Autor: Priscilla Maria Ferreira Cabral

Priscilla Maria Ferreira Cabral é natural de Manaus - Am, Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Univertário do Norte ''UNINORTE'' . Empresária e atuando na Região Norte do Brasil a mais de 8 anos com consultoria, suporte técnico, supervisão e execução de obras na construção civil.

O arquiteto no canteiro de obras

1 INTRODUÇÃO

O trabalho começa às 7h00 e muitas vezes sem horário para o retorno para casa. Mas nem sempre um arquiteto fica direto em somente uma obra. Às vezes, o profissional chega a ficar na obra até mais tarde e, no dia seguinte é preciso até mais disposição. Para ser um bom arquiteto, a forma de se relacionar com os trabalhadores, sempre trabalhando em parceria e com muito respeito, é o segredo, mas sempre lembrando que a imposição também não pode faltar.

2 DESENVOLVIMENTO


O Arquiteto é um profissional que executa algumas funções no segmento da construção civil. Dentre elas se destacam as seguintes:
⦁ Estudo e planejamento de projetos;
⦁ Projeto arquitetônico;
⦁ Projeto executivo;
⦁ Execução de desenho técnico;
⦁ Elaboração de orçamento;
⦁ Padronização;
⦁ Mensuração;
⦁ Controle de qualidade;
⦁ Execução de obra;
⦁ e serviços técnicos;

O trabalho da arquitetura na construção civil se inicia a partir do momento em que se escolhe o terreno para a construção, ou seja, a implantação de seu projeto; com parecer sobre localização, legislações idílicas e urbanas, aspectos ambientais e topográficos.

Este profissional em uma execução de obra de pequeno e médio porte atua gerenciando toda a mão de obra sendo portanto um administrador. Em tempos atrás existiam muitos mestres de obras como responsáveis técnicos de uma obra mesmo sem nenhum tipo de instrução técnica para leituras de planta baixa, mensuração de calculo estrutural, etc. Tudo isso acontecia pelo simples fato do convívio diário com Engenheiros e arquitetos durante a sua experiência de vida, hoje, há cursos profissionalizantes que formam líderes com conhecimento em construção civil. A profissão é confundida com outras da área como: empreiteiro ou pedreiro.

O arquiteto tem uma rotina muito fixa no dia-a-dia nas obras: auxilia em alguns pontos técnicos de sua competência para o encarregado de obras e/ou operários de uma obra. Quando termina de indicar aos trabalhadores os serviços do dia, sempre existe uma outra atividade podendo ser reuniões com fornecedores para a escolha do material de acabamento mais indicado para um cliente específico.

"A obra não tem rotina". Um dos maiores desafios de um arquiteto ao final de uma obra é conseguir tocar os serviços seguindo as metas semanais, e com muito jogo de cintura para lidar com os problemas e atrasos que surgem durante a execução do serviço. Muitas das vezes atrasos esses que são relacionado ao fator de força maior da natureza (Clima / Tempo), o que resta apenas é tentar mensurar estes atrasos no planejamento de execução durante a elaboração do projeto.

Quase sempre, o arquiteto trabalha em mais de um canteiro por dia. Há uma época, por exemplo, se toma conta de três obras ao mesmo tempo e a maioria dos arquitetos trabalham sempre em mais de uma. Sempre se está naquele que mais está precisando do profissional. Além disso, participa de reuniões semanais podendo ser com fornecedores, construtora ou clientes, média de 8 horas de bate-papo semanal para discutir o plano semanal de execução da obra. Tem interface direta também o apontador ou almoxarife de obras, já que é responsável por saber o que falta de material, o que foi entregue pelos fornecedores e o que saiu da obra e fazer os pedidos, sempre com a ajuda dos encarregados de obras para o que precisa ser comprado.

Em uma obra de grande porte, tem-se a necessidade de ao menos de dois em dois meses, aproximadamente, as obras passaem por uma auditoria externa de auditores fiscais. Nesses dias, o trabalho operacional costuma ser mais lento e o administrativo mais agitado. Ao final de cada dia de auditoria, sempre há novos serviços, novas orientações e ajustes a serem feitos.

Quando a obra está em fase final, ou seja, na fase de acabamento, é tudo mais milindroso. Todo esse procedimento de detalhes é para que nada acabe passando desapercebidos na execução da estrutura e fechamento, os acabamentos costumam apresentar defeito de alinhamento, as placas de drywall em alguns casos ficam mal-encaixadas. Até a posição das iluminações externas, que foram desenhadas em projeto, precisa ser mudada em última hora tendo que abrir e fechar novamente alguns pontos no forro de gesso ou drywall. As situações são diversas e quando o serviço não pode ser reexecutado, precisa ser discutido a melhor forma entre o arquiteto, mestre de obras e o engenheiro que avaliam a melhor decisão a ser tomada.

Priscilla Cabral
CAU-1028154
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