José Rodolfo Rodrigues Torres¹

Juliana Moraes da Silva²

Kleber Alves da Silva Peres³

RESUMO

Esse estudo está relacionado com o mercado de entretenimento e como algumas empresas estão se destacando por saber se renovar com o passar dos anos, através de pesquisas de satisfação e se adequando com a tecnologia, Nessa pesquisa temos comparações entre empresas de internet e as grandes empresas televisivas que continham esse monopólio de mercado. E como esse monopólio foi quebrado com destrezas por essas novas empresas e também como a falta de planejamento estratégico das empresas já consolidadas no mercado fez com que essas empresas novas só avançassem cada vez mais.

Palavras-chave: Entretenimento, Planejamento, empresas, monopólio.

ABSTRACT

This study is related to the entertainment market and how some companies are highlighting themselves by knowing how to renew themselves over the years, through satisfaction surveys and adjusting to technology. In this research we have comparisons between internet companies and large companies televisions that contained this market monopoly. And how this monopoly was broken with skills by these new companies and also how the lack of strategic planning of the companies already consolidated in the market made these new companies only advance more and more.

Keywords: Entertainment, Planning, business, monopoly.                 

 

­­­­­­­­­­¹ Graduando do curso de administração de Empresas na Instituto de Estudos e Pesquisas Vale do Acaraú

² Graduando do curso de administração de Empresas na Instituto de Estudos e Pesquisas Vale do Acaraú

³ Graduando do curso de administração de Empresas na Instituto de Estudos e Pesquisas Vale do Acaraú

 

INTRODUÇÃO

Serviços on demand estão redefinindo planos econômicos e sociais e aos poucos começam a ganhar mais espaço entre os consumidores. Se antes o raciocínio era acumular e possuir, o perfil desse novo tipo de consumidor se especifica pela necessidade de compartilhamento e interação entre as pessoas e os serviços disponibilizados.

Com o inicio da Netflix e seu grande amadurecimento desde 1997 até hoje, ira notar-se que a necessidade por entretenimento é muito importante para o lucro da empresa e para que a demanda desses produtos ofertados por ela, no caso os filmes, séries, documentários e entre outros, sejam de fácil acesso e qualidade. Também será visto de uma forma muito eficaz a evolução da empresa de acordo com a época em que ela está, sendo que numa época em os filmes em DVD estavam em alta, ela entrou no mercado inicialmente para tornar esse processo de se deslocar de casa até a locadora um hábito cada vez menos usado, porque era essa a ideia da empresa, alugar DVD´s sem o cliente sair de casa, tudo a partir de um plano mensal.

 Hoje a empresa é uma das maiores do mercado no mundo conquistando seus assinantes com preços baixos e uma grande variedade de entretenimento, chegando a afetar as grandes operadoras de tv. No qual esse embate será tratado neste artigo de como uma alta demanda e a qualidade da oferta oferecida pela a Netflix atingiu de forma negativa as operadoras de tv por assinatura, motivando assim um número alto de cancelamentos de suas assinatura. Como essas empresas reagem a essa nova forma de entretenimento impulsionado pela a Netflix e como as operadoras e os canais por assinatura se posicionam a essa grande concorrência.

Então com a alta nessas empresas que disponibilizam conteúdo por demanda como a Netflix e o Youtube, e a falta de planejamento de se programar para o futuro das empresas já estabelecidas no mercado como os canais de tv abertos e as operadoras de tv por assinatura, contribuiu para que essas empresas novas começassem a se inserirem no mercado e se tornarem um problema para as demais.

 

DEMANDA E OFERTA, NETFLIX X CANAIS POR ASSINATURA

 

Hoje é fácil notar que a Netflix é um sucesso, com sua grande popularidade nas redes sociais e sua vasta quantidade de assinantes pelo mundo, tendo assim um grande impacto na internet que é sua principal forma de acesso. Sendo que uma pesquisa feita pela Share of peak download internet trafffic in America indica que ela é responsável por 37% de todo o tráfico de internet dos Estados Unidos, Youtube 18% e o restante com redes sociais e sites populares por lá. Portanto já se nota que esse impacto causado pela a Netflix vai muito além da internet, os canais de tv aberta e as operadoras de canais pagos já sentem quanto a suas audiências e números de assinantes, pois desde a popularização da Netflix o número só cai.                                                                               

Estima-se que haja 4 milhões de assinantes do serviço no Brasil e crescendo de forma rápida, nem a crise que afetou a maioria das empresas do pais parece que diminui o ritmo da Netflix. Muitos desses 4 milhões desistiram da tv paga, só não se sabe quantos exatamente, a Netflix não divulga informações oficiais sobre o tema, nem diversas outras informações importantes como a quantidade oficial de assinantes por aqui.

