No monte Olimpo, Zeus governava, e seu poder estendia por todo o reino. O Olimpo é Zeus, e Zeus é o Olimpo, onde moram os deuses, e o palácio de Zeus brilhava entre as nuvens. Zeus olhava para a terra, apreensivo, estava preocupado com o mandrião e fanfarrão, Dionísio, seu filho. Ele visualizava do céu, o prado por onde corria Sileno, o fauno, montando em seu burrico, tentava se manter em equilíbrio em cima de seu lobo.
E Zeus acompanhava o percurso feito por Sileno, que se dirigia para onde Dionísio, que já estava embriagado embaixo de uma árvore no bosque formado por pinheiros e ciprestes. Sileno tinha uma aparência que assustaria qualquer um tinha os pés de bode e o corpo peludo, com dois chifres na cabeça, com seus olhos ébrios. Havia criado Dionísio filho de Zeus junto com as ninfas dos bosques. Quando chegou próximo de onde Dionísio estava, e bebia alguns goles de vinho na garrafa. Quando o burrico parou, Sileno levou um tombo, o que provocou gargalhada de Dionísio, até mesmo Zeus riu. Mas logo depois ele se recompôs e sacudiu seus cascos, estava completamente bêbado. O velho Sileno era brincalhão e irresponsável muitas das vezes e sempre andava bêbado.
? Por que toda essa demora homem-bode? ? perguntou Dionísio, o jovem filho de Zeus, e Sileno cruzou os braços fazendo uma cara de zangado. ? Fazendo suas famosas paradinhas, meu bom Sileno? Seu fauno mandrião.
? Sim, claro como eu não poderia ? hic! ? respondeu Sileno, descruzando os braços e tendo se manter em equilíbrio. ? Um bar aqui, hic!..., E outro ali o que fazer.
? Mas você conseguiu a informação? ? perguntou ele, passando a garrafa de vinho para Sileno. Que rapidamente deu uma golada. ? Sileno a informação.
? Ou sim claro, a cidade é Senador La Rocque, há muita diversão lá. ? disse Sileno, enxugando os lábios com a mão depois do gole. ? E diversão lembra bebidas, hic, e de todas as variedades.
? Deve ser um lugar fascinante, ? disse Dionísio, que ainda estava deitando no gramado embaixo da sombra da árvore e pegou das mãos de Sileno a garrafa e deu uma boa golada. ? Quando iremos para lá?
? Agora mesmo, sim você quiser. Hic! ? disse o fauno, e no monte Olimpo Zeus observava tudo com ar de insatisfação. ? Senador La Rocque. Aí vamos nós, hic, hic, esses malditos soluços que não passa.
? Beba mais, para ver se esses soluços passam. ? disse Dionísio, passando a garrafa para Sileno que tomou um grande gole secado à garrafa.
? Quando começa a ficar realmente bom, logo termina. ? disse Sileno, tentado torcer ou espremer a garrafa para ver se ainda saia alguma coisa de dentro, depois jogou a garrafa no chão, o burrico não saia de seu lado. ? É desisto não tem mais nada mesmo, hic!
? É bom desistir mesmo, agora me dê a sua mão, para que possa me levantar. ? disse Dionísio, estendendo o braço direito para o fauno, o ajudado a se levanta. ? Agora não podemos perder mais tempo, pois agora ficamos sem o que bebemos.
? Cadê o meu séquito? Aqueles faunos devem estar por aí aprontado alguma travessura ou estão muitos bêbados nessa hora. ? disse Dionísio, tentando ficar equilibrado, mas era bastante resistente ao álcool, não era à toa que era o deus do vinho.
? Os outros faunos não irão conosco? ? perguntou Sileno.
? Eles saíram já faz horas, e não teremos muito tempo para esperamos por aqueles fanfarrões. Senador La Rocque é o nosso destino agora.
? Sem eles, sobrara mais bebida para nós. ? disse Sileno com egoísmo. ? Não posso realmente resiste aos efeitos que a bebida proporciona, e a minha vontade é de beber sem parar. A noite estar chegado e teremos um logo caminho para percorrer.
? Então nos transportaremos para lá agora mesmo. ? disse Dionísio, e quando eles se preparavam para se transportar houve um clarão de um raio, no mesmo instante a claridade se desfez. ? O quê diabos foi isso?
Foi quando surgiu Zeus em pessoa, diante deles.
? Dionísio, meu filho, ? disse Zeus, abrindo os braços, mas só que ele não retribuiu o abraço. ? É essa a consideração que tem por seu pai?
