Todas as vezes que se fala a palavra circo, o que vem a sua mente?

 

É claro é que festa, que são os palhaços, mas não deveria ser assim, ou seja, você não poderia sempre pensar em palhaço, mas sim em artista, em profissional do riso, da diversão, do entretenimento.

 

Mas, que relação tem o circo com a vida do vendedor, do Grande Vendedor?

 

Muita, digo eu, porque hoje, ao “falar” pelo Messenger com uma colega, escrevi: os verdadeiros artistas não são os vendedores, mas vocês ai dentro e ela me aplaudiu literalmente.

 

Todos os dias os vendedores armam o circo da vida, colocando no picadeiro da sala de compras, tudo o que sabem fazer. É lógico que somos artistas, mas os verdadeiros são aqueles que, escondidos, mal pagos, sem reconhecimento, nos auxiliam diretamente. Eles se chamam Paulo e Maria, José e Ana; trabalham na limpeza e na cozinha, no depósito e na cobrança. Recebem muito pouco e muito fazem para que, nós, os vendedores, possam cumprir o que, na venda, foi prometido.

 

Em tudo existe uma cadeia, do alimento à venda. São tantos elos que, se um deles se quebrar, o processo fica comprometido e o dono do negócio, não vendo os resultados, começa a chutar os que estão próximos, os quais nada de errado fizeram.

 

Anos atrás trabalhei em um grande magazine que quebrou. Quebrou por diversas razões, mas uma delas foi o de não reconhecer o valor das pessoas, cujo gerente, se apropriava das virtudes e conquistas do grupo e para ter um pequeno percentual de custo (folha de pagamento), pagava abaixo da média. A política era de produzir muito sem pagar muito, quando não, quase nada. Na loja em que desempenhei funções como encarregado de setor e depois chefe de loja, tinha um setor de pessoal, para as lides burocráticas e contratações. Sempre comentávamos nas reuniões do porque a beleza física não era levada em conta, em determinados setores, como o de cosmético e moda atual. Um dia descobrimos que a encarregada deste setor somente contratava quem não fosse mais bonita do que ela; ela queria como o gerente queria ser o artista do circo, enquanto os verdadeiros artistas era o grupo interno, que com a união, buscava as metas e objetivos. Eu mesmo e desculpe a modéstia, retirava a gravata, arregaçava as mangas e ajudava a montar pneus, balanceando as rodas, deixando os clientes satisfeitos. Todos faziam sua parte, menos alguns...

 

Nestas horas sim éramos os palhaços, mas o tempo ensina muitos e àqueles que não percebem o atoleiro em que estão logo o fundo do poço os atinge e ai, nem o brilho perante a diretoria, poderá iluminá-los.

 

Veja ao seu redor os verdadeiros artistas e com certeza, o seu circo terá a maior e melhor platéia que existe para assistir, comprar e perpetuar o seu negócio.

 

Oscar Schild, gerente de vendas.

http://www.grandesvendedores.com.br