O Conselho da segurança da ONU, pela primeira vez, apresentou um roteiro para o enviado da ONU, considerando os encontros anteriores, em forma de "mesas redondas" no período do Herst Kohler, como uma plataforma para o próximo enviado pessoa da ONU, capaz de facilitar o procosso em torno do Saara marroquino.

Os Estados Unidos votaram a favor da Resolução 2494 do Conselho de Segurança, dos 13 membros, o conselho antou dois abstenções, Rússia e África do Sul. As posições de alguns membros do Conselho de Segurança sobre a questão  são distintas perante o mandato da "MINURSO", votado por um ano, em vez de seis meses.

Os Estados Unidos saudaram a resolução do Conselho de Segurança e renovaram o apoio à MINURSO, mas ao mesmo tempo chamaram atenção sobre  o fato que a "renovação do mandato por um ano, não significa um retorno à forma do procedimento antigo".

A Grã-Bretanha chamou às partes do conflito para engajar-se no sentido de encontrar uma "solução justa, duradoura e aceitável para as partes, o Marrocos e a Polisário, o mais rápido possível, atenuando o sofrimento do povo detido nos campos de tindouf, no sentido de uma solução definitiva para o dossiê".

Por outro lado, a Rússia chamou para as negociações diretas entre o Marrocos e a Polisario, avisando sobre o fato de antecipar os resultados das negociações ou qualquer mudança nos acordos anteriores.

A França saudou a iniciativa do Marrocos perante o Conselho de Segurança, e pela prorrogação do mandato da MINURSO por um ano, em vez de seis meses, considerando que "essa prorogação deve ser uma forma para a manutenção da paz, e em prol da disposição de todas as partes respeitar o cessar-fogo".

Quanto à posição chinesa, o embaixador chinês no Conselho de Segurança da ONU enfatizou que "a China continuará mantendo uma posição neutra e incentivará as partes no conflito a alcançar uma solução justa e duradoura por meio das negociações".

Em relação a África do Sul, que preside o Conselho de Segurança pelo mês de outubro, sublinhou a sua decepção perante á resolução do Conselho de Segurança da ONU, considerando que a sua abstenção de votar em prol da resolução foi devido a um "desequilíbrio do texto e da falta de uma opinião comum dos Estados membros da União Africana".

Nestes sentido a África do Sul mantém a sua opção de apoiar a separação no Saara marroquino, apoiando um mecanismo formal de monitoramento de direitos humanos no Saara.

Moussaoui Ajlawi, especialista das questões do Saara, considerou a resolução do Conselho de Segurança como "histórica", considerando na forma a existéncia de uso das palavras claras e diretas, que refletem a responsabilidade das outras partes.

No conteúdo foi "pela primeira vez a resolução do Conselho de Segurança da ONU teve exito diretamente em relação a questão do saara marroquino", considerou o expecialista Ajlawi, "Diferentes parágrafos da resolução dirigem diretamente para o Marrocos, a Argélia, a Polisario e a Mauritânia, contrariamente às outras resoluções que delimitam o processo entre o Marrocos e a Polisário, buscando apenas de ajuda de países vizinhos. "

Al-Ajlawi exclareceu num comunicado junto ao Hespress, que a resolução do Conselho de Segurança afirma que "não há solução para a questão do Saara, sem um plano  político baseado sobre o realismo, e prosseguimento de todoas as resoluções, respeitando a autodeterminação do povo e contra qualquer independência que prejudica a integridade territorial de Marrocos".

"Esta decisão não é apenas uma vitória para a justiça mais também para a questão do Saara marroquino, determinando os caminhos futuros para o próximo enviado  do Conselho de Segurança, contribuindo ao trabalho do futuro mediador da ONU", sublinhou o professor do Centro de Estudos da África e Oriente Médio.

Por fim, a questão do saara marroquino levanta muitas interrogações sobre os direitos humanos, administração e censo, a Resolução 2494 , mais uma vez, é considerada como uma vitória, sem precedentes, para o povo sarauí que busca uma saída do conflito, diante da imparcialidade dos que alimentam o conflito artificial, face ao dinamismo da diplomacia marroquina e da posição de todas as partes, sobretudo da frente da Polisario que tentou encobrir a sua derrota.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Rabat - Marrocos