Por Ludmilla Paniago Nogueira, Maria Zilda da Silva Barbosa e Simone Batista Campos

Até o momento fizemos considerações que revelam alguns porquês de muitos professores sentirem aversão ao planejamento pedagógico.agora nos propomos a abordar aspectos que demonstram o ato de planejar como prática essencial do professor, buscando superar (encarar de frente) os desafios que permeiam todo planejamento para, então, chegar a uma prática efetiva e consciente do processo ensino e aprendizagem.

Segundo Negrini (2009), a exigência da participação dos pais na organização e gestão da escola refere-se a uma nova forma da escola se relacionar com a sociedade e trabalho. Resguardado o princípio da participação, a escola tem funções sociais explicitas e objetivos próprios, além de projeto pedagógico-curricular, estrutura de gestão, formulados coletivamente e de forma pública, conforme critério a respeito dos papéis e competências.

isso significa que a participação dos pais não interfere no espaço específico e autônomo dos professores, visto que se estes estiverem seguros de seu papel, “sua dignidade profissional não ficará abalada com a discussão pública sobre seu trabalho”, considerando que a participação dos pais é legítimo e necessário e pode ajudar a escola a encontrar formas de acordo mútuo e de ajuda recíproca de melhorar a organização do trabalho escolar e o trabalho dos professores, visando a “qualidade cognitiva, operativa, social e ética dos processos de ensino e aprendizagem”.

O papel do gestor frente a mudanças

De acordo com Cruz (2010), “o mundo moderno sofre mudanças a cada momento” e mudança não é fato novo na rotina do dia a dia da escola. Elas sempre existem e são muito velozes. Por isso, o gestor para se destacar adaptar-se a essas mudanças e isto implica em “abrir mão do passado” e inovar a gestão da escola.

Para tanto, além de cumprir as normativas legais e cumprir suas atribuições, conforme artigo de Ribeiro (2010) precisa desenvolver sua equipe, melhorando o seu desempenho, trabalhar a imagem da escola, desenvolver pessoas, trabalhar com dados confiáveis, manter comunicação assertiva e ter foco em resultados.

Dessa forma, o diretor de escola não deve ver em si apenas um administrador, ele deve ser também um inovador (Valerien e Dias, 2002, p. 152) e a melhor forma de inovar é por meio da gestão participativa que de acordo com Bortolo (2010), a participação é um meio de alcançar melhor e mais democraticamente os objetivos da escola, que se centram na qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.

O gestor participativo deve ser um líder, e conforme Freire (2009) se diferencia por manter uma perspectiva de mudança constante e sem medo, visto que “medo” pode ocasionar a perda da identidade pessoal. Deve saber acompanhar o crescimento de seus subordinados e para tanto, além de conhecer seu pessoal, deve agir com firmeza, porém com de forma bem humorada, visando formar equipes eficazes.

“Uma equipe é um grupo de pessoas que trabalha junto, de forma sinérgica, “colaborativa e solidária”, visando à formação e a aprendizagem dos alunos” (LIBÂNEO, 2008, p. 102). Os princípios básicos para formação de equipes são: “saber dirigir, motivar, treinar, delegar e reconhecer” e todos os componentes precisam se sentir dono da equipe.

Conforme Bortolo (2010) para que haja um trabalho de equipe eficaz, faz-se necessário que os diretores:

a) definam com a equipe os objetivos e metas comuns, compreendidos e desejados por todos;

b) consolide uma sólida estrutura de organização e gestão, em que haja um forte comprometimento da direção e da equipe técnica, com definição clara de responsabilidades e capacidade de liderança para motivar e mobilizar as pessoas em torno de objetivos e metas comuns;

c) estabeleçam canais de comunicação, em que sejam passadas informações, realizadas consultas, envolvendo troca de ideias entre a direção, equipe técnica e professores.

d) desenvolvam habilidades necessárias para a participação eficaz nas atividades da escola e no trabalho em equipe.

e) utilize ao máximo as capacidades criadoras de cada um dos membros da equipe.

A direção deve estar baseada no princípio que “não basta dirigir a equipe, será preciso que ela queira ser dirigida” e para tanto o diretor deve conquistar sua equipe e mostrar liderança, sempre elogiar, que agrada quem ouve e se auto-motivar para estar sempre disposto frente a sua equipe, dar apoio construtivo ao invés de crítica construtiva, saber delegar e fornecer informações fazendo perguntas e dando orientações e investir em treinamento.