Contudo os canais e as operadoras de tv decidiram correr atrás do prejuízo, sendo assim se informatizaram e também aproveitaram a onda de serviços online que tanto conquista o público e criaram vários serviços de streaming ao estilo vídeo sob demanda, para que o consumidor veja filmes, séries em qualquer lugar, qualquer hora e pelo seu smartphone se preferir. Tudo a fim de reconquistar clientes perdidos e agradar os já assinantes.

Independente do mercado a Netflix sempre teve algumas estratégias muito bem desenvolvidas, uma delas é a que mais chama atenção é o preço acessível a todos, no inicio o preço no Brasil custava menos de 15 reais por mês, hoje o valor básico ainda esta abaixo dos R$ 20, e um plano mais elevando custa menos de R$ 30. São valores que acabam sendo muito menores do que uma assinatura de tv que sai de 50 a 150 reais ou um valor de um ingresso de cinema e ainda mesmo de um filme em Blu-ray.

Uma pesquisa feita em 06/04/2016 pela EXAME.com em parceria com a MeSeems diz :

”Os brasileiros não estão satisfeitos com o preço da TV por assinatura praticado pelas operadoras. Entre os 26% que pretendem cancelar o serviço nos próximos seis meses, 45% pensam em substituí-lo pela Netflix, que é a plataforma de vídeo sob demanda mais popular no Brasil. É o que mostra uma pesquisa da MeSeems realizada junto a EXAME.com com 1.000 pessoas das classes A, B e C, de todas as regiões do país.

Mais da metade (55%) dos assinantes de TV paga consideram a mensalidade muito cara pelo conteúdo oferecido. O valor gasto no serviço é entre 51 e 150 reais por mês.Entre os assinantes, 11% disseram estar satisfeitos com a relação custo-benefício desse serviço, enquanto 20% informaram que o valor é alto, mas cabe no bolso.Boa parte das pessoas (48%) que assinam um serviço de TV também utilizam uma plataforma de streaming, como Netflix (94%), Telecine Play (19%), Net Now (16%), Globosat Play (12%) ou HBO Go (11%). Agora, entre os não assinantes de TV paga, o número de adesão aos vídeos sob demanda constatado foi um pouco menor: 44%.Dos 55% que acham cara a mensalidade da TV por assinatura, 26% pretendem cancelá-la nos próximos seis meses e 33% estão na dúvida se irão ou não cortar o serviço em breve. A principal razão para o cancelamento é o alto custo.

Em relação à Netflix, somente 3% dos respondentes da pesquisa informaram intenção de cancelar a assinatura, enquanto 84% disseram que continuarão a pagar pelo uso da plataforma.”

Mas nem tudo são vantagens para a Netflix, a tv por assinatura tem a grande vantagem da programação ao vivo, coisa que a Netflix não possui logo a programas ao vivo, reality shows, premiações, futebol e outras dominam a tv, por isso quem gosta de programação não vê vantagem no serviço oferecido pela a Netflix. Talvez surja uma dúvida quanto a essas programações mas é so pesquisa um pouco e vera que os programas mais assistidos pelos os brasileiros são as partidas de futebol. Na parte de show temos os grandes eventos( Lolapalooza, Rock in rio) e até as grandes premiações internacionais (Oscar,Grammy), esse é um problema que a NETFLIX tem enfrentado.

Estimativas apontam que a Netflix terá um faturamento maior que R$ 500 milhões até o final do ano, apenas no Brasil. O valor, segundo o UOL, é superior ao obtido por grandes emissoras de televisão, como Band e RedeTV.

Tais números se juntam à estimativa de 2,5 milhões de assinantes, o serviço tem no Brasil. Esse número chega a 65 milhões ao redor do mundo, sendo 42 milhões nos Estados Unidos.

Mas executivos de canais pagos chegam a estimar que o serviço, na verdade, tem mais de 4 milhões de assinaturas no país e pode faturar cerca de R$ 1 bilhão, próximo do que o SBT, a segunda maior emissora aberta do país, ganha. Só para você ter uma ideia, se a Netflix fosse uma operadora de TV paga, estaria abaixo apenas da NET e Sky.

Com o rápido crescimento da Netflix, questões de regulamentação também miram o serviço. Desde o começo do ano, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) quer estabelecer uma cota para mais filmes e séries produzidas no Brasil aparecerem por lá, mas a regulamentação não avançou. A falta de regulamentação gera reclamações entre as operadoras de TV paga, que reclamam que o serviço leva vantagem competitiva por não pagar os mesmos impostos. O ICMS, acréscimo de 10% sobre o valor da mensalidade, que tem valor estimado de R$ 50 a 100 milhões, não é pago pela Netflix. A empresa também é isenta da taxa Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), estimada em R$ 9 milhões.

