A referência que temos para nos desenvolvermos e conseguirmos chegar a quem somos, com as nossas propriedades, gostos, preferências e até manias, conta muito. Geralmente a educação que recebemos de nossos pais é sólida, sobretudo se não tivemos a possibilidade de desmentir esses conhecimentos pela ciência, como quando se ouve que manga com leite pode matar, certamente endureceremos e colocaremos a educação que estamos acostumados cada vez mais forte. Mas há ainda o que não se desmente através da ciência, como as crenças espirituais ou de outros sentimentos como o amor, então em algum momento esta crença pode nos tornar pessoas eleitas por nós mesmos como pessoas mais especiais que as demais, mas não só por termos determinado conhecimento, isso pode ser adquirido por outros, mas porque temos todo um conhecimento bem aceito e uma lógica fechada pela incapacidade que adquirimos (sim, incapacidade adquirida) em não nos reconhecermos como errados, fechando-nos em uma verdade baseada em superioridade ilusória, que no campo da psicologia social, trata-se de um estado de origem cognitiva em que um indivíduo se põe em nível alto, com as suas qualidades e habilidades melhores que as qualidades e habilidades de outras pessoas. É uma das muitas ilusões que uma pessoa pode ter de si mesma, seja no campo da inteligência, no desempenho de suas atividades que julga ser a mais perfeita das atuações, e também quando acredita que suas características ou seus traços de personalidade são os mais corretos. Isso não se refere ao grau de instrução, mas pode ser agravado quando pessoas muito estudadas em determinada disciplina, acham-se capazes de dominar imediatamente outro campo só por se superestimarem. Uma pessoa com pouco conhecimento sobre algum assunto, que acredita saber mais que os outros, ou coloca os outros que estudaram e se especializaram sob suspeita do seu próprio ego, tomando decisões com base nas suas próprias convicções, e chegando a decisões erradas ou resultados mentirosos, encaixa-se no efeito Dunning-Kruger, que é o fenômeno pelo qual a incompetência de uma pessoa a restringe da habilidade de reconhecer os próprios erros.