? Não propriamente. ? disse Dionísio simplesmente. ? Você tem sido um pai tão ausente. E, além disso, estou com pressa, tenho assuntos urgentes para trata. Aliás, eu e Sileno estamos com bastante pressa.
? Foi essa a educação que deu para o meu filho? ? perguntou Zeus, com um olhar fulminante para Sileno que subitamente parou de soluçar. Sileno não respondeu. ? Eu sei o motivo de sua pressa, é por que estão indos para Senador La Rocque, eu vi tudo la do alto.
? Você ainda não perdeu este habito, de ficar bisbilhotando a vida alheia, meu pai?
? Não, pois eu me preocupo com você. E vocês não podem ir para Senador La Rocque.
? Por que não, estamos indo por causa da diversão que existe lá.
? Senador La Rocque não tem governo é uma cidade cinzenta, cheia de folia e as pessoas de lá agem com mesquinharia, são egoístas só pensado em si, e não consegui satisfazer seus egos superlativos. Você não pode ir para Senador La Rocque. E muitos lá te adularão e te enganarão.
? Mas esses motivos, não farão eu mudar de opinião. Pessoas assim, encontramos em todos os lugares do mundo, meu pai.
? Você não ira para Senador La Rocque. Vou levá-lo para o Olimpo.
? Eu vou desconsiderá-lo mais uma vez, pois eu não irei com você para o Olimpo.
? Eu não estou pedindo, eu estou ordenando. ? disse Zeus com prepotência. ? Vamos agora mesmo para o monte Olimpo.
? Eu não sou um de seus lacaios. Sou Dionísio, deus do vinho e da alegria! ? disse Dionísio, querendo da um fim naquela conversa. ? Se lá é o lugar de folia e diversão, pois é pra lá que eu vou. E não tente me impedir, meu pai.
? Vou fazer isso para o seu bem. ? disse Zeus, tentado segura o braços do rebelde filho.
Mas Dionísio foi muito rápido e segurou no braço de Sileno, que subiram para o céu como um furacão cheio de raios. Deixando para trás seu poderoso pai, Zeus o chefão dos outros deuses, mas ele estava inconformado com a atitude imatura e rebelde de seu filho, mas logo em seguida subiu como um raio para o céu, para o Olimpo. Convocaria uma assembléia com os outros deuses e irmãos como poderia fazer para ajudar Dionísio. E enquanto isso Dionísio junto com Sileno se transportavam velozmente como um raio em direção a Senador La Rocque.
Quando o céu começou a escurecer, eles finalmente avistaram as luzes da cidade, e logo em seguida pousaram como um raio na Praça Camaleão, na estranha e pequena cidade de Senador Lar Rocque. E várias pessoas que por alí circulava pararam para ver o que estavam acontecendo, e viram dois sujeitos ali parados próximos da parada de ônibus. E Sileno pensou que eles o estranhariam, mas não aconteceu isso, pois, sabia que a sua presença assustaria qual um. E no passe da mágica, instantaneamente Dionísio mudou de roupas. Usava as marcas de roupas mais caras que existia. E as pessoas logo retornaram o que estava fazendo. As pessoas circulavam feitos zumbi em volta da Praça do Mercado, assim tiveram a mesma impressão Dionísio e Sileno. E um grupo de boçais ia também circulando por ali, provavelmente dormiriam rodados naquela noite. E do outro lado atrás do Mercado Municipal ouviam-se os últimos hits do momento, tocados em som-automotivo, outra moda do momento. E pela grande quantidade de pessoas que por ali circulava provavelmente o Rei Momo estava por aí e já havia recebido a chave da cidade das mãos do prefeito.
? Que lugar estranho, Sileno a qual chegamos. ? disse Dionísio, olhando para o velho prédio do Mercado Municipal. ? Espero que seja válido temos vindo para aqui.
? Vai, sim. Aqui é Senador La Rocque, ? hic!? eles não se preocupam com outra coisa, a não ser em divertir-se. ? disse Sileno ironicamente. ? E som-automotivo é a onda do momento.
? Som-automotivo o que é isso?
? Eles têm uma espécie de máquina com quatro rodas equipada com potente som, eles dão vários nomes para essas estranhas geringonças. É um verdadeiro inferno para quem não gosta de barulho.
? Sei. E olhando para todas as direções, ainda não vi nenhum bar, para que possamos bebemos. E a onde estão os bares, de que tanto me falou, Sileno?
? Espalhados por toda a cidade. Mas tem uma grande concentração ali atrás daquele prédio, na dita Praça do Mercado.
