O BEM BOM ERA NOMORAR NO FUSCA
Publicado em 24 de setembro de 2011 por manoel antunes ferandes
O BEM BOM ERA NAMORAR NO FUSCA
O antigo Fusca fabricado na Alemanha foi um sucesso, tendo uma boa repercussão pelo mundo inteiro. No Brasil, ele passou a ser fabricado nos anos sessenta e se tornou o carro mais popular da época.
É verdade, naquele tempo, víamos muitos fuscas nas ruas na maioria das cidades brasileiras. Trafegavam eles aqui, ali e acolá, com suas mais variadas cores exuberantes. Esse carro era o "Supra Sumo" do gosto brasileiro.
Os seus proprietários tinham orgulho de terem um Fusca na garagem das suas casas. Isso porque, sua mecânica era fácil e os carros suportavam longos percursos.
Muitas histórias engraçadas são contadas até hoje, pelos donos dos Fuscas daquela época, em suas respectivas andanças.
São histórias que os jovens, muitas vezes, não sabem e nem conseguem compreender qual é o motivo de seus pais terem tanta paixão por esse carro e muitos fazem de tudo para não se desfazerem dele.
Esse foi um fardo carregado por um jovem durante algum tempo. Ele ficava encolerizado todos os dias, quando dirigia o Fusca antigo do pai, em vereda a sua universidade. Dizia ele ao pai quando voltava dos estudos. Venda esse carro, ele está bastante velho. Esta reclamação do filho estava ficando insuportável e zumbia todos os dias, para seu pai tomar uma atitude sensata, com relação ao Fusca.
Até um dia, seus pais acabrunhados o chamaram e definidamente resolveram contar o motivo pelo qual não queriam vender o Fusca.
Então, disse o pai ao filho, esse carro velho tem um valor sentimental, muito especial para sua mãe e para mim. Pois, quando éramos jovens eu e sua mãe namorávamos dentro do Fusca e num desses encontros amorosos, descobrimos exatamente o dia e o local que você foi concebido.
O jovem estampou um sorriso meigo e nunca mais reclamou de dirigir o velho Fusca. De fato, têm pessoas apegadas a coisas materiais, por mais que não saibamos quais são os seus motivos. Quase sempre, são reminiscências inesquecíveis e remotas, com valores incalculáveis, trazidos do mais íntimo da alma, coisas talvez, sem valores para mim, para você. Mas para quem vivenciou tais momentos, torna-se um encanto embalsamado, do qual se tenta conservar a presença desse elo material, servindo de pano de fundo, para preencher e embriagar, aquele antigo e mais terno sentimento.
ManoeL Antunes da Silva Fernandes
Rg: 1087087 CEP: 66085-650
Trav. Timbó 1149 fone 32332855
O antigo Fusca fabricado na Alemanha foi um sucesso, tendo uma boa repercussão pelo mundo inteiro. No Brasil, ele passou a ser fabricado nos anos sessenta e se tornou o carro mais popular da época.
É verdade, naquele tempo, víamos muitos fuscas nas ruas na maioria das cidades brasileiras. Trafegavam eles aqui, ali e acolá, com suas mais variadas cores exuberantes. Esse carro era o "Supra Sumo" do gosto brasileiro.
Os seus proprietários tinham orgulho de terem um Fusca na garagem das suas casas. Isso porque, sua mecânica era fácil e os carros suportavam longos percursos.
Muitas histórias engraçadas são contadas até hoje, pelos donos dos Fuscas daquela época, em suas respectivas andanças.
São histórias que os jovens, muitas vezes, não sabem e nem conseguem compreender qual é o motivo de seus pais terem tanta paixão por esse carro e muitos fazem de tudo para não se desfazerem dele.
Esse foi um fardo carregado por um jovem durante algum tempo. Ele ficava encolerizado todos os dias, quando dirigia o Fusca antigo do pai, em vereda a sua universidade. Dizia ele ao pai quando voltava dos estudos. Venda esse carro, ele está bastante velho. Esta reclamação do filho estava ficando insuportável e zumbia todos os dias, para seu pai tomar uma atitude sensata, com relação ao Fusca.
Até um dia, seus pais acabrunhados o chamaram e definidamente resolveram contar o motivo pelo qual não queriam vender o Fusca.
Então, disse o pai ao filho, esse carro velho tem um valor sentimental, muito especial para sua mãe e para mim. Pois, quando éramos jovens eu e sua mãe namorávamos dentro do Fusca e num desses encontros amorosos, descobrimos exatamente o dia e o local que você foi concebido.
O jovem estampou um sorriso meigo e nunca mais reclamou de dirigir o velho Fusca. De fato, têm pessoas apegadas a coisas materiais, por mais que não saibamos quais são os seus motivos. Quase sempre, são reminiscências inesquecíveis e remotas, com valores incalculáveis, trazidos do mais íntimo da alma, coisas talvez, sem valores para mim, para você. Mas para quem vivenciou tais momentos, torna-se um encanto embalsamado, do qual se tenta conservar a presença desse elo material, servindo de pano de fundo, para preencher e embriagar, aquele antigo e mais terno sentimento.
ManoeL Antunes da Silva Fernandes
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