O enfermo e seu médico

Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Tarefa: resenha crítica

Obra:HansjörgBräumer. Sombras no meu Caminho: O Enfermo diante da enfermidade e do Deus inescrutável, p. 9-40.

Quando se fala em enfermidade, logo vem a mente o termo doença. Esse é um mal que atinge as pessoas desde os tempos remotos da história humanidade. Achados arqueológicos provam a sua existência, e tentativas de curas que eram realizadas para as doenças em suas respectivas épocas, e as consequências para os médicos que tentassem a cura e falhassem em seus métodos. Pois nesta busca por solução para doenças eles se utilizavam de tudo que achavam que pudesse ajudar, apelando para astrologia, numerologia, e os mais pobres optavam, por falta de condições financeiras, por magias e feitiçaria, ma quando falhavam perdiam as mãos, dependendo o casa a suas vidas, etc.

Olhando para as Escrituras se percebe no Antigo Testamento, que a menção de doenças está presente, normalmente como uma “fraqueza vital”, ou “aproximação da morte”. A bíblia narra vários casos de doenças de pele, loucura, possessão demoníaca, etc. Nesse período os médicos de Israel, erram diferentes dos médicos dos povos vizinhos, e pouco eram influenciados por seus métodos. Pois quando atuavam como médicos, sua confiança não estava em suas mãos. Eles confiavam unicamente em Deus para curar, o que ia contra todos os métodos de seus vizinhos pagãos. Um dos métodos que os médicos israelitas utilizavam eram as pomadas, que provavelmente eram feitas por algum artesão. Outro era as terapias, como no caso de Saul que quando Davi tocava sua harpa o trazia consolo.

Observando os casos que a Bíblia relata sobre doenças, é perceptível que elas não tratam apenas do lado físico das pessoas, elas se referem também ao lado espiritual e psicológico. As pessoas muitas vezes eram atormentadas por espíritos malignos, pelo cansaço, pelo desanimo. Doenças essas, que poderiam acabar resultando em dores e enfermidades realmente físicas. Não importando de que gênero era a enfermidade, as pessoas raramente corriam primeiramente aos médicos. Elas saíam em busca dos profetas de Deus, e dos sacerdotes, que infrequente traziam alguma cura, mas diagnosticavam as enfermidades, principalmente as de pele, e classificam as pessoas como pura ou impura. Logo, os queram profetas de Deus ou sacerdotes estavam incumbidos de visitar os doentes e levar-lhes ânimo, encorajamento, uma palavra de consolo, ou algum tipo de tratamento.

Numa interpretação clássica da Bíblia, se percebe a relação de que toda doenças tem uma relação estrita com o pecado, por isso a pessoa que realmente é curada sente o perdão de seus pecados. Quando Adão e Eva pecaram eles receberam a promessa de morte, e a doença é uma consequência dessa. Assim a teoria da retribuição começa a funcionar, tudo que a pessoa faz ele receberá recompensa, se praticou o bem, auferirá o bem, mas se fez o mal granjeará o mal.. Por esta concepção foi que os amigos de Jó tiveram tanta facilidade de lhe julgar. Se ele estava doente era porque tinha cometido algum pecado. Mas quando o médicos trata um paciente sua função não é lhe apontar os erros, mas sim o que ele deve fazer para ser curado.

As Escrituras mostram que ha casos que a cura está relacionada com o perdão dos pecados, uma vez perdoado a cura acontece. Teve momentos que Deus tratou com o povo de Israel de forma condicional, anunciando “se” o povo se arrependesse de seus pecados Ele sararia suas enfermidades.

O ser humano tem uma identidade que é formada pelo seu relacionamento dentro da sociedade, com o próximo e dentro do meio religioso. Quando afetado por uma doença, ele corre o risco de perder sua identidade, porque todo o circulo que forma sua identidade acaba abalado. O sentimento de incapacidade diante do problema, visto que nada pode fazer para solucionar sua enfermidade, agita o convívio com o próximo, a relação com a sociedade, e desestrutura a fé. A Bíblia mostra que Jó, passou por todos estes abalos, entretanto não perdeu a fé. Ele clamou quando percebeu tudo que estava conhecendo com ele, e não entendia qual a razão deste mal que estava sobre ele, seu relacionamento consigo mesmo estava estremecido. Logo, começa a questionar a Deus, porque a razão de todo este sofrimento. Que pecado poderia ter cometido que merecesse isso. Percebendo que não tinha pretexto para esse mal, anuncia Deus com gerador desta catástrofe em sua vida. Seu relacionamento religioso esta estremecido. Quando olha ao redor percebe que seus empregados o desprezam, seus filhos e sua mulher têm nojo de seu estado, seus amigos mais íntimos o condenam. Tudo ao seu redor esta distante, o que estremece seu relacionamento com a sociedade. Contudo Jó tinha uma certeza que deus o recompensaria por tudo que estava passando.

O risco de uma pessoa perder sua identidade quando acometida por uma enfermidade, é muito grande. Uma vez perdida a identidade o estado físico da pessoa só tende a piorar. Os amigos de Jó que eram para lhe ajudar, o afundaram mais em desespero e dor. O que as pessoas devem fazer é ajudar o enfermo para que não venha a perder sua identidade. E isso só pode ser possível agindo como os profetas de Deus agiam. Levando as pessoas compreenderem o processo de sua enfermidade, que nem tudo está realcionado a culpa do pecado, mas que se este for o caso há um Deus que esta pronto para perdoar. Fazendo a pessoa sentir que tem pessoas do seu lado que realmente se importam com ela. E lembrando-as que Deus támbem opera por meio da medicina e que a doença pode ser um meio que Deus usa para aproximar as pessoas dele. A doença nem sempre é um mal, mas pode ser um bem como no caso de chefe do exercito Assírico, Naamã que após curado de sua enfermidade reconheceu que realmernte havia um Deus em Israel. As doenças sejam elas de nível espiritual, psico, ou fisico devem em primeira instância levar as pessoar ao reconhecimento de sua fragilidade, e assim colocarem sua confiança em Deus.