A Ancine, além de planejar criar uma cota para produções nacionais, quer regulamentar a Netflix e outros serviços OTT (over the top), como o itunes. Oscar Simões, presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), também declarou que a Netflix pode vir a ser uma ameaça à TV paga se continuar desregulamentada. “Não temos nada contra a Netflix. Mas apelamos ao governo para que haja uma isonomia tributária”.

Contudo, as variável a serem vistas de acordo com o serviço prestado e em relação aos concorrentes no mercado são:

SERVIÇO DE STREAMING= - NETFLIX + TV POR ASSINATURA – ENTRETENIMENTO + RENDA

Pi – Preço do próprio bem, a Netflix.

Ps– Bem substituto, as tv´s por assinatura.

Pc-- Bem complementar, entretenimento ou internet.

R -- Renda

 

O FIM DO MONOPÓLIO DO CONTEÚDO AO VIVO E O MAU PLANEIJAMENTO DAS EMPRESAS VETERANAS

A administração estratégica se preocupa em criar um “ambiente interno” forte e, ao mesmo tempo flexível, para que, no futuro, a empresa tenha condições de chegar, ou mesmo de permanecer em posição de destaque em seu setor e no macro ambiente. Tem como principal objetivo criar condições para que a empresa opere com eficácia diante das ameaças ou restrições ambientais, e possa também capitalizar as oportunidades oferecidas pelo ambiente, por isso, o “administrador estratégico deve ser capaz de determinar e produzir mudanças estratégicas, arquitetar a organização, bem como fazer de seus colaboradores pessoas motivadas e capazes de gerar mudanças” (ANSOFF, 1993).

O conhecido YouTube também nasceu em uma garagem, em São Francisco, na Califórnia. Dois jovens empreendedores queriam uma solução para o compartilhamento de vídeos com amigos, diante da dificuldade de enviar arquivos pesados.

Chad Hurley e Steve Chen, funcionários de uma empresa de tecnologia, começaram o projeto YouTube em 2005. Apenas 20 meses depois de criado o programa, os parceiros, hoje multimilionários, venderam a invenção para o Google por mais de 1 bilhão de dólares.

Logo se tornou uma das empresas de divulgação de conteúdo de mídia mais populares do mundo, sendo atualmente tão acessado e assistido como uma emissora de TV no Brasil, com faturamento igual e ate superior a alguma emissoras.

 

TRANSMISSÃO DE CONTEUDO AO VIVO NA INTERNET

 

Em 2010 o YouTube começa a disponibilizar a criação de conteúdo ao vivo em sua plataforma, isso seria um grande inicio da concretização do fim do monopólio de conteúdo das TV´s abertas e por assinatura, pois até então só elas continham esses conteúdos. Logo veio os empecilhos contra a plataforma a primeira veio com a transmissão de um jogo de futebol.

Uma reportagem feita em 20/02/2017 pela EXAME disse:

“A partida entre Atlético-PR e Coritiba, pelo Campeonato Estadual, foi cancelada pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). O impedimento está relacionado a transmissão do jogo. Como ambos os clubes não chegaram a um acordo com as emissoras de televisão para comercializar os direitos de exibição, as entidades esportivas resolveram transmitir o jogo de uma forma independente e exclusivamente online pelos canais dos clubes no Youtube.

O formato inédito de transmissão, entretanto, não aconteceu, já que a Federação Paranaense de Futebol alegou problemas de credenciamento dos profissionais da produtora contratada pelos clubes para exibir a partida ao vivo no Youtube.

 No final da semana passada, os clubes anunciaram a “novidade” da transmissão via Youtube e classificaram a proposta do Globo pela compra dos direitos “absurda”. Torcedores e parte da imprensa automaticamente associaram os fatos com o impedimento da exibição da partida por parte da federação. A entidade ainda se defendeu das acusações dos clubes, que afirmaram que o principal problema para a FPF era a transmissão do jogo via web.

 “O Coritiba Foot Ball Club e o Clube Atlético Paranaense informam que o clássico deste domingo (19), no Estádio Atlético Paranaense, não foi realizado devido à decisão da Federação Paranaense de Futebol de não autorizar o início da partida com a transmissão dos clubes em seus canais oficiais, no Facebook e YouTube, contrariando os interesses de seus afiliados CAP e CFC. Os clubes lembram que a ação pioneira foi realizada, pois as duas equipes não venderam os direitos de transmissão de seus jogos no Campeonato Paranaense, por não concordarem com os valores oferecidos”.

