O DIA QUE A TERRA PAROU – A PREVISÃO DO MALUCO BELEZA CHAMADO RAUL

Prof. Wilamy Carneiro Vasconcelos

Seis anos foi o tempo que durou a Segunda Guerra Mundial. Segundo as Histórias das Guerras, o conflito desse massacre envolveu as grandes potências mundiais no ano de 1939 a 1945. O mês foi setembro para o inicio e o fim dessa Grande sangrenta Guerra.  Foi um terror. Ocorreu nesse tempo o maior genocídio do Século XX, chamado Holocausto. No Século XXI vivemos um momento, paridade com a guerra. A guerra de um vírus COVID-19. Daí, então “A Terra Parou”.

Universidades Federais, Universidades Estaduais, Escolas Públicas e Privadas dispensaram professores, alunos, funcionários. Autarquias Estaduais e Municipais reduziram os turnos de seus empregados. Empresas de Economia Mista, Pública e Privada pediram que funcionários ficassem em suas residências. Comércios dispensaram seus empregados. Profissionais Liberais e autônomos decidiram trabalhar em suas casas.

Shows e voos cancelados, Teatros fechados, praias isoladas, viagens para o estrangeiro adiada. A quarentena é em todo o país. O pipoqueiro não saiu. O padeiro não foi trabalhar. O professor, o taxista, pintor, entregador, o bombeiro, o policial... O Dia que a Terra Parou. 

Aparentemente, sabemos que não há comparação de uma guerra com a outra. Mas, se não cuidarmos, ou seja, não prevenirmos será um massacre para a humanidade. China, Itália, Espanha, Estados Unidos e agora, o Brasil. O coronavírus já está em 115 (Cento e Quinze) países, segundo revela a OMS (Organização Mundial da saúde).

Devido às peculiaridades e cuidados na prevenção da doença, ou seja, da pandemia, um ato cívico está sendo divulgados por todas as “Nações do Mundo,” com um pedido solidário de resguardo total da população em suas residências. No trabalho, na escola, no bar, na igreja, supermercado, pracinhas e bares locais.  Até visitas com os próprios familiares estão proibidos devido à zona de risco para combater a pandemia e acabar com o coronavírus. E assim a Terra para.

Uma analogia nos faz lembrar-se da composição de Raul Santos Seixas, músico e compositor brasileiro, nordestino nascido em julho de 1945 na Bahia com sua melodia “O Dia que a Terra Parou.” E as estrofes musicais lembram-nos do fato atual e anúncios de nossas autoridades que diz a melodia:

“Foi assim...

No dia em que todas as pessoas
Do planeta inteiro
Resolveram que ninguém ia sair de casa
Como que se fosse combinado em todo o planeta
Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém, ninguém.

O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
E o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar.

No dia em que a Terra parou...

                                      (Raul Seixas, Cantor e compositor)

A OMS (Organização Mundial de Saúde) faz relato com medidas de isolamento, de higiene, de trabalho alternado, reforçando ainda a população para ficar em casa.  A prevenção e o isolamento no momento é o melhor remédio. Vale salientar que todo cuidado é pouco e aguardamos as boas notícias. 

Raul Seixas foi um dos maiores cantores da música pop, pioneiro no Rock brasileiro. Foi também instrumentalista e compositor com alcunha de Maluco Beleza e considerado o Pai do Rock Brasileiro.

Devido seus estilos musicais foi considerado um cantor místico com suas e ideias e filosofias. Assim como a Sociedade Alternativa, movimento idealizado pelo compositor baiano. Nasceu em julho de 1945, finalzinho da Segunda Guerra Mundial. Destarte, talvez seja sua maluquez a irreverência musical. 

Muito inteligente, o cantor nordestino se interessava também por psicologia, metafísica, filosofia, literatura e história. Segundo alguns críticos musicais o cantor era cético e agnóstico.

Entre outras, muitos títulos de suas músicas ganharam notoriedade e críticas alcançando grande público e sucesso. Uma delas foi Metamorfose Ambulante, Mosca na Sopa e Ouro de Tolo. Coincidência a parte o cantor nasceu na Avenida 7 de Setembro, em Salvador. Digo a vós que qualquer semelhança é mera coincidência. E que tenham uma boa leitura. 

Uma de suas frases que falava em entrevistas:

“Quando eu era guri, lá na Bahia, música para mim era uma coisa secundária. O que me preocupava mesmo eram os problemas da vida e da morte, o problema do homem, de onde vim, para onde vou”...

(Raul Seixas)

________________

Wilamy Carneiro é professor, palestrante, pesquisador, memorialista e escritor. Membro da ALMECE – Academia de Letras dos Municípios do Ceará. Ocupante da Cadeia Nº 97 do Município de Forquilha. Bacharel em Direito na FLF – Faculdade Luciano Feijão. Autor dos Livros “Einstein e Sobral – A Cidade Luz”. Em 2019 publicou um livro de memórias o “Tempo de Sol”. E lançou na Casa da Cultura de Sobral o livro “Os Estados Unidos de Sobral”. Participou da Primeira FLINAU - Feira do Livro do Náutico com apoio da LuAzul em Fortaleza no Ceará com mais um lançamento e lançou o livro "Sonhos do Amnhã - O Zé dos sonhos". Em suas interações escreve Literatura de Cordel dentro os quais “A Briga Mortal do Bispo-Conde com o Juiz da Cidade”, e o cordel “Patativa do Assaré – Um poeta Nordestino”. Autor da Poesia do Sertão, O Laço, Poesia é um Saco e Soneto do Amor com participação da Coletânea dos 100 Sonetos com 100 escritores de Luciano Dídimo.