? Então vamos agora mesmo para lá. ? disse Dionísio, e saiu junto com Sileno da Praça Camaleão. E eles foram caminhando por entre a multidão de pessoas. ? Vamos descobrir que tipo de bebidas eles tem a oferecer.
? Aqui eles têm uma cultura altamente barbista, ? disse Sileno, com entusiasmo que continuou. ? Abrem novos bares a cada dia.
? Pois, é esse o lugar certo. ? disse Dionísio, quando eles chegaram à praça, que estava muito movimenta, e as pessoas bebiam e dançava no ritmo alucinante. Em determinado momentos da música, eles erguiam as garrafas acima de suas cabeças. E depois girava derramando a bebida nos outros as suas voltas ou neles mesmo. E outros dançavam próximos dos carros de som que subia fumaças. ? E vou gosta muito daqui mesmo!
? Vamos procurar o que bebemos. ? falou o fauno bem alto, que saiu dançado em meio à multidão, acompanho por Dionísio.
Quando chegaram ao primeiro bar que surgiu a frente, e entraram.
? O que temos para bebemos? ? perguntou Dionísio ao magro homem atrás do balcão.
? O que vocês quiserem.
? Cerveja, cerveja! ? exclamou Sileno. ? Tragar-nos cerveja bem gelada.
? Agora mesmo. ? disse o homem, retirou a cerveja e pôs sobre o balcão, e em seguida pegou dois copos, e abriu a cerveja e os serviu-os.
E rapidamente eles secaram os copos de uma só golada. E tão logo secaram a garrafa toda. E eles pediram mais outra, que também foi seca no mesmo ritmo. E Dionísio saiu à porta segurando seu copo cheio de cerveja, e olhava o movimento de fora, a música não parava as pessoas circulava em todos os rumos, e na frente dos bares estava tomada de pessoas nas mesas, onde bebia e se exibiam, e mulheres dançavam loucamente aos ritmos da música. E nesse momento Sileno já bebia no gargalo, e quando Dionísio esvaziou seu copo, e voltou para enchê-lo novamente. E sentou na cadeira, e o balcão já estava com umas dez garrafas de cerveja vazias.
? Beba mais Dionísio, hoje e dia de alegria, ? disse Sileno enchendo o copo de Dionísio. ? Fique aí que vou buscar, mais uma boa diversão para nós, hic.
? Olha o que vai apronta. ? disse Dionísio, e o fauno foi saindo dançado para o meio da multidão, e deixou Dionísio sozinho. ? Esse fauno fanfarrão, não para quieto em nenhum lugar.
E Dionísio ficou sentado à mesa, bêbedo, já que não conhecia ninguém, continuaria a beber mesmo sozinho. Foi quando entrou um sujeito que logo tratou de se aproxima de Dionísio já que percebeu que ele poderia ser muito rico, já que reconheceu as caras vestimentas do jovem.
? E aí meu amigo, ? disse o sujeito para Dionísio, fazendo um gesto com as mãos para o barman, e imediatamente o serviu.
? E aí. ? respondeu Dionísio.
Então o sujeito encheu o copo com a cerveja que havia pedido, e bebeu, e depois serviu a cerveja no copo de Dionísio para agradá-lo, e colocou a cerveja sobre sua mesa como não quisesse nada. E encheu novamente seu copo e saiu para a porta, e também Dionísio fez o mesmo, pensava que poderia ser um deus disfarçado enviado por Zeus para vigiá-lo. Mas logo percebeu que não era.
? Sou Moletta, e conheço as pessoas mais ricas da cidade. ? disse ele querendo impressioná-lo, foi quando passou o Rei Momo e cumprimentou Dionísio que o conhecia muito bem aquele gordo fanfarrão, mas o Moletta acenou para ele. ? Aquele é Momo. Ele faz muitas festas em sua mansão e eu sou sempre convidado. ? disse ele metido.
? Eu posso até advinha como seja essas tais festas.
? Não, pode não. ? disse Moletta, prepotente, pois não sabia que conversava com Dionísio, o deus do vinho. ? Mas quando acontecer outra de suas festinha vip, eu lhe convidarei. Esta vendo aquele ali, tudo mundo na cidade saber que sua mulher o trair. Vou pegar mais cerveja para nós.
E então o Moletta saiu e voltou com outra cerveja enchendo o copo de Dionísio. Enquanto isso do outro lado, Sileno dançava próximo do carro de som, e formaram um circulo para vê-lo dançado. E dançava o fauno puxou uma cinco mulheres para dança com ele. E quando a música parou de tocar ele saiu com elas entre as pessoas em direção ao bar onde estava Dionísio.
