O DIÁRIO DE MANUA: Filho do Ultimo Imperador das Terras de Gaza (1884-1895).

 

 Claudio Silva Peixoto [1]

RESUMO: O presente estudo demonstrará a vida e morte de Manua filho de Ngungunhane o último imperador das terras de Gaza. O diário de Manua está contido em fragmentos do fim 5 na obra de  Ualalapi (1987), de Ungulani Ba Ka Khosa, o qual o autor reuni uma série de ações e enredos relacionados diretamente ao reinado de Ngungunhane (1884-1895),  a obra vem reunir fatos importantes os quais confrontam a afirmativa do governo Samora Machel (1983) que reivindicara os restos mortais de Ngungunhane aos portugueses justificando que o antigo imperador era um herói nacional e que Moçambique estava criando uma politica de identidade nacional alicerçada também na figura do último imperador das terras de Gaza. Contudo as ações e atitudes cruéis do tirano revelam que o mesmo não foi um herói e sim um déspota sanguinário. Em o diário de Manua percebe-se essa afirmativa onde o filho sucessor ao trono após retornar da Europa, cheio de assimilação da cultura dos brancos é rejeitado e humilhado pelo pai vendo no filho um assimilado. Como consequência Manua começa a beber muito e torna-se um alcoólatra e em meio aos desmandes e indiferença do patriarca ele sucumbe-se ao álcool e a loucura morrendo sem qualquer afeto ou carinho.

PALAVRAS-CHAVE: Diário de Manua. Ngungunhane. Ualalapi.

 

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é apresentar o diário de Manua, filho de Ngungunhene o ultimo imperador das terras de Gaza (1884-1895), texto contido na obra literária Moçambicana Ualalapi de Ungulani Ba Ka Khosa (1987).  O trabalho dimensionará a vida e morte de Manua,  sucessor ao trono dos Nguni. O diário de Manua é uma  passagens que relata um pouco das angustias do príncipe e sucessor ao trono ao reinado do último imperador das terras de Gaza.

Um jovem que muito cedo saiu da África para receber educação e cultura ao estilo europeia ao qual se encanta com as formas e comportamentos dos brancos torna-se um assimilado e jurara que um dia quando fosse rei implantaria em suas terras a cultura dos mesmos.

 O presente artigo mostrará ainda a personalidade frágil e a decadência de Manua. Rejeitado e humilhado pelo pai o rei Ngungunhane o qual é um [2]déspota sanguinário, Manua entrega-se ao álcool e a loucura para fugir das terríveis amarguras na vida cotidiana do império. Não suportando as pressões psicológicas e a total indiferença do seu patriarca  ele morre aos gritos sem qualquer preocupação ou atenção por parte do rei.   

 

1- MOÇAMBIQUE NO FINAL DO SÉCULO XIX

No século XIX o Estado de Gaza ou império de Gaza como ficou mais conhecido pela literatura, abrangia a área costeira entre os rios Zambeze e Maputo e sua capital era localizada em Manjacaze, na atual província de Moçambique.

 

                   Figura 01- Mapa de Moçambique

 

  Em 1866 - Grã-Bretanha e Portugal disputavam espaço e domínio nas terras de Gaza principalmente pela descoberta de diamantes. Em 1890 foi iniciado um projeto de expansão e concessão mineira pela Grã-Bretanha, o qual o rei Ngungunhane em troca de pagamento de armas e taxas anuais  estreita laços com a rival inimiga de Portugal.

Para evitar maiores disputas entre países europeus colonizadores foi organizada a Conferência de Berlim (1884 e 1885) e a solução foi à partilha de grande parte da África. No ano de 1885, Ngungunhane envia uma embaixada para Lisboa, a fim de concretizar o interesse em parceria politica e comercial e, na ocasião, foi assinado o Ato de Vassalagem, revogado posteriormente pelo régulo nguni. (ROCHA, 2013, p. 20).

Ainda em 1890 o governo Britânico deu um Ultimatum, em forma de memorando as forças militares Portuguesas para a retirada imediata de Moçambique. No ano de 1895 os lusos “exército português” incendia Mandlakasi, capital de Gaza. No mesmo ano no dia 28 de Dezembro de 1895 Mouzinho de  Albuquerque   aprisiona Ngungunhane destituindo-o de seu trono o qual é exilado em Portugal até o dia de sua morte em 23 dezembro de 1906 -Angra do Heroísmo.

