O planeta terra possui uma grande variedade e reserva de recursos naturais, contudo, esses recursos são finitos e devem ser preservados. É preciso pensar na utilização destes recursos de maneira racional para não haver um desequilíbrio no meio ambiente, prejudicando assim as próximas gerações.

O desenvolvimento sustentável pressupõe crescimento de atividades produtivas com respeito ao ambiente, atendendo aos parâmetros da justiça social e levando em conta os direitos humanos. O desenvolvimento sustentável é o novo parâmetro cultural e não somente uma nova forma de produzir bens e serviços. (HOLTHAUSEN, 2002, p. 103).

 Primeiramente pensava-se na produção de bens materiais sem levar em consideração a degradação do meio ambiente. O único objetico era produzir para gerar riquezas. As corporações não tinham uma consciência sustentável. Produziam sem a devida preocupação com a poluição que causavam.

“Os recursos naturais são utilizados pela humanidade, organizada em sociedade, através do conhecimento e da tecnologia, para obter automóveis, rodovias, ferrovias, cidades, pontes, casas, alimentos, roupas, medicamentos, hospitais e escolas”. (HOLTHAUSEN, 2002, p. 51).

Contudo, no momento atual é preciso pensar em manter este conforto que os bens materiais proporcionam, porém, levando em consideração que os recursos naturais precisam ser preservados e utilizados de forma inteligente pela sociedade.

Supondo uma organização em que suas atividades dependam de recursos finitos e seus serviços poluam o meio ambiente. Essa empresa no futuro terá dificuldades de sobreviver no mercado, considerando também o controle da população sobre empresas que tem tais atitudes (SAVITZ; WEBER, 2007).

Nestes últimos anos, porém, tem-se falado constantemente sobre as mudanças climáticas e de que forma isto afetará o dia-a-dia das pessoas. Mais do que isto, é preciso pensar o que os produtos fabricados hoje causarão no futuro ao sistema ecológico. E de que forma a utilização de recursos naturais compromete a sobrevivência das espécies na Terra. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação do eco-sistema. Este ponto de equilíbrio chama-se desenvolvimento sustentável.

Em 1983, foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, para estudar e propor uma agenda global para capacitar a humanidade à enfrentar os principais problemas ambientais do planeta e possibilitar o desenvolvimento humano sem comprometer os recursos para as futuras gerações (ALMEIDA, 2002).

Para que isso ocorra é preciso que a organização tenha entre seus objetivos estratégicos a preservação do meio ambiente por meio de políticas adotadas pelos seus executivos (TACHIZAWA, 2004).

As organizações devem preocupar-se em não prejudicar o meio ambiente em troca de seus lucros simplesmente, ou seja, devem encontrar uma maneira de explorar os recursos naturais sem destruí-los. Como vive-se na era da tecnologia e inovação é possível planejar o crescimento de empresas sem que isto represente a degradação do meio ambiente. Com equipamentos de última geração se torna comum a realização de tarefas até então tidas como de difícil execução.

 A empresa que quer ser sustentável inclui entre seus objetivos o cuidado com o meio ambiente, o bem-estar do stakeholder e a constante melhoria da sua própria reputação. Seus procedimentos levam em conta os custos futuros e não apenas os custos presentes, o que estimula a busca constante de ganhos de eficiência e o investimento em inovação tecnológica e de gestão. (ALMEIDA, 2002, p. 81).

 Sob o ponto de vista de Savitz e Weber (2007, p. 228), a “sustentabilidade parece florescer em empresas que apresentam quatro traços cruciais: visão, autoconhecimento honesto, forte liderança e mentalidade de longo prazo”.

O mentalidade dos empresários e executivos passa por um momento de transformação quanto a filosofia e objetivos de uma organização. Seus conceitos estão baseados em um novo pilar organizacional que é a sustentabilidade.

No que tange o meio ambiente, cabe a responsabilidade social garantir a ecoeficiência, por meio da integração da tecnologia, recursos, pessoas e sistemas de gestão (ASHLEY et al., 2005).

Por causa destas novas tecnologias, nos dias atuais pode-se vislumbrar um futuro em que as empresas não agridam o meio ambiente da maneira como era feito em décadas anteriores.

“Os recursos naturais que antes não valia a pena explorar, por estarem distantes ou por dificuldades geográficas, hoje são acessíveis fisicamente, a um custo mais baixo, devido aos avanços na tecnologia de extração”. (GRAYSON; HODGES, 2003, p. 21).

Um exemplo de desenvolvimento sustentável é uma empresa fabricante de papel que utiliza a madeira como matéria prima e faz reflorestamento de florestas. Com isto a empresa, embora que se utilize do meio ambiente para extrair sua matéria-prima e obter lucros, ela tem ações de responsabilidade social e contribui para o desenvolvimento sustentável.

“A sustentabilidade exige uma postura preventiva, que identifique tudo que um empreendimento pode fazer de positivo, para ser maximizado e de negativo, para ser minimizado”. (ALMEIDA, 2002, p. 76).

Outro caso é o de usinas hidrelétricas que utilizam dejetos de cana-de-açucar, por exemplo, para gerar energia elétrica. Neste caso específico da geração de energia elétrica ocorrem dois fatos positivos em prol da preservação do meio ambiente. O primeiro fato é que os dejetos da cana-de-açucar que iriam ser jogados no lixo e que poluiriam o meio ambiente, agora estão sendo reaproveitados. O segundo fato é que gerando energia elétrica por meio do bagaço da cana-de-açucar evita-se que tenham que ser produzidas mais usinas hidrelétricas.

“[...] necessidade de se diversificar a matriz energética brasileira para que o país não ficasse refém da hidrologia. Para isso, foram criados programas de incentivo ao uso de fontes alternativas de energia”. (LANDAU, 2008, p. 2).

 Usinas hidrelétricas são prejudiciais às espécies que vivem nos rios e encostas, inclusive prejudicam o leito natural dos rios, pois os mesmos normalmente são modificados com os alagamentos necessários para se construir as barragens, com o objetivo de se viabilizar uma usina hidrelétrica.

Para Tachizawa (2004, p. 133), neste aspecto a comunidade tem um papel importante:

 o questionamento cada vez maior da sociedade em relação às alterações ambientais provocadas pelos projetos energéticos, associado ao conhecimento que as comunidades afetadas têm de seu meio ambiente, fazem com que a hidrelétrica assuma o compromisso de considerar, no desenvolvimento de suas atividades, a participação de indivíduos, grupos e organizações nas fases de estudo, implantação e operação de seus empreendimentos.

 Organizações que trabalham dessa forma estão contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Seguindo exemplos como os citados anteriormente pode-se obter sucesso e ser uma empresa rentável sem prejudicar as gerações futuras, pois elas tem o mesmo direito de usufruir do eco-sistema existente e de seus recursos e belezas naturais.