O ENSINO DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

KEYLA FERREIRA MENDES.

  1. INTRODUÇÃO

 Esse estudo tem como objetivo desenvolver o processo de ensino-aprendizagem através de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), pois a inclusão dessas pessoas no ambiente escolar está frequente nos dias de hoje e não há muitos professores habilitados e preparados nessa área, para que possam atender e suprir esse tipo de demanda aos nossos alunos especiais, e ensinar Libras desde as séries iniciais é uma chave fundamental para a educação especial inclusiva, pois ela está ligada diretamente com a compreensão e desenvolvimento dos conteúdos relacionado a essa linguagem e o seu entendimento aos alunos surdos, através de profissionais qualificados, pode alfabetizar esses alunos e trabalhar conteúdos específicos da área desejada.

A comunidade surda são as pessoas que nascem com essa deficiência ou desenvolve com o tempo por algum problema auditivo, pois eles não ouvem e por ter essa perda auditiva se usa a LIBRAS para sua comunicação. Esses indivíduos estão em toda a parte como: congressos, escolas, empresas, associações, universidades e outros.

Essas diferenças têm suas características próprias, e a Libras vem abrindo um leque de oportunidade aos profissionais que querem se qualificar nessa área, e assim há uma serie de progressos e retrocessos em nossa educação.

 

  1. OBJETIVO

Trabalhar com a língua de sinais passou a ser uma língua oficial, aqui no Brasil em 2002, por força da Lei Federal nº 10.436/02, cuja regulamentação ocorreu com o Decreto nº5626/05.

Baseando-se no princípio “igualdade de oportunidade” e “educação para todos”, é que se trabalha a inclusão desses alunos aonde a escolarização aos alunos considerados portadores de necessidades especiais torna-se indispensável no sistema educacional de ensino.

O professor que trabalha com LIBRAS é o mediador entre a comunidade surda e ouvinte, a interpretação entre a língua oral e de sinais é uma atividade bilíngue é também uma atividade desafiadora, devido a grande diferença entre as modalidades das línguas: oral-auditiva e gestual visual.

O movimento das mãos é definido como um parâmetro complexo que pode envolver uma grande rede de formas e direções, desde os movimentos internos da mão, os movimentos do pulso e os movimentos de direcionais no espaço ou simplesmente pode não ter movimento. Já para outros autores, a orientação é a direção para a qual a palma da mão aponta na produção do sinal e enumera seis tipos de orientação da palma da mão na LIBRAS: para cima, para baixo, para o corpo, para a frente, para a direita, para esquerda.

E a partir desses conceitos, trabalhar com Libras depende diretamente das mãos para emitir os sinais e movimentos para haver comunicação entre o mediador e o aluno, e essas habilidades na área da matemática tem trazido nos últimos anos um grande avanço e procura por professores habilitados.

 

  1.  DESENVOLVIMENTO

 

O presente trabalho, vai mostrar a importância da Libras na educação para os portadores de necessidades especiais sempre foi um assunto bastante discutido na educação e nos últimos anos, vem tomando um caminho bem diferente, pois educadores estão se interessando mais pelo assunto e se habilitando para lecionar com esses tipos de alunos e a demanda vem assim aumentando dentro das escolas e esses alunos vem trazendo muita força de vontade para aprender e assim faz com que a unidade escolar dá todo o suporte ao educador da área para a inclusão desses alunos, pra que venha acontecer mais e mais a cada ano na escola e a importância de se trabalhar Língua de Sinais, é de suma importância em todas as áreas, inclusive no meio da informática, pois essas crianças já nascem no mundo da tecnologia e desenvolve uma curiosidade imensa de aprender e para isso se realizar, tem que ter um educador que mostre a compreensão das linguagens e traga meios e apoio a esses alunos.

As escolas não podem recusar de matricular qualquer tipo de deficiente físico, o crime está previsto no artigo 8º da Lei 7.853/89, tanto em escola pública quanto privada. Através da resolução CNE/CEB Nº 2 institui as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que necessitam de atendimentos especiais, sem distinção de etapas e modalidades.

Portanto, esse atendimento deve começar na educação infantil, incluindo creches e pré-escola, e é de suma importância que haja uma avaliação e interação tanto por parte da família quanto por parte da comunidade.