 

Figura 02- Ngungunhane o último imperador das terras de Gaza  (1884-1895)

                 Ngungunhane era um tirano que subiu ao trono utilizando as mesmas ferramentas de usurpação ao trono de seus antepassados. Mandou Matar seu irmão Mafemane herdeiro legitimo ao trono e passou a espalhar o medo e a destruição durante os onze anos de seu reinado (1884-1895). Os nguni chegaram há muitos anos nas terras de Moçambique:

Cerca de 1520, o povo Nguni, um ramo dos zulus, penetra no sul de Moçambique e coloniza os Chopes, os Tsongas, os vandaus e os bitogas. Sochangane, denominado mais tarde de Manukuse, se torna o primeiro rei de Gaza e morre por volta de 1858. Um de seus filhos, Mawewe, usurpa o poder que é reconquistado pelo legítimo herdeiro, Muzila, pai de Mundungazi (Ngungunhane), nascido em 1850. Este também consegue o trono de forma violenta. (PÉLISSIER, 2000, p. 119-128).

  O governo português com seu exercito comandado por Mozinho Albuquerque retoma as terras de Gaza e exila Ngungunhane  junto com alguns familiares, filhos e esposas em Portugal (1895).

 

Figura 03- Ngungunhane e suas esposas

 

2- UMGULANI BA KA KHOSA VIDA E OBRA

 

 Ungulani Ba Ka Khosa é o pseudônimo dado ao autor Francisco Esaú Cossa. Nasceu na província de Sofalo. É Professor e escritor de Moçambique, um dos nomes mais conhecidos no país por levar o nome de sua terra contextualizando de forma política e social as questões que envolvem seu povo. No ano de 2014 esteve na Unilab recepcionado pela Professora Drª Denise Rocha para um evento literário.

Ba Ka Kosa trabalhou também em 1982 para o Ministério da Educação. Em seguida iniciou seus trabalhos em outro órgão, a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), o qual é membro.  Iniciou sua carreira como escritor publicando vários contos. Recebeu prêmios de reconhecimento por sua notoriedade em fazer romances, contos e estórias. Ganhou o prêmio José Craveirinha de Literatura em 2007, um dos mais importantes de Moçambique, com a obra Os Sobreviventes da Noite.

Muitos pesquisadores já realizaram estudos a cerca da literatura de Ualalapi, como por exemplo: Dra. Denise Rocha, professora do Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira-Unilab com o tema: Representações Históricas e orais de Ngungunhane em Ualalapi. Também realizou pesquisa a professora Dra. Ana Lucia Gomes da Silva Rabecchi (UNEMAT) com o tema: Tradição e transgressão em Ualalap. Ana Margarida Fonseca do Instituto Politecnico da Guarda /Faculdade de Letras de Lisboa também realizou artigo com o tema: O oral e o escrito em Ualalapi. Dentre outros  Anne Sletsjoe da Universidade de Oslo com o tema: A questão do outro na África lusófona.

Ressalta-se que todos os pesquisadores mencionados acima tiveram seus artigos publicados e reconhecidos como fontes de pesquisas literárias os quais contribuem ainda mais para os debates relacionados aos contextos sociais , políticos e culturais na literatura africana.

        A obra Ualalapi foi publicada pela primeira vez no ano de 1987 em Maputo, intitulada fragmentos do fim. A obra é composta por 125 páginas sendo separadas em partes, denominadas fragmentos do fim 1 ao 6.

        A estória inicia-se através de fatos da oralidade de um Griot ao lado de uma fogueira o qual conta a vida e os fatos do reinado tirânico de “Ngungunhane”. Em 1990 Ualalapi, venceu o prêmio de ficção moçambicana e no ano 2002 a obra foi considerada um dos cem melhores romances africanos do século XX. Ualalapi é uma crítica ao governo Samora   Machel (1983) o qual intitulou Ngungunhane, antigo rei de Gaza como um herói tentando nos tempos de seu reinado tentando  criar  uma identidade nacional Moçambicana. Justificava-se pelo fato de o régulo Ngungunhane ter lutado contra os Lusos na era colonial.

