O dia em que eu morri...
Publicado em 24 de julho de 2016 por luciene aragao lima
O dia em que eu morri...
Meus olhos permaneciam abertos
Em períodos curtos ficavam cerrados
Estando o meu peito exposto
Ao mesmo tempo o tórax estava fechado
Dores internas,
Dores profundas
Arraigadas no meu ser
Nada feria minha pele
No entanto, a dor insistia em doer
Gritos silenciosos
Nada está inexato
A não ser....
O frio, o silêncio
E o eu estático
Músicas fúnebres soam
O hino da morte entoa
Enquanto aceito meu destino
Ouço vozes dos anjos
Murmúrios de meninos
Não se apiedem de mim
Pois o estiolamento não é o fim
Senão o começo
Um novo ser
Um ressurgir
Despeçam-se da minha couraça
Oferto-lhes apenas a minha luz
Que não viva em mim o “eu”
Quaisquer “eus”, egos...
Avisto enfim a minha cruz
Consciência desperta após a morte
Emanam-se as virtudes
Revolução da verdade
O sacrifício como caminho
Eis a cura para a humanidade.
L. A. L.