O DESPERTAR DA SEXUALIDADE INFANTIL

 

AdjaKathiany Lins Tavares

Amélia Kariny Lins Tavares Teixeira

Claudia Barbosa Rodrigues Guerra

Gyna Karine Barbosa Aniceto

Jackeline Patrícia Gomes de Moraes

José Hamilton Mendes

Kelly Vila Nova

Laureana de Lima

Monica Michele dos Santos Araujo

Sandra Inês Lins de Abreu Mendes[1]

 

INTRODUÇÃO

A constituição brasileira Federal de 1988 contribuiupara empoderamento dessa temática no tocante aos direitos da criança de brincar, fazer escolhase direito a educação, no Estatuto da criança e do Adolescente, pela lei 8.069 de 1990 veio corroborar mostrando uma política de foco na proteção integral,direcionando um caminho para no desenvolvimento humano como um todo.É notório que uma criança é uma cidadã com suas necessidades diante disso é necessário abrir um espaço para um dialogo sobre sexualidade na infância, com fins de despertar pensamento reflexivo na criança, formando um adulto realizado e feliz.

DESENVOLVIMENTO

Existe uma dificuldade em se falar de sexualidade na infância, pois muitas vezes, esse tema é associado a fantasias eróticas e ao ato sexual, no entanto, o próprio desenvolvimento fisiológico já envolve as fases da sexualidade. Segundo Freud, existem fases que explicam essas etapas. A fase oral (0-1ano) fala que o prazer é sentido através da boca; a fase anal (1-3anos) onde o prazer é adquirido com a independência dos pais, na capacidade de controlar seus esfíncteres urinário e anal; e por fim, a fase fálica (3-6anos) na qual a criança descobre seu órgão genital e tem a tendência à explora-lo. Existem explicações de que disfunções em algumas dessas fases interferem nas questões sexuais na vida adulta.

Pensando nessa interferência, o papel do professor no desenvolvimento da sexualidade é de tamanha importância, pois contribui como referência em seu linguajar, escrita e comportamental. Embora, muitas vezes podem entrar em discordância com o comportamento grosseiros de certos pais.

Quando uma família, transforma a educação sexual em um mundo cheio de mistérios, sem dá liberdade de expressão às crianças, evitando ou criticando qualquer tipo de questionamento, estará criando uma barreira entre o real e o imaginário. Quantos adultos ainda hoje não gostam de falar sobre este tema?  Por medo de falar o que pensa ou por achar que alguém vai criticar se souber sobre sua escolha sexual? O tempo passa e ainda encontramos esta situação constantemente, mesmo estando no século 21.

 Quando uma criança é educada a conhecer seu próprio corpo, respeitar as diferenças e saber que cada um pode ser o que quer, será um adulto mais feliz, seguro e com menos frustações. A educação é o alicerce do desenvolvimento, estando presente em todos os momentos das nossas vidas. Cabe não só aos educadores, mas principalmente aos familiares que estão em contato constante com este indivíduo, levar informações esclarecedoras sobre a sexualidade, ultrapassando barreiras cheias de “tabu” e despindo-se de preconceitos.

Os requisitos sociais de padrões educacionais do passado, são evidenciados na angustia que a maioria dos adultos atuais sofrem frente as manifestações de sexualidade infantil. A repressão sexual ainda existe, mas gradativamente vem sendo melhor compreendida, deixando de ser quase sempre exercida sem permissão social e usualmente condenada a clandestinidade.

Por outro lado, nossas crianças são nativas digitais e estão expostas a todo tipo de informação precocemente, o querequer muito mais atenção por parte dos pais. A internet representa uma facilidade, mas, também representa um perigo na formação sexual das crianças. Estímulos a vaidade e ao consumismo de roupas e adereços antes usados apenas por adultos, danças sensuais, independência em festas de aniversários e falta de supervisão estão deixando as crianças muito mais vulnerais. A criança hoje tem livre acesso a estímulos sexuais e até a pornografia em qualquer idade, acontece que a libido alterada no momento errado, acabará por deixar sequelas graves e uma visão deturpada de sexualidade, deixando o desenvolvimento sexual normal perdido pela tecnologia.

CONCLUSÃO

Em um contexto psicossocial, nós adultos temos a obrigatoriedade de proteger nossas crianças de abusos sexuais e pedofilia, duas mazelas ondemuitas vezes a internet é vilã. Embora, a maior parte dos casos de estupros infantis aconteçam dentro do seio familiar, entre as quatro paredes do quarto da propina criança. Onde deveria ter proteção é abusada e marcada para o resto da vida,

Em contraponto a tecnologia, podemos dar uma voltinhana formação infantil de antigamente e veremos grandes diferenças educacionais e biológicos. Os estímulos eram outros no passado. Seres humanos, conjunto de elementos biológico, espiritual, educacional. E sexualidade na infância, ora reprimida ou consentida por família e sociedade desde os tempos remotos com muitas imperfeições anômalas, pois haviam consentimentos de meninos de 11 e 12 anos assumirem matrimônios com membros familiares como tios, sobrinhos, padrastos. Apenas o conhecimento diário adquirido é que deixará o homem mais próximo ao ético.

REFERÊNCIAS

VITELLO,Nelson.CONCEIÇÃO,Isaura S C. Manifestações da sexualidade nas diferentes fases da vida. Revista Brasileira de Sexualidade Humana, 4ed, 47-67, 1993.

Sexualidade na infância: o que você precisa sabe. Mundo Psicólogos. Acesso em: <https://br.mundopsicologos.com/artigos/sexualidade-na-infancia-o-que-voce-precisa-saber > Data: 23/03/2019.

[1] Doutorando em Saúde Pública