Em processos literários de desconstrução do ícone fabricado, Khosa escreveu Ualalapi, publicado em 1987, cujo narrador visitou uma aldeia moçambicana para ouvir ao redor de uma fogueira a versão de um ancião griot sobre a biografia de Ngungunhane: a violenta usurpação do trono após a morte de seu pai, passando por episódios de opressão física e psicológica de seus súditos até sua captura e embarque em um navio português, como prisioneiro de guerra, para Lisboa seguindo para os Açores (ROCHA, 2013, p. 18).

A narrativa escrita em ordem cronológica abrange testemunhos diversos: os verbais, contados pelo velho senhor, neto de Somapunga, membro da corte, e por Malule e Ciliane, antigos serviçais reais; e os escritos por funcionários civis e militares do governo português e por um médico suíço que são personagens históricas. Os textos ficcionais e históricos foram mesclados com excertos bíblicos e máximas sobre o último imperador de Gaza. (ROCHA, 2013, p. 18).

3-EM UALALAPI, MANUA FILHO DO ÚLTIMO IMPERADOR DE GAZA

              Entre os escombros da última capital de Gaza  foi encontrado um diário com uma letra tremida, imprecisa e tímida junto a ossadas humanas e de animais.  No ano de 1892 Manua seguia viagem a navio para Moçambique. Durante o percurso estranhos acontecimentos ocorreram com Manua. O diário contem fatos sobre a vida do príncipe de Gaza o qual jurara que quando fosse rei implantaria a cultura dos brancos em Gaza.

FIGURA 4- Manjacare, capital de Gaza no reinado de Ngungunhane (1884-1895)

              O pai de Manua foi o ultimo rei das terras de Gaza, uma região em que na época era de muita importância para Moçambique. Ngungunhane um déspota que sucedeu ao trono (1884) de forma cruel. Era um home rude o qual espalhou sangue e medo pelo seu reino. Deixava-se manipular pela tia Damboia uma ninfomaníaca e pela mulher dele. Não gostava do filho Manua e o desprezava veementemente.

              Manua pertencia a uma linhagem que em tempos passados havia se tornado influencia e sinônimo de poder nas terras de Gaza. Seus antepassados sempre subiram ao tropo por meio da usurpação do trono de forma cruel mandando muitas vezes assassinar seus adversários dentro do próprio seio familiar.

              Ainda muito jovem foi enviado para a Europa a fim de receber educação ao estilo dos brancos. O príncipe e futuro rei se encantou com a postura e os modos dos lusos, o qual relatou essa passagem em seu diário:

Quando eu for imperador eliminarei estas práticas adversas ao senhor, pai dos céus e da Terra. Serei dos primeiros, nestas terras africanas, a aceitar e assumir os costumes nobres dos brancos, homens que estimo desde o primeiro dia que tive acesso ao seu civismo são (KHOSA, 2013, p.94).

 

              Manua por ter saído de sua tribo e das cercanias do seu reinado ainda muito jovem vivenciou e aprendeu coisas novas. Vislumbrou povos e culturas diferentes aos quais se quer imaginava um dia perceber e visualizar tal mundo. Não estava mais acostumado aos modos grosseiros e tirânicos do pai o rei temido das terras de Gaza.

              O livro Ualalapi em fragmentos do fim 5 através de uma narrativa ficcional e elucidativa narra a história de Manua que após longos anos de estadia na Europa para estudar e ter formação diferente das dos africanos retorna em finais de julho do ano de 1892 á navio no paquete pungué para a sua terra , mas estranhos acontecimentos ocorrem dentro do navio envolvendo o jovem príncipe.

Na primeira noite, contrariando o hábito secular dos nguni,  Manua comeu peixe. Achou-o saboroso vituperou a sua prole. Bebeu um litro de vinho, arrotou e saiu da mesa. {...} Puxou os lençòes para o lado esquerdo, saltou da cama e, já junto à porta, sentiu algo viscoso e escorregadio a colar-se às plantas dos pés, Arroz, O vinho coloria, aqui e ali, o arroz que um liquido amarelo azedava. Bolhas enormes rebentavam de segundo a   segundo. Era o seu vômito (KHOSA, 2013, p. 92).

