É lamentável escrever para afirmar que ainda vivemos no país onde poucos têm privilégios. A indignação é maior ao perceber que os “defensores” (como se intitulam), usam de sua influência, em todos os sentidos, para ter regalias e o pior, eles conseguem!

Na verdade convivemos com dois pesos: o voltado para ao simples cidadão, este deve submeter-se à lei, ou seja, como é escrito, e assim se executa! O outro é para quem tem, além de poder, “grana” para custear os trabalhos advocatícios e, até usufruir das benesses dos que ocupam os altos cargos da justiça!

Para o bom entendedor, refiro-me, novamente ao Lula, bem como a paranoia que a imprensa dá para os episódios ligados a este personagem. Na última quinta-feira, 23/03, por exemplo, o Jornal Nacional, da Rede Globo, que durou cerca de 40 minutos, destinou 30 minutos para abordar o resultado do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu o habeas corpus ao Lula, mas os 11 ministros se perderam em longas discussões, sequer avaliaram o mérito do pedido e, essa indecisão beneficiou o condenado mais célebre da Lava Jato. O que estará arquitetando este STF? Será que pretende beneficiar este condenado?

Meus caros, esta é a justiça do Brasil da desigualdade, muitas vezes nos revolta, deixando-nos estarrecidos e desacreditados, pois milhões são presos a cada dia por cometer delitos bem menores, enquanto outros usam e abusam do poder, mas estão em liberdade, sem estar na prisão. O irritante é que estes salafrários ainda querem se passar por ‘grandes vítimas’!

Esta decisão do STF trouxe muitas críticas, como da procuradora de São Paulo, que faz parte da força-tarefa da Lava Jato desse estado, Thaméa Danelon escreveu nas redes sociais, afirmando: "O Brasil tomou um forte e dolorido golpe do guardião da Constituição (o STF); em quatro anos de Lava Jato tivemos excelentes avanços, mas na Sessão do STF, do dia 22/3/18, ocorreu um grande retrocesso". Para esta procuradora o STF tem sido extremamente favorável aos criminosos e poderosos, ela ainda disse: "Para o STF, basta ser rico ou poderoso para ter um tratamento favorável”.

Esta posição da procuradora de São Paulo reafirma o quando o Brasil tem desigualdade, especialmente perante a justiça, basta ser uma pessoa influente e com poder, para ter a possibilidade de driblar o próprio contexto jurídico e, para os simples mortais, fica a força da lei e do cumpra-se!

Muito triste e desmotivador é perceber essas ‘manobras’ que acontecem, mas tudo tem explicações, uma delas é procurar saber quem fez a nomeação destes que hoje se encontram neste STF!

Enquanto convivemos com a indignação, vamos aguardar o próximo dia 04 de abril, quando o STF se reúne para discutir novamente este caso e tiraremos as nossas conclusões! Infelizmente sabemos o que irá acontecer! Mas o milagre, sempre é possível, principalmente enquanto parte da população tiver consciência do tamanho da desigualdade deste país! Entre tantos males, pelo menos, temos a liberdade de expressão!