FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIENCIAS, EDUCAÇÃO E LETRAS - FACEL

Curso de pós Graduação em: Docência do Ensino Superior

Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Pólo: Teologia

Data de início: 20/ 03/ 13

Disciplina: História, Legislação e Currículo do Ensino Religioso

Data de entrega: 04/08/13

 

 

O ENSINO RELIGIOSO

Uma análise sobre sua aplicação  

 

      

Numa sociedade “capitalista, neoliberal e pós-moderna”, onde predomina a “educação técnica e profissional”, evidência-se a possibilidade de “se deixar de lado a formação humana”. Nesta hipótese surge uma sociedade mais injusta e desumana.

O ensino religioso (ensino fundamental e médio) e educação religiosa ( ensino superior de universidades confessionais), podem contribuir para formação de indivíduos mais humanos, “enquanto educa valores éticos e humanos” (ALVES, 2004, p. 19).  

Educação religiosa não é ensinar doutrinas ou dogmas, mas é capacitar as pessoas para uma relação e comunicação com o próximo, com o “cosmos e com a transcendência”. Tratar da transcendência é falar sobre a realidade infinita do homem que é “capaz de protestar, de recusar e aceitar a realidade na qual está mergulhado, porque é mais e se sente maior do que tudo que o cerca”(ibid., p. 31).

A educação religiosa não é um processo educativo pronto. Por isso deve sempre ser revisto e atualizado, acompanhando o crescimento tecnológico e as novas descobertas. Motivo pelo qual o docente deve estar sempre se atualizando e mostrando criatividade em suas aulas, mantendo o comprometimento “com a sensibilidade solidária” (ibid., p. 32).

Planejar a aula é uma ferramenta do professor. Com ela, ele  pode analisar o  conhecimento sobre o assunto a ser tratado e planejar uma forma eficaz de apresentar o material (SCHENINI, 2013).

No entanto, o professor deve estar ciente que seu planejamento pode e deve ser alterado, caso necessário, na prática, conforme as circunstâncias. A sala de aula, a cada dia é uma nova surpresa, pois não tem como saber como está o emocional de cada estudante, uns podem estar tristes, outros alegres. Cada um em particular esconde sentimentos que muitas vezes não querem revelar, enquanto outros buscam uma oportunidades para lançarem para fora seus sentimentos mais íntimos. De modo que uma prática adequada ao ensino religioso é a que “respeita o aluno em sua totalidade, porque não se impõem, mas permitem uma discussão franca e aberta” (ALVES, 2004, p. 33). Conforme Silva, mesmo diante das intempéries de uma sala de aula, o planejamento deve ser desenvolvido com visão em todas as possíveis interrupções (2013). Para Alves um novo método do ensino é uma relação entre estudante e professor, que “não dá respostas prontas ao aluno”, mas o auxilia a criar perguntas a encontrar as respostas com a oportunidade de “pesquisar, experimentar, descobrir, criar e pensar, tornando a aula agradável, onde o aluno é levado a descobrir a aprendizagem e não a memorização” ( 2004, p. 34).

Concluindo, deve se considerar que o planejamento para lecionar o ensino religioso é fundamental. Principalmente tratanto de uma matéria que na maioria dos alunos  vem para sala de aula com uma concepção formada do que é religião, dentro de seu contexto. O que leva alguns alunos a não se interessarem, outros a não aceitarem outras concepções religiosas, e alguns a uma leve abertura para o conheciemnto religioso.

Dentro dessas divergências, entre outras como sentimentos, cultura, etc., o professor do ensino religioso tem que estar pronto para encarar os alunos de uma maneira que venha abrir o pensamento deles sem impor, mas mostrando os benefícios e as vantagens que trazem para a formação de ser humano o conhecer outras religiões e saber dialogar com elas. Para isso, o docente deve se utilizar de um planejamento bem preparado que vai lhe garantir certo grau de eficácia.

 REFERÊNCIAS

  

ALVES, Vicente Paulo. A religião e o seu ensino: Prática de ensino e relação interpessoal com os alunos. Brasília: Universa,2004.

SCHENINI, Fátima. Planejamento escolar. Portal do professor. Disponível em:

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html.> Acesso em: 27 jun. 2013.

SILVA, Marcos Aurélio da. Plano de aula. Educador. Disponível em:

<http://educador.brasilescola.com/orientacoes/plano-aula-10.htm> Acesso em: 27 jun. 2013.