              O jovem acordou e se deparou com seu vômito por todo o quarto, segundo o autor de Ualalapi cabeças  de peixes junto a um liquido pegajosos estava espalhado por todo o navio. As pessoas vomitavam ao sentir o odor e julgaram bruxaria por parte de Manua. As pessoas nunca tinham presenciado tamanha situação.  As pessoas ficavam olhando o jovem com ar de desprezo e indiferença, foi quando Manua resolveu escrever algo em seu diário:

Manua abriu a maleta, tirou papeis, uma caneta e tinta e escreveu. Falou do pai e chamou-o ignorante e feiticeiro.  Falou do seu tempo de estudante, afirmando que uma vez borrou o quarto de merda durante a noite, eixando a cama limpa. Hoje, escreveu a dado passe, vomitei. O comandante do navio nada entende de feitiço. Se compreendesse alguma coisa talvez entendesse o fato de eu ter sido dos poucos na minha tribo que teve acesso ao mundo dos brancos, á sua língua, aos seus costumes e à sua ciência. Mas ele não pode entender o mundo negro, os nossos costumes bárbaros, a inveja que norteia a nossa vida e as intrigas que nos matam diariamente (KHOSA, 2013,p. 94).

              Na narrativa do texto percebe-se ainda uma forma de pré- conceito por parte da tripulação para com o negro filho do rei. O capitão só não atirou o jovem ao mar devido ao fato de ser filho do soberano. A tripulação chegou a questionar do por que de pretos naquele navio.

 Mas o senhor deve compreender que o moço é o filho do rei das terras do sul. – Qual rei, qual merda, os pretos nunca tiveram seis, capitão! Isso é história. No seu lugar atirava-o pela borda fora. É o que ele precisa, preto de merda (KHOSA, 2013, p. 95).

              Apesar do  jovem  ter estudado e se comportar de modo fino e educado sua cor causava espanto e raiva dos brancos por perceber em Manua traços dos brancos.

Já vi um preto a ser esfaqueado. em vez de sangue saia água. Capitão. Que raça! – Se eu fosse rei tirava os portugueses destas terras e deixava os pretos na sua vida selvagem, pois de nada nos valem estar aqui com histórias de civilização, estes pretos gozam connosco, capitão. Vocês diz que o moço esteve a estudar, mas eu aposto consigo que o miúdo, ao chegar a terra , tira as calças e os sapatos e volta a vestir os saiotes de pele (KHOSA, 2013,p. 98).             

De 1892 á 1895, ano de sua morte, o diário nada diz, pois as folhas foram comidas pelos ratos. As letras que restam estão soltas. Juntando as cinco letras  tem-se a palavra morte ou temor. Ou tremo. (Khosa, 2013, p.101).

3.1  O Assimilado

              Desde muito cedo o pai de Manua o enviou para receber educação europeia. O jovem rapaz se encantou pelo estilo de vida e cultura dos brancos. Vestia-se e tinha o andado dos mesmos. 

              Estudou, sabia ler e escrever bem como se comportar de modos finos e educado, diferente do estilo de seu povo que trazia consigo uma cultura diferente. O jovem passou boa parte de sua vida vivenciando os costumes dos europeus o qual se sentia mais a vontade em meio aos brancos. Não parecia em nada com os Nguni e isso causava em seu pai Ngungunhane um terrível ódio pelo fato do filho ter virado um assimilado.

3.2 Loucura e Morte de Manua

               Manua se tornava cada vez mais um alcoólatra, o qual a loucura o consumia ferozmente.  Ele andava e falava sozinho pelas ruas de Gaza, e era tido como um louco. Desde a chegada em Gaza os maus tratos e insultos se tornavam frequentes pelo próprio pai o rei.  Manua em meio ao desprezo e a indiferença  sucumbe-se de vez ao álcool.

               No livro Ualalapi é enfatiza um suposto assassinato pelo pai devido ao fato do filho ser um assimilado e preferir ser um “branco” a um “africano”. Relata ainda os últimos dias de Manua. Em 1895 após horas de dor, loucura e gritos o jovem dar o ultimo suspiro.

Ngungunhane dormia. Acordaram-no. Teu filho morreu, disseram Quem? - perguntou. Manua. Enterrem-no, respondeu e dormiu. (KHOSA, 2013, p.105).

