O dia em que eu morri...

Meus olhos permaneciam abertos

Em períodos curtos ficavam cerrados

Estando o meu peito exposto

Ao mesmo tempo o tórax estava fechado

Dores internas,

Dores profundas

Arraigadas no meu ser

Nada feria minha pele

No entanto, a dor insistia em doer

Gritos silenciosos

Nada está inexato

A não ser....

O frio, o silêncio

E o eu estático

Músicas fúnebres soam

O hino da morte entoa

Enquanto aceito meu destino

Ouço vozes dos anjos

Murmúrios de meninos

Não se apiedem de mim

Pois o estiolamento não é o fim

Senão o começo

Um novo ser

Um ressurgir

Despeçam-se da minha couraça

Oferto-lhes apenas a minha luz

Que não viva em mim o “eu”

Quaisquer “eus”, egos...

Avisto enfim a minha cruz

Consciência desperta após a morte

Emanam-se as virtudes

Revolução da verdade

O sacrifício como caminho

Eis a cura para a humanidade.

 L. A. L.