Neste país não há como ficar indiferente frente a tanta barbaridade! Na semana passada atingimos o ápice de algo estarrecedor e vergonhoso; pasme, caro leitor, toda essa baixaria ocorreu, justamente no local aonde a ‘justiça’ deveria ser feita.

No artigo anterior, abordei a respeito das ‘verdades sobre o Brasil’, onde foi argumentado sobre a não existência harmoniosa entre os três Poderes no Brasil. Mas, pior que essa constatação é escrever: na última instância jurídica do país encontramos um ‘circo armado’, com apresentações diárias com espetáculos pirotécnicos, miraculosamente arquitetados, com anuência dos seus pares, tendo como pano de fundo a trama política para o pleito do próximo ano.

Em que pese os aplausos ou vaias dos espectadores, registro através deste artigo, uma profunda e triste indignação de um cidadão, mesmo tentando acreditar na justiça, caso contrário tudo estaria perdido, todavia, nota-se a tendência de desestimular a crença no velho jargão: ‘a justiça tarda, mas, não falha’!

Quanta ilusão e, como este circo trabalha exaustivamente para acobertar seus ‘padrinhos’ (quem os conduziu até este alto cargo público) e como forma de retribuição este favor, fazem prevalecer o senso da imoralidade, proporcionando aos corruptos de alta periculosidade, com inúmeros processos condenatórios, julgados e sentenciados por várias instâncias, tendo custo alto para os cofres públicos, tornarem-se ‘livre’.

Entretanto, estas dúbias decisões parecem alimentar mais vaias, indignação e até ‘deboche’, uma vez que ganham corpo as manifestações de repúdio por parte da população para com um grupo seleto que deveria ter seus olhos vendados, assim como a estátua que se encontra em frente daquela casa, da divindade grega, Têmis que personifica a justiça, no sentido moral, como os sentimentos de humanidade, verdade e equidade, colocado acima de qualquer paixão humana.

Longe da personificação da deusa Têmis, aqueles togados, infelizmente acabam ganhando as discussões das ruas pelo país afora e, principalmente no vasto campo das mídias sociais são retratados com indignação e à revelia, cada vez mais este circo perde credibilidade.

Somente a crença em Deus, com sua justiça divina, faz-nos acreditar em dias melhores e na justiça do homem para que ela não seja tão excludente e repugnante como a vivida neste país.

Para encerrar, neste dia 21 de abril, feriado de Tiradentes, seu nome era Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira, que a partir de 1965, para homenageá-lo, passamos a ter este feriado.

A História do Brasil precisa ser revista e estudada no sentido amplo, sem as ideologias interesseiras. Ao menos este herói nacional que foi descriminado pelos portugueses, deveria ser desmistificado. Quando professor de Educação Moral e Cívica, ele era tratado como um dos ‘vultos da pátria’ que inspirou a luta pelos ideais de nossa República. Neste momento onde ocorrem profundas transformações em nossa pátria, rememorar nomes como Tiradentes é um estímulo para não desanimar do ideário da liberdade, aliás, algo banalizado e, caso não formos sentinelas, poderemos perder, inclusive a mais importante forma de liberdade: a de expressão!

E, como é oportuno o lema de Tiradentes: “Se todos quisermos, poderemos fazer deste país, uma grande nação. Vamos fazê-la!”   

            Deus abençoe todos!