? Como uma pessoa feia igual aquela pode esta acompanhando de tão belas mulheres. ? disse Moletta, quando viu Sileno vindo para rumo do bar. ? Deve ser, por que é rico.
O Moletta era um beberão e glutão. Não somente era um beberão como também não conseguia manter a sua língua ferina atrás de seus dentes. Era extremamente bajulador gostava de se aproxima de pessoas ricas e influentes da cidade ou de visitantes quando acharia que poderia tirar algum proveito. Ele agia igual a um parasita quando infesta uma vítima, não alegaria até sungar toda sua energia. E muitos na cidade agiam da mesma forma, ficava nas esquinas bebendo e caluniando quem ia passando, eles mal conheciam ou teriam a chance de conhecer. A moral e os bons costumes fora riscados das vidas delas há muito tempo, estava vivendo independentes sem lei e sem castigos.
Quando Sileno chegou ao bar disse:
? Vejam, elas vão passar a noite conosco. ? disse Sileno. ? Meninas esse é Dionísio.
? Muito prazer em conhecê-lo, Dionísio. ? disse as cinco em uníssono.
? O prazer é todo meu, em conhecê-las também. Já podemos nos divertir.
? Vejo que também já fizeste amigo. ? disse Sileno.
? Ah, esse é Moletta. Ele vai ficar bebendo conosco. Moletta esse é Sileno.
? Beberemos e nos divertiremos esta noite. ? disse Moletta em voz alto, e Sileno fez um gesto afirmativo com a cabeça.
? Então o que vocês estão esperando, traga logo as bebidas. ? gritou Sileno.
E foram todos servidos, e Sileno bebia e dançava juntos com as mulheres, e também Dionísio. Até que Moletta tentou retirar uma para dançar, mas ela não quis. E foi quando chegaram os amigos boçais de Moletta, que os convidou para beberem com eles, e logo apresentou Dionísio e Sileno para eles.
? Eles andam em bandos iguais os sátiros.
? Já percebei isso.
? É você estava certo Sileno, aqui é mesmo um bom lugar para diversão.
? Eu não disse. ? confirmou Sileno.
? É e aqui não tem hora para terminar. ? gritou Moletta para todos, que gritaram e urrava de euforia.
E os outros colocaram três mesas enfileirada do bar, do lado de fora e começou a "cai tapa", era um ditado entre eles, como explicaram para os dois, queria dizer que teria muito para beber na quela noite. E na festa estavam todos entregue a bebedeira e a confusão. E envolta das mesas os amigos de Moletta se exibia para os demais que iam passando, e o Moletta queria explorar o máximo seus mais novos amigos. Ele trabalhava o mês todo e quando recebia seu salário no final do mês, gastava todo o dinheiro na farra. E muitos viviam assim. Viviam de aparências. Querendo manter um padrão de vida incompatível com sua realidade, e prosseguiria toda a sua vida em vão. Agia assim para chamarem a atenção.
E muito levaria a vida desse modo, entregue ao festim, a avareza, a calúnia, à difamação, enxergado somente o próprio umbigo, até quando chegasse o dia de suas mortes. Morriam na sua existência vazia. E já aquela altura da noite, o Moletta já estava com a vista pesada, mas lutava para manter o mesmo ritmo e continuar a beber. E Sileno formou um trenzinho com as mulheres segurado em sua cintura, e saíram a dançar em meio à multidão, e de vez em quanto parava e jogava a perna para trás, em sincronia com os outros. Parecendo que havia ensaiado. E Dionísio gargalhava vendo a cena. E os outros já estavam completamente embriagados. E naquela noite de festa Sileno nunca havia dançado tanto. Dionísio bebeu também, mais se manteve equilibrado. E a multidão ainda dançava freneticamente, e a noite ia conforme passando Moletta terminou dormindo na cadeira e alguns de seus amigos havia se espalhado. A música continuava Sileno retorno com elas para a mesa, e retorna a beber.
E as cinco mulheres já estavam exaustas de tanto dança e sentaram-se a mesa. E quando chegou o final da festa eles se despediram das mulheres. E depois Dionísio acertou a conta com o barman, e em seguida subiram para o alto como um foguete, deixando todos perplexos, até o infeliz Moletta acordou com o barulho, que foi superior a música ali tocada que o fez cair sentado no chão. E Dionísio foi levando por seus irmãos para o Olimpo. E lá passaria vários dias para retorna para a terra.

(Erisvan S. Souza, www.webartigosos.com.br)