O Empirismo Como Fundamento Científico.
Publicado em 26 de outubro de 2015 por Edjar Dias de Vasconcelos
As grandes transformações na Europa, a partir exatamente do Renascimento, possibilitaram ao desenvolvimento da ciência moderna.
Quando a Filosofia passou a questionar os critérios de métodos para chegar ao conhecimento verdadeiro, revolução completada com o Iluminismo.
A preocupação com a estrutura do conhecimento científico, investigação elaborada pelos filósofos dos séculos XVII e XVIII.
A partir de tal momento nasceram diversas epistemologias, como fundamento da teoria do conhecimento. Com efeito, as principais teorias: racionalismo e empirismo.
O racionalismo ligado ao filósofo René Descartes, o que se denomina de filosofia cartesiana, sendo a principal ótica o sujeito pensante e não o mundo exterior.
Com efeito, Descartes entendia que o Homo Sapiens ao nascer possuiria ideias inatas, motivo pelo qual não necessitava do mundo empírico.
As ideias a priori faziam parte da estrutura da memória.
Contrariamente o empirismo, nega a existência das ideias inatas, a estrutura cognitiva forma-se com o objeto pensado na perspectiva experimental.
A construção do conhecimento depende essencialmente da experiência sensível.
Desse modo, o conhecimento é o resultado da nossa percepção em relação ao mundo exterior, por meio do qual se formula a atividade mental, o que é entendido por reflexão.
Pode se dizer que do ponto de vista histórico, o empirismo moderno é produto da Revolução Gloriosa na Inglaterra. Portanto, quando a burguesia conquistou não apenas o poder econômico, também o político.
Fato efetivado no século XVII com domínio político e ideológico, decretou o fim do absolutismo monárquico inglês, por meio da institucionalização do parlamento, o que substancia-se por Revolução Gloriosa.
Ascensão da burguesia ao poder possibilitou o desenvolvimento de um projeto epistemológico distinto, entendido por formulação de uma nova metodologia científica.
O que se entende hoje, como acepção epistemológica, a investigação do conhecimento pelo campo empírico, a teoria natural.
No plano político social o estudo sociopolítico, nascimento do liberalismo econômico, caracterizado pela liberdade pessoal e a livre iniciativa, com a evolução, a ideologia da não intervenção na economia.
O empirismo nasceu com esse espírito, à valorização empírica do conhecimento como procedimento integrado a produção.
Em referência ao aspecto estritamente político, o Estado foi elaborado, desencadeando os limites constitucionais do poder monárquico.
Os principais representantes do empirismo inglês: Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkeley, David Hume, entretanto, o mais famoso, John Locke.
Todavia, o filósofo Kant foi profundamente influenciado pelo cartesianismo como também o empirismo.
Com efeito, em combate ao idealismo em sua famosa obra, Crítica da Razão Pura, procura negar o conhecimento como fruto das ideias inatas.
Por lado, também a experiência absoluta, buscando uma solução intermediaria, aproveitando o que há de positivo em cada corrente.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.