“DAQUI  ESTE  CANHÃO  SAUDAVA A  CHEGADA  DE  D. JOÃO  VI 1808 – 1821”  

O “daqui” a que se refere esta placa não significa exatamente “daqui deste lugar”, pois o canhão, juntamente com um outro igual a êle, foi achado nas areias da praia em frente do antigo Largo do Medeiros , hoje Praça Bom Jesus.

O outro sumiu e não se sabe como, pelo que, Pedro Bruno, antes que esse sumisse também, valeu-se dele para construir esse monumento, que colocou na Praia dos Tamoios, onde êle ainda está. 

Alguns contestam os dizeres desta placa e sugerem que esse canhão, ao invés de saudar a chegada de D. João VI à Paquetá, seria uma peça de artilharia que “foi aqui atirada, por obsoleta, por ocasião da Revolta da Armada, em 1893” e dizem também que o tal canhão, por suas características técnicas, é de um tipo posterior à época de D. João VI. 

Ora, a época de D. João VI é de 1808 à 1821 e a da Revolta da Armada é de 1893 e, portanto, para fins de construção de peças de artilharia naval, a época é a mesma e, nos dois períodos, os canhões usados eram do mesmo tipo e a sua característica principal é que eram alimentados “com buchas”, pela boca do canhão ! ... Isso é o que os técnicos dizem. 

Mas um historiador amigo meu e com muita habilidade política, já nos sugeriu a solução para acabar de vez com essa polêmica e que é a seguinte: 

“Eram dois canhões ... O que sumiu foi o da Revolta da Armada e o que ficou é o que era usado para saudar a chegada de D. João VI à Paquetá ... E pronto ! ...”