CONCLUSÃO

              O escritor moçambicano, autor de Ualalapi intrigado com a política de enfatizar Ngungunhane como uma figura heroica resolveu estudar e pesquisar sobre a vida do último imperador das terras de Gaza, colocando através de testemunhas orais e documentais momentos da vida do régulo que tempos atrás viveu naquelas terras e praticou de forma cruel a matança e sofrimento para a vida de muitas pessoas, inclusive para aqueles que ele mesmo tinha o dever de proteger como rei.

              O principal foco da literatura em questão é o fato do governo Machel (1983) ter requisitado ao governo português os restos mortais de Ngungunhane justificando que o mesmo fazia parte de uma identidade nacional colocando-o como herói. É verdade que o imperador desafiou e lutou contra a opressão portuguesa, contudo não o coloca de fato como um herói nacional. A partir dessa colocação do governo Machel, Ba Ka Khosa resolveu utilizar de sua habilidade como escritor exímio para delatar e se fazer ouvir através da literatura moçambicana a verdadeira face do último imperador de Gaza.

              A obra retrata ainda os conflitos familiares da família real e o desprezo do rei para com o filho Manua, o qual retorna ao império após de anos estudando na Europa   tornando-se um assimilado se torna um alcoólatra e em meio a loucura morre sem qualquer afago ou carinho.   

ABSTRACT: This study will demonstrate the life and death of Manua Ngungunhane son of the last emperor of Gaza's land. The daily Manua is contained in the end five fragments in the work of Ualalapi (1987), of Ba Ka Khosa Ungulani, which the author gathered a series of actions and plots directly related to the reign of Ngungunhane (1884-1895), the work comes gather important facts which confront the government's affirmative Samora Machel (1983) that had claimed the remains of Ngungunhane justifying the Portuguese that the old emperor was a national hero and that Mozambique was creating a national identity rooted policy also in the last figure Emperor of Gaza's land. However the actions and tyrant's cruel attitudes reveal that it was not a hero but a bloodthirsty despot. In the diary of Manua perceives this statement where the son on the throne after returning from Europe, full of white of cultural assimilation is rejected and humiliated by his father watching son in an assimilated. As a result Manua begins to drink heavily and becomes an alcoholic and amid desmandes and indifference of the patriarch he succumbs to alcohol and madness dying without any affection or fondness.

KEYWORDS: Ualalapi . Daily Manua . Ngungunhane.

 

REFERÊNCIAS

KHOSA, Ungulani Ba Ka. Ualalapi. Belo Horizonte: Nandyala, 2013.

ROCHA, Denise. Representações Históricas e Orais de Ngungunhane em Ualalapi (1987), de Ungulani Ba Ka Khosa: Revista Literatura em Debate, v.7 p. 17-33, dez . 2013.

PELISSIER, René. História de Moçambique: Formação e Oposição 1854-1918. 3. Ed. Trad. de Manuel Ruas. Lisboa: Estampa, 2000, v 1.

ICONOGRAFIA

Figura 1- Mapa de Moçambique. Disponível em:<https://www.google.com.br/search?q=Ualalapi&biw>. Acesso em: 23 abr.2015.

Figura 2- Ngungunhane o último imperador de Gaza. Disponível em:< https://www.google.com.br/search?q=Ualalapi&biw>. Acesso em: 03 Maio.2015.

Figura 3- Ngungunhane e suas esposas. Disponível em:< https://www.google.com.br/search?q=Ualalapi&biw>. Acesso em: 04 Maio.2015.

Figura-4 Manjacare, Capital de Gaza no reinado de Ngungunhane 1884-1895. Disponível em: < http://www.macua.org/livros/olhar3gaz.html>. Acesso em: 22 abr.2015.



[1] Aluno do Curso de Bacharel em Humanidades da Universidade da Integração  Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Redenção-CE. E-mail: [email protected] - Orientadora Drª.Denise Rocha (Instituto de Humanidades e Letras).

[2]  Para maiores informações a cerca da obra Ualalapi, ver Representações históricas e orais de Ngungunhane em Ualalapi (1987) , de Ungulani Ba Ka Khosa. Professora Drª Denise Rocha – Revista Literatura em Debate, v 7, n.13, p. 17-33, dez. 2013. Recebido em: 28 nov.2013. Aceito em: 06 dez.