 

Com o fim desse monopólio e a falta de planejamento futuro nesse mercado, vemos que a introdução de novas empresas no meio incomoda bastante as  que já são veteranas  no mercado, que ao invés de criar meios de se preparar para o concorrente tenta não deixa-lo se consolidar, isso sendo apenas uma manobra ineficaz .

A NETFLIX VEM QUEBRANDO BARREIRAS E SUPERANDO EXPECTATIVAS NOS NÚMEROS DE ASSINANTES E NO FATURAMENTO BEM SATISFATÓRIO PARA EMPRESA.

A Netflix vem crescendo em ritmo acelerado assim batendo mais recordes no seu numero de usuários que chega a 99 milhões de assinantes e no faturamento anual se tornando um dos serviços de streaming que teve uma maior lucratividade, números mostra que o serviço já faturou US$ 243,9 milhões somente nos seis primeiro meses de 2017. A empresa obteve uma grande conquista superando ate mesmo as suas expectativas nos números de assinantes que foi estimado para ano foram maiores do que o esperado, com aumento progressivo nos números de assinantes a empresa do vale do silício teve uma grande salto nas suas ações que foi divulgado pela a mesma que teve uma variação de aumento a 8%, supostamente grande acionistas querem investir seu capital numa empresa que demostra grande resultado que é satisfatório para garantir um retorno do investimento mais rápido possível com lucratividade que chama atenção que desejada pela outras empresas, pode se dizer que a empresa investiu pesado para se torna uma dos serviços de televisão mundial.

No Brasil a Netflix chegou em 2011 com intuito em ganha mais território, bastante restrita com poucas variedades e opção no catálogo, Porém tiveram uma grande visão de investir pesado em novas opções de catálogo no decorre dos anos, obtiveram o retorno do esforço que foi colocado em destaque em ganha mais territórios, pois em 2016 tiveram uma grande surpresa o numero de assinante dobraram de 3 milhões para 6 milhões de usuários,  resultado bem gratificante comparando com TV aberta pois o faturamento chama atenção chegar a ser  30% maior que o SBT fatura anualmente.

Pesquisa mostra que a Netflix ainda ganha mais dinheiro mais que algumas emissoras de TV aberta, Entre as TVs por assinatura que operam no mercado nacional, somente a Net permanece na frente da Netflix em total de clientes, com seus 7,29 milhões de usuários. A Sky, por sua vez, foi ultrapassada e tem um total de 5,31 milhões.

Conclui que a netflix tem grande potencial no sistema logístico na prestação de serviço, que investem bem nos seus catálogos busca melhorias para satisfazer a necessidade de seus usuários conquistando novos assinantes tendo grandes lucratividades deixando para trás seus concorrentes deixando de ser restrita com poucas variedades e mostrado seu publico sua grande capacidade de entretenimento, pois a mesma já e consolidada no mercado garantindo maior conforto e qualidade para seus usuários mesmo que existam outros serviços mercado ela se destaca pela quantidade de opção de filmes e series original que são analisando de acordo com o perfil de seus usuários. 

 

CONCLUSÃO

Vimos que os serviços ofertados de certa empresa, no caso Netflix, pode ter uma grande demanda quando feita de um modo que se adapta com o passar dos anos, as novas tecnologias e coma situação financeira de seu publico, assim tornando seu serviço acessível a qualquer classe social.

Logo a partir das variáveis de demanda e produtos soube administrar bem, para quem e qual produto seria ofertado, trazendo assim uma singularidade no seu serviço. Então começou a se tornar competitiva e alvo de novos planos de marketing de empresas concorrentes já existentes e das iniciantes no mercado, fazendo assim gerar maior qualidade nos serviços oferecidos aos clientes e mais oportunidade de escolha.

Portanto a importância da demanda é equivalente a da qualidade do produto, onde traz inovação e maior qualidade no mercado, isso faz com que sempre haja uma disputa acirrada exigindo que a empresa estejam sempre preparadas para ser a melhor e impulsionando todas as outras do mercado atingir esse nível.

 

REFERÊNCIAS         

 

Exame.com – tv a cabo quer atacar Netflix por queda de assinantes. Disponível em:< http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/tv-a-cabo-quer-atacar-netflix-por-queda-de-assinantes>. Acesso em 15 de junho de 2017

Oficina da net – A historia da Netflix. Disponivel em:<https://www.oficinadanet.com.br/post/15898-a-historiadanetflix>.Acessoem 15 de junho de 2017