O dever da escola é se organizar de uma maneira que assegure condições necessárias para que o aluno obtenha uma educação com qualidade. Para isso, é preciso obter com funcionalidade um setor responsável por essa educação, composto por recursos humanos, materiais e financeiros que possam tornar viável essa educação especial.

Vale à pena ressaltar, que não é necessária a criação de uma escola única. Pois esse tipo de atendimento especial deve ser realizado em todas as escolas comuns, que já existem.

Considerando essas práticas pedagógicas as Leis, assegura aos alunos surdos à terem uma aprendizagem significativa, surgindo um novo cenário com o bilinguismo, entendendo finalmente que este aluno necessita ser alfabetizado atendendo suas especificidades. Associando às práticas pedagógicas a necessidade do professor por estar sempre constante no processo de formação de seus alunos, e assim cada educador trabalha sua área de conhecimento desde o inicio da formação desses alunos dando assim condições de um ensino diferenciado e prazeroso, onde não se fala não se ouve mais se comunica por um simples gesto e movimentos das mãos.

 

  1. CONCLUSÃO

A LIBRAS objetiva-se no entendimento sobre o processo de surgimento da língua de sinais dentro do âmbito escolar educacional, e quais são suas contribuições para os alunos especiais, o processo de inclusão desses alunos em qualquer tipo de escola. A metodologia adotada partiu de grandes necessidades de atendimento a esses tipos de alunos em todas as escolas regulares, já que eles vêm sendo alfabetizado e tem condições necessárias para aprendizagem em qualquer área.

Pensar em uma educação especial para os alunos surdos que considere suas características sociais, descartando a patologia e a aproximação do surdo com o modelo ouvinte é tarefa que está longe de ser consenso entre a maioria dos educadores, pois a forma de pensar essa educação está ligada a outras representações frente à surdez.

Com base nesses conceitos e leis que ampara esses alunos especiais, nos educadores formados na área de Libras, temos condições necessárias de auxiliar nossos alunos desde as séries inicias, ate sua formação final. Para isso sempre busca se aprimorar os professores dessa área e o campo de trabalho esta se estendendo a procura desses tipos de profissionais da educação.

Antigamente os surdos eram considerados como incapazes esse conceito durou por muito tempo, isto simplesmente pelo fato de não se expressarem oralmente. Essas concepções decorriam da teoria que os surdos não falavam, logo não pensavam, portanto, não ouviam e não havia nenhuma chance de ter acesso á educação.

Devemos dar o direito de expressão à essas crianças que carrega essa deficiência desde o seu nascimento, e ensinar que através de gesto e movimentos das mãos também podemos nos comunicar. E que o ensino aprendizagem vem de forma especial tanto ao educador, quanto ao aluno ao compreender se comunicar.

Pretende-se desenvolver através desse estudo a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais tal como a surdez, para fazer parte do nosso ensino-aprendizagem na educação através de Libras na área da Matemática desde as series iniciais, pois os alunos que possuem essa deficiência deve ter o direito de aprendizagem desde os seus primeiros anos na escola e alfabetizá-lo requer muita afetividade, pois eles esperam descobrir o mundo dos sinais através do educador capacitado em Libras.

 

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • BARBOSA, Heloisa. e MELLO, Ana Claudia. O Surdo Este Desconhecido, incapacidade absoluta do surdo-mudo. Ed: Folha Carioca LTDA. Rio de Janeiro.
  • CAPOVILLA, Fernando César;RAPHAEL, Walquiria Duarte. Dicionário –
  • DECRETO n° 5.626. Presidência da República. Casa CivilSubChefia para Assuntos Jurídicos. Brasília. Dez, 2005
  • INES, Série Audiologia. Edição Revisada. Gráfi ca: Imprima. Rio de Janeiro, 2003.
  • FENEIS, Grupo de pesquisa. LIBRAS em contexto. Curso Básico.
  • LEI nº 10.436. Presidência da República. Casa CivilSubChefi a para Assuntos Jurídicos. Brasília. Abil, 2002.
  • QUADROS, Ronice Muller. Educação de Surdos. Aquisição da Linguagem. Ed. Artes Médicas. Porto Alegre, 1997.
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  • REVISTA, FENEIS. Outubro/ Dezembro, ano III, nº12. 2001.