RESUMO

Até algumas décadas atrás, a pessoa portadora de necessidades especiais era estigmatizada e condenada a uma sob vida. Partindo da atuação de determinados setores da sociedade civil, as experiências educacionais no referido campo começaram a surgir, sendo ainda bastante segregacionistas, assistencialistas e modestas.     A partir da Declaração de Salamanca, em 1994, passou-se a se considerar a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais em classes regulares como a forma mais avançada de democratização das oportunidades educacionais, à medida que se considerou que a maior parte dessa população não apresenta características que não permita essa inclusão.    Diante dessas constatações, as práticas sociais e o fortalecimento de ideais democráticos e seus reflexos nas formulações de políticas em diversas áreas (educacional, social, de saúde, trabalho), e no planejamento e implementações das respectivas práticas, a “especialidade” da educação especial tem sido colocada em questão.     Sendo a escola o primeiro e fundamental espaço de manifestação da diversidade da sociedade como um todo, decorre a necessidade de defender a escolarização como princípio inclusivo, reconhecendo a possibilidade e o direito de todos os que não são tocados por ela.     Para a criança com comprometimentos físicos e/ou mentais, ser vista e compreendida como alguém que, por trás de sua deficiência apresenta os mesmos sentimentos e desejos de toda criança, tem as mesmas necessidades de desenvolvimento e, por isso mesmo, precisa das mesmas oportunidades é muito importante. A afetividade e suas relações, tornam-se, então, fundamental para esta criança e para o seu  desenvolvimento em todos os aspectos.