e peso. A frequência do treino que depende da divisão da rotina de treinamento e nível que o aluno se encontra (iniciante, intermediário e avançado). O intervalo que possibilita a faixa média ideal de recuperação muscular entre séries e exercícios. As formas de controle de carga podendo aumentar peso, repetição, séries ou até mesmo diminuir intervalo entre séries e exercícios. A velocidade da execução, em que se pode fazer exercícios para o mesmo grupo muscular sem alternar, ou usar métodos que utilizem pouco ou nenhum intervalo entre as séries e exercícios. O tipo de respiração adequada de acordo com o tipo de treino, se é leve, moderado ou intenso(hipertrofia), ou muito tenso (força pura ou potência). (UCHIDA, et.al, 2004).

REFERÊNCIAS

HAWERROTH, Daniel; KULKAMP, Wladymir; WENTZ, Marcelo Diederichs. Exercícios Resistidos e qualidade de vida: impacto na capacidade functional e benefícios terapêuticos. Revista Digital. Buenos Aires, Nº143, Ano 2015.

Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd143/exercicios-resistidos-beneficios-terapeuticos.htm>

BARBOSA, Renan Rangel Mafra e MOREIRA, JosianaKely Rodrigues. Treinamento Resistido: estética, saúde e qualidade de vida. Uma revisão de literatura. UEPA. 2012.

Disponível em: <http://paginas.uepa.br/ccbs/edfisica/files/2011.2/RENAN_BARBOSA.pdf>

FARIAS, Ivan Gabriel da Silva Rodrigues; RODRIGUES, Teresa da Silva; JUNIOR, Osmar Manoel Seabra. Exercício resistido: na saúde, na doença e no envelhecimento. São Paulo. 2009.

Disponível em: http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/PO30198802897.pdf

TEIXEIRA, Cauê Vazquez La Scala e JUNIOR, Dilmar Pinto Guedes. Musculação perguntas e respostas. As 50 dúvidas mais frequentes nas academias.São Paulo: Phorte, 2010.

SANTAREM, José Maria. Musculação em todas as idades: comece a praticar antes que seu médico recomente.São Paulo: Manole, 2012.

PRESTES, Jonato. et, al. Prescrição e Periodização do Treinamento de Força em Academias.2ª edição. São Paulo: Manole, 2016.

UCHIDA, Marco Carlos. et,al.Manual de musculação.2ª edição. São Paulo: Phorte, 2004.