– Como remodelar um sistema construído a total despeito do desenvolvimento sustentável

 Países ricos como Estados Unidos, Alemanha, França e Japão estão completamente desamparados diante dessa que pode ser a grande revolução deste novo século, o conceito do Desenvolvimento Sustentável dentro das bases do capitalismo. Mais, porque esse fenômeno esta ocorrendo? Essa questão é simples, pois as grandes potências industrializadas que conseguiram incorporar a premissa do capitalismo sobre o consumismo, desenvolveram todas as suas bases sobre um propósito de identificar necessidades de consumo, produzir e comercializar. Nunca antes, foi pensado no conceito de fontes renováveis, no impacto que cada nova invenção ou produto tinham sobre a natureza. Então essa característica exploratória, tal como a nossa colonização, se deu nesses países. Mais agora, diante de uma estrada que levaria a um apocalíptico fim das reservas naturais de nosso planeta e conseqüente fim da humanidade – ou uma improvável migração para outros planetas com condições hospitaleiras para nossa espécie – as grandes potências industrializadas se vêem forçadas a remodelar todo esse sistema, porém com um atraso de pelo menos um século. E nesse contexto o capitalismo prega uma grande peça, pois os países, tempos antes tidos como colônias, regiões de pura exploração, definitivamente conquistaram sua independência e com isso começam a usar suas fontes naturais pautados na onda da sustentabilidade. E para eles é muito mais fácil, pois partem praticamente do zero, enquanto que os outros países não. E ai é que aperta a competição comercial, a concorrência. Os ricos, para se enquadrarem neste novo cenário tem de fazer uma série de concessões, repensar, reestruturar, refazer aquilo que estava errado durante tantos anos. E existe um lema dentro da administração na área de qualidade, que diz: “faça certo da primeira vez” se tiver que fazer novamente, é retrabalho, e isso é gastar dinheiro. Com isso, menor competitividade, menos tempo para se dedicar a novos projetos.

É sim um grande dilema para os países ricos, é também um excelente momento para as economias em desenvolvimento, e é ainda mais significante para o nosso planeta que começa a ser respeitado