Ela sempre estava no portão, ao seu lado um cachorro latia como para defendê-la de estranhos. "Bom dia José ,tem carta para mim?" Não sei como sabia meu nome,nunca fomos apresentados. "Bom dia senhora,hoje não." Por anos tudo se repetiu, sem que houvesse correspondência endereçada a ela, nem por isso deixava de me esperar. Talvez em sua velhice, eu fosse seu único amigo.