O ensino bilíngue e a sua diferença no âmbito infantil.

 

Resumo

Se antes era considerado um diferencial, o domínio do inglês, sendo esta uma língua universal, tornou-se praticamente um pré-requisito para quem deseja conquistar um lugar de destaque no mercado de trabalho. Por isso, muitos pais e/ou responsáveis têm a dúvida do que é uma escola bilíngue. E não à toa, elas se tornaram uma das modalidades mais procuradas pelas famílias que desejam proporcionar uma educação diferenciada e com melhor modelo de ensino aos seus filhos.

Palavras-Chave: Educação Infantil. Bilíngue; Globalização.

 

Sumário: Introdução.  1. O que é o ensino bilíngue? 2. Quais são os seus benefícios? 2.1. Para os alunos. 2.2. Para os professores. 2.3. Para a escola. 3. Quais são as dificuldades. Metodologia. Referências.

 

Introdução

A educação bilíngue tem sido cada vez mais expandida no Brasil. Nesse tipo de ensino, a escola passa a adotar o currículo educacional brasileiro utiliza da mesclagem disciplinas ministradas na língua materna e em outro idioma. O mercado de trabalho apresenta-se altamente competitivo devido à curva crescente nesse ramo comercial, o que torna indispensável o aprendizado de uma segunda língua. Devido a isso, tal modalidade tem sido uma das mais buscadas pelos pais que pretendem investir em uma educação de excelência para seus filhos.

Por isso, no ambiente institucional é regular encontrar atividades em diferentes idiomas, além de alunos conversando e interagindo em outras línguas. De acordo com especialistas, o ideal é que o bilinguismo seja inserido na criança no início da alfabetização, sendo esta modalidade benéfica para o desenvolvimento das crianças.

 

  1. O que é o ensino bilíngue?

 

Escola bilíngue, é definida como sendo uma instituição de ensino que divide sua grade horária curricular entre dois idiomas. Ou seja, além do uso da língua materna, o aprendizado do conteúdo escolar é feito também por meio do uso de uma língua adicionalA segunda língua não é somente ensinada como uma língua estrangeira, mas também como uma língua parceira, que agrega o conhecimento linguístico, sobre a cultura de outro país e sua visão de mundo. As disciplinas de conhecimentos gerais como Matemática, História, Geografia, entre outras, são ministradas em ambas as línguas. Não ocorre apenas uma alfabetização bilíngue, há a promoção do desenvolvimento educacional entre duas línguas consideradas parceiras pela escola.

 

  1. Quais são os seus benefícios?

Na contemporaneidade, o conhecimento de uma segunda língua se tornou fundamental, falar um outro idioma no mundo globalizado além de ampliar seus conhecimentos, traz muitos benefícios. As escolas brasileiras já incluíram línguas estrangeiras no currículo e a mais utilizada é o inglês. Ainda mais, muitos pais se perguntam com qual a idade certa para seu filho aprender, o fato é que as crianças possuem facilidade desde cedo, porém, dominar um novo idioma é algo que leva tempo a mais e exige dedicação. Por conta disso, o melhor a se fazer é iniciar os estudos ainda na infância, uma vez que o aprendizado nessa fase se faz mais fácil e o contato com o idioma desde cedo também aumenta as chances de conquistar a fluência da língua.

Crianças têm muito mais facilidade em aprender um novo idioma, principalmente quando isso se dá por meio de atividades lúdicas e recreativas. Aprender uma segunda língua traz muitos benefícios ao cérebro das crianças, entre eles o aumento da cognição, da concentração e da autoconfiança. Quanto mais natural for o ensino de um idioma, mais fácil ele se dá. Isso ocorre pela experiência que se assemelha ao que acontece quando aprendemos o nosso idioma nativo.

Portanto, é possível dizer que outro idioma desperta a curiosidade e instiga a criança e desse modo, não pode ser vista como ameaça ao desenvolvimento.

  1. Para os alunos. 

Dessa forma, o falar bilíngue aprimora as habilidades de compreensão, interpretação e lógica do aluno. As crianças estudantes de uma escola bilíngue expandem sua visão de mundo, antecipam a consciência metalinguística e desenvolvem o seu pensamento cognitivo.

Além disso, os alunos têm a oportunidade de entender as coisas que estão ao seu redor de uma forma mais abrangente. Este fator não se limita somente ao ambiente escolar, está relacionado também a todas as áreas da vida. Na faculdade, por exemplo, é muito comum ter livros e textos em outros idiomas, o que não será um problema para esse aluno. Já na vida profissional, ser fluente em uma língua estrangeira é um grande diferencial no currículo, vez que chama atenção dos contratantes. Dessa maneira, será possível concorrer para melhores vagas, com remunerações altas e maiores oportunidades de crescimento profissional.

