Buscamos nos anos passados as respostas, que não obtivemos em relação aos desacertos da vida econômica e política do Brasil. Alardeou-se que o nosso crescimento seria maior que o experimentado em anos anteriores. Não ocorreu. Cresceu menos. O índice de melhoria de vida seria mais expressivo que em anos anteriores. Não aconteceu. E o emprego? Continua na mesma. O que sustentou a economia brasileira foram as exportações, apesar do Real estar super valorizado. Mas o mundo tem fome. Precisa comer. E nós produzimos carne de frangos, de bois, de suínos. Produzimos grãos de soja, milho, trigo, sorgo. E os países importam para sanar a fome dos seus cidadãos e cidadãs. A indústria cresceu? Só se foi em expectativas. Mas nunca se vendeu tantos veículos como agora! Com as facilidades ilusionistas que levam a acreditar que financiar um veículo em 60 ou 72 meses é um excelente negócio, até sopa de pedra é um excelente produto a ser configurado como tal. O Brasil cresceu no qual sentido? Social? Ambiental? Moral? Educacional? Político? Financeiro? Jurídico? De fato cresceu. Mas nos níveis de corrupção. De desvio de verbas públicas. De superfaturamento de obras. De cobranças de taxas pela criação de dificuldades e venda de facilidades. Da não condenação e prisão dos envolvidos e demitidos dos ministérios. Da não perda dos direitos civis. Cresceu sim. Na imoralidade administrativa das estatais. Cresceu na forma de desmerecer quem denuncia com provas concretas e reais, que o judiciário tem que ser colocado no patíbulo da sua própria justiça, pois serve a dois senhores ao mesmo tempo. Ao tempo que condena aquele que rouba um pote de margarina, inocenta aquele que lhe paga por uma sentença favorável. Cresceu sim. No enriquecimento desproporcional dos togados. Que em uma ação corporativa não permitiram que o CNJ continuasse suas ações investigativas. Cresceu sim. Quando um ministro que estava sendo investigado, votou contra as ações do CNJ. E a Reforma Agrária? Cresceu? Só se foi qual rabo de cavalo. Cresce para baixo. O número de assentamentos pode ter aumentado. Mas as vendas dos lotes destinados aos assentados. Também cresceu. Pergunta-se qual é o custo para o Brasil deste tipo de Reforma Agrária, que cresce em forma de espiral aberta em termos de custo / benefício? Não se tem mais que uma centena de assentamentos auto-sustentáveis. Todos em sua maioria são dependentes da Bolsa Família. Ficaria mais barato e honesto se a Reforma Agrária passasse a ser aplicado a nível municipal. Ou seja, terras para a Reforma Agrária para aqueles trabalhadores rurais, repito trabalhadores rurais, que vivem há mais de 10 anos no município e apresentam vocação para as lides rurais. A Reforma Agrária a nível municipal traria uma nova expectativa de melhoria de vida não só para os assentados, mas para todos os munícipes. E a Previdência Social? Cresceu o rombo. Cresceram as maracutaias e os desvios de verbas. Diminuiu a assistência aos pensionistas e segurados. Aumentaram os salários dos servidores e as suas greves. E as nossas rodovias? Cresceram os buracos. Os defeitos nas pontes. Cresceram os lucros das empreiteiras dos amigos dos donos do ministério dos transportes de do Denit. Cresceram as denuncias de roubo e favorecimentos do ministro demitido e de seus colaboradores. Diminuíram as pressões para que o dinheiro desviado fosse devolvido aos cofres públicos. Demitir é necessário. Condenar e mandar para a cadeia é urgente. Devolver o dinheiro desviado é mais do que necessário e urgente. É caso de JUSTIÇA. Inclusive no Judiciário. Mas sabe quando os ministros demitidos e seus comparsas irão devolver o dinheiro desviado, que causou as suas demissões? Nunca. Cresceu o número de candidatos a OAB. Cresceu em número de reprovados. Um pais como o Brasil, possui mais cursos de Direito que a própria Europa. Cresceu de forma assustadora o número de dias trabalhados para engordar a conta impostos arrecadados, em especial para a classe trabalhadora assalariada. Trabalham 194 dias só para pagar impostos. Cresceu a ganância do governo federal em arrecadar cada vez mais, em relação aos impostos dos gêneros alimentícios. Existem casos de tributações serem cobradas em até cinco vezes. O Brasil apresenta um paradigma inusitado. É um dos maiores produtores de gêneros alimentícios do mundo e a maioria dos brasileiros e brasileiras, não conseguem adequar os seus salários com os preços praticados, em relação a sua cesta básica. O preço da carne bovina atinge algo como R$ 18,00 o quilo de um corte de segunda. Um quilo de carne de primeira R$ 28,00. A arroba do boi está sendo negociada a R$ 103,80. Se fizermos uma conta de padeiro multiplicando R$ 28,00 por 15 quilos (uma arroba pesa 15 quilos) teremos um resultado de R$ 420,00 bruto. Este é o preço que pagamos. A indústria frigorífica tem seus custos e deve lucrar, pois é uma prestadora de serviços. Mas mesmo assim tem uma taxa escorchante de impostos a serem pagos. Resultado. O preço da carne bovina em termos de Brasil não está muito distante dos preços pagos em países importadores. Infelizmente o Imposto Único proposto pelo Prof.Marcos Cintra contraria os poderosos, que lucram com o caos tributário atual. O Brasil necessita de reformas estruturais. Poderíamos iniciar pela implantação do Voto Distrital Puro. E então todos nós pobres eleitores, iremos nos lembrar em quem votamos e poderemos cobrar de forma direta tudo aquilo que o candidato eleito prometeu, assim como o seu desempenho nas casas legislativas. Cresce o temor de que os integrantes do mensalão sejam absolvidos, Cresce o temor do aparelhamento do Estado pelo partidão da bandeira vermelha com sua estrela desbotada. Infelizmente o povo brasileiro acredita no que lhe prometem os candidatos, quando em seus discursos inflamados e demagógicos, prometem que o sertão vai virar mar...