O BECCO DO COTOVELO
Publicado em 20 de dezembro de 2017 por Jose Wilamy Carneiro Vasconcelos
O BECCO DO COTOVELO
¹ José Wilamy Carneiro Vasconcelos
Ah! Quem me dera sonhar
Na aurora desnuda de minha eterna insônia
Vagar pela vereda sofrida
Desfrutando o coração de uma pequena virgem
Sua curvatura,
A Pele,
Os aromas de jasmim,
O BECCO E SUAS HISTÓRIAS!
Das idas e vindas dos escravos
Na labuta do seu dia-a-dia,
Os terços a desbulhar das beatas,
Nos domingos de missa matinal
As anedotas nos bancos compridos em pleno meio dia
Dos sons das tesouras na poltrona do SALÃO!
A alegria de um apostador,
No acerto da LOTERIA.
Na latinha vazia do mendigo,
Com a esperança da AÇÃO de um bom samaritano!
Do aroma atraído pelo cafezinho das QUINZE HORAS,
O sabor de “UMA GELADA” para uma pausa na correria,
O BECCO E SUAS HISTÓRIAS!
A espera do vendedor ambulante pelo seu primeiro cliente,
Dos pombos interagindo com transeuntes pelas migalhas conquistadas,
BECCO DA MAGIA. BECCO DO COTOVELO.
J. Wilamy Carneiro
19.12.2017
____________________________
¹ José Wilamy Carneiro Vasconcelos é professor, cronista, pesquisador, memorialista poeta e cordelista.