  1. Para os professores.

Professores de uma escola que possui o ensino bilíngue têm a oportunidade de contextualizar o ensino da língua inglesa durantes as aulas de outras áreas do conhecimento, que agregam não só a compreensão didática, como também expandem a visão de mundo dos alunos.

Adicionalmente, ao se capacitar para ser um professor de escola bilíngue, o profissional estará sendo formado para uma tendência educacional. Tal qualificação fará com que ele esteja muito bem preparado para as exigências do mercado de trabalho atual.

  1. Para a escola

No mundo globalizado de atual, os pais e/ou responsáveis estão cada vez mais rígidos ao escolher uma escola para os seus filhos. Assim, oferecer uma proposta educacional que junte o ensino tradicional com o conhecimento de um segundo idioma será um diferencial muito grande.

No momento em que a escola adere à proposta bilíngue, ela estará apta a oferecer uma dupla formação, que ao mesmo tempo que prepara os alunos para o mercado de trabalho brasileiro, abre portas para que eles prossigam seus estudos tanto aqui quanto no exterior.

 

  1. Quais são as dificuldades?

 

Nessa era globalizada, é mostrado pelos dados do Conselho Britânico que apenas 5% dos brasileiros sabem o básico de inglês e menos de 1% são fluentes na língua. Em meio a esse cenário cheio de dificuldades e que pede cada vez mais um aluno preparado para o mundo, a educação bilíngue ganha força cada dia mais.

Na história brasileira, o inglês de qualidade no ensino formal sempre foi privilégio de poucas pessoasHoje, a globalização que se observa em todo o mundo também pode servir como incentivo para aumentar o interesse pelos estudos de inglês, tendo a tecnologia na palma de suas mãos e de maneira instantânea, que pode aproximar a população do idioma.

A aplicação da língua inglesa tardiamente, a falta de uso cotidiano social ou pelo menos durante as aulas que é, obviamente, o ambiente que tem para se interagir de modo a aprendê-lo somado ainda a professores mal preparados e gramatiqueiros que desvirtuam a credibilidade desse assunto. Assim, a inserção da língua inglesa nas séries iniciais é de extrema importância, entretanto tal inserção deve ser estruturada e não abrupta num momento tão delicado quanto esse, que por si só já é um desafio. Nesse sentido, o educador Paulo Freire afirma que, ninguém nasce sabendo e, aprendemos o que quisermos na prática.

Sendo assim, se faz necessário o interesse de mudança por parte do facilitador e corpo técnico em geral, implicado apenas em medidas simples com pouco investimento, todavia efetivas com resultados a médio e longo prazo.

 

  1. Metodologia

 

A metodologia utilizada foi a metodologia qualitativa, com o intuito de conscientizar a comunidade escolar e os profissionais nelas inseridos no que diz respeito a necessidade e importância da inserção do inglês desde cedo.

  1. Conclusão

Todos nós somos seres em constante desenvolvimento, seres que aprendem todos os dias algo novo, desde que em prática. O conhecimento de diferentes áreas somente traz grandes benefícios para si, de tal maneira como a inserção de diferentes idiomas no âmbito escolar. Portanto, haja vista a necessidade de inclusão desde a Educação Infantil para que, futuramente, a criança se torne um cidadão requisitado, e se destaque no que tanto busca.

 

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Maria Lucia Ortiz. O Idioma e a escola de fronteira como fatores de inclusão social de crianças e adolescentes em Corumbá-MS (BR)[2] acesso em 01 de março de 2022.

DE GRÉVE, M; PASSEL, F.V (1975). Linguística e ensino de línguas estrangeiras. São Paulo: Pioneira.

DE HOUVER, A (1997). A aquisição bilíngue da linguagem. In: FLETCHER, P.; McWHINNEY, B. Compêndio da linguagem da criança. Porto Alegre: Artmed.

FREIRE, Paulo. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez, 1991.p. 58.

PÉRRISÉ, P. (2004) Crianças pequenas aprendem quantos idiomas simultâneos o ambiente lhes proporcionar. In: O bilinguismo na escola favorece ou prejudica aprendizagem? Pátio. Ano VIII, 31 ago/out.

 

1-ADRIANA PERES DE BARROS: graduação em Pedagogia com Especialização em Educação Infantil; Psicopedagogia Institucional. 

2-JANE GOMES DE CASTRO: Biologia. Especialista em Ecoturismo e Educação Ambiental 

3- GEAN KARLA DIAS PIMENTEL: Graduada em Secretariado Executivo Trilíngue e Pedagogia: Pós Graduação em Psicopedagogia. Professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis. 

4-GRACIELE CASTRO SILVA- Graduada em Administração: Pós graduada em Educação Infantil e Alfabetização. Auxiliar de Higienização rede de    ensino pública Municipal de Rondonópolis.