O Ensino de História e a mudança de valores e de atitudes

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

            No Brasil, o ensino de História passa por influencias do positivismo que concebe o ensino pronto e acabado, sem levar a reflexão e intermediação do aluno. Essa é uma tendência que veio do século XIX e persiste junto a educação.

            A concepção geral do positivismo clássico é de que a sociedade é regulada por leis naturais, que são imutáveis e não dependem do arbítrio do ser humano, sendo que os métodos e técnicas aplicadas no estudo da sociedade devem ser os mesmos das Ciências Naturais.

            Entretanto, sabemos que a finalidade da história como Ciência, deve ser a constatação, descrição e a reconstrução dos fatos, buscando uma posição que evidencie a verdade. Não devemos deixar de registrar, por meio dos estudos que obtivemos que a história inserida nos documentos, não é aquela proposta e compreendida pela Escola dos Annales (que defende o ensino da história pautado em princípios diferente do positivismo), mas o que temos é uma história focada num saber oficial, presente em todos os segmentos do ensino.

O professor (a) precisa e deve se preparar, estudar e compreender os fatos de uma maneira que o seu aluno possa compreender os fatos que marcaram época, destacando seus efeitos (positivo-negativo), bem como as causas e conseqüências, sem deixar de demonstrar quem ganha e quem perde com aquele acontecimento.

  Um exemplo que podemos lembrar é a ideologia neoliberal, cujas idéias se propagam fortemente nos meios de comunicação e tornou-se o fundamento da doutrina capitalista. Em termos de Brasil, um período forte de ligação com o neoliberalismo, talvez já esquecido por muitos, ficou conhecido como a “era Collor”, pois com esse presidente essa doutrina se tornou oficial junto ao estado brasileiro e enfatiza a tendência do histórico modelo econômico brasileiro agrário e exportador que evidencia o suporte do sistema capitalista explorador. Essa ideologia beneficia as elites, elas vendem idéias corruptas e fazem que os dominantes se tornem mais fortes e, suas necessidades básicas acabam sendo ‘esquecida’ e, as vítimas, lamentavelmente são as famílias pobres e desestruturadas que acabam sendo atingidas.