O embaixador venezuelano na Argélia rejeita o direito de ir a Marroos falar da democracia
Por Lahcen EL MOUTAQI | 21/02/2019 | PolíticaEm resposta ás posições de apoio ao presidente venezuelano, Juan Guido, o embaixador venezuelano em Argel, José Duchesus Rojo Reyes, atacou o Marrocos motivo a sua posição, considerando que o " Marrocos não tem posição para falar da essência da democracia em relação á Venezuela e a América Latina".
O Ministério marroquino de Relações Exteriores e Cooperação Internacional sublinhou o apoio de Marrocos para Juan Guido, como presidente do parlamento venezuelano, e por consequéncia, presidente interino da Venezuela objeto de uma crise social face ao presidente esquerdista Nicolas Maduro.
O Ministro marroquino declarou que houve um contacto telefónico com Sr Guido, durante o qual "as duas parte o Reino de Marrocos e Venezuela respeitam a integração territorial, destacando o respeito as medidas tomadas para responder às legítimas aspirações do povo venezuelano em termos de democracia e mudança".
O embaixador da Venezuela em Argel, na margem de uma entrevista para a imprensa local considerou que "o Marrocos aproveitou o atual conflito em Caracas por motivo de interesses e oportunismo", explicando que " o Marrocos não está em situação para que se permita falar da essência da democracia na Venezuela ou na América Latina". muito menos sobre a posição consistente de Chávez e Maduro que apoiam os separatistas da polisário ".
Ao contrária destes adversãrios do Marrocos, o presidente venezuelano por interino declarou respeitar a integridade territorial de Marrocos, e o embaixador José Duchesus Rojo Reyes considera que "Guido visa obter o apoio de qualquer parte, mesmo que sejam de suas posições contrárias".
"Deve-se pensar claramente sobre o que está acontecendo no mundo e a mudança de outros países no marco da hegemonia imperial, porque a tentativa de golpe contra a Venezuela tornou-se como uma estratégia dos Estados Unidos que visa dividir os espólios".
O embaixador acredita que o objetivo não é apenas apoderar da riqueza de outros países, mas também eliminar as posições leais da Venezuela e a defesa dos países que sofrem com o colonialismo.
"Quando o Chávez chegou ao poder, ele deu uma política externa independente à Venezuela. O que os Estados Unidos não querer entender é que a Venezuela de 1989 não é a Venezuela de 2019".
Por outro lado, Sr Jose sublinhou as posições de apoio do Palácio de Al-Mouradah argelino para Venezuela ao longo dos anos, salientando que "a Argélia não pára de estender o seu apoio contínuo a Caracas em nível internacional".
A mesma fonte diplomática reiterou "a ilegalidade da posse de Guido para si mesmo, como presidente da Venezuela, uma vez que o prazo deste anúncio como presidente terminará 27 deste més de fevereiro, segundo a disposição legal que determina que o presidente tem 30 dias para convocar a eleição, o que ele não se realizou.
O embaixador saudou Maduro e a reação da Rússia e da China, bem como do Irão, da Turquia, além de outros países que ainda defendem a legitimidade do governo Maduro" , anotando que os Estados Unidos da América ameaçaram os países e as empresas que insistiam sobre as relações comerciais com a Venezuela.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador Universitário- Rabat - Marrocos