Estamos na eminência de um novo tempo, o mundo como conhecíamos há 5, 6 meses atrás não existe mais, o cenário anterior a da pandemia só será lembrado e narrado nos livros de História.

O mundo tem hoje, outra, configuração, onde não há mais espaço para uma economia política neoliberal, para uma teologia da prosperidade e muito menos para um evangelho empreendedor/empresarial, a urgência que se apresenta e a contrária a que se perpetuava entre nós.

Enquanto a palavras empatia e um novo Brasil era usada como uma oração pelos que aprovam uma política necroeconômica do atual chefe de Estado e sua milícia, neste tempo de emergência sanitária, o povo necessita de ver conceito ser torna realidade real verdadeira.

 É hora do gigante adormecido desperta do sono letárgico e começa e reivindicar por políticas sociais que possa vir de encontro e alcance as necessidades do povo, do pobre, dos moradores de rua, dos usuários de drogas, dos sem terra, dos favelados, dos índios, das prostitutas e da comunidade LGBT, enfim do povo que foi escancaradamente rechaçado e rebaixado ao terceiro plano dentro da plataforma de governo fascista, que ganhou as eleições; só que essas minorias, fazem parte da população que compõe a nação.  

É o tempo da Igreja Brasileira começa a responder perguntas de seu tempo, e passar a dialogar e tomar nota das pautas que envolvem o século XXI mais especificamente e, sobretudo, o ano vigente.

É hora de responsabilidade social, de ajuda humanitária, de compaixão, de auxílio ao próximo, de ser misericordioso de amar, um amor altruísta e sem rótulos. É o tempo de seguirmos verdadeiramente os passos de Cristo. Acerca da evidência do amor de Cristo o Pastor Rick Warren escreve: “[...] Jesus, a pessoa mais santa que já viveu, andou entre nós – em meio de a todos os nossos problemas. Consolou o pobre, andou junto aos rejeitados, tocou em leprosos, associou-se a pessoas com todo tipo de entraves e de maus hábitos. Os religiosos o chamaram de “amigo dos pecadores”, uma expressão pejorativa, mas Jesus considerava seu comportamento uma evidência de amor”. (2008, p.10)

 E por conta deste amor que a humanidade e a humanidade, e por causa deste amor que eu e você podemos vislumbra uma vida post mortem, é por este amor que tudo deu e nada pediu é que somos santificados, regenerados e reconectados com nosso criador, e é por este amor que a Igreja existe e é o mesmo amor que Igreja precisa evidenciar viver e anunciar a todos, seja em Judeia, Samaria e até os confins da terra (At. 1. 8).

O apóstolo João que ficou conhecido como o discípulo amado nos adverte: “Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e vendo o seu irmão necessitando, lhe cercar as sua entranhas, como reside nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavras, nem de língua, mas em obras e em verdade”. (1Jo. 3. 16-18).  A hora é e já chegou onde o amor precisa deixar de ser apenas um discurso textual e linguístico e ser tornar prático/prática em verdade e em vida.

 E tempo de vivermos o verdadeiro sacerdócio universal, e com isto passar a ser sal fora do saleiro, luz fora do luzeiro, sermos igreja em sua etimologia; fomos chamados para fora a fim de anunciarmos a verdade das boas novas de Cristo. É hora de tornarmos possível o impossível, de produzirmos uma revolução do amor.

O pastor Carlito Paes escrevendo acerca da relação da Igreja com a justiça social nos adverte: “A Igreja local precisa usar a estrutura que lhe garanta eficiência, identidade e habilidade, de forma natural; estruturas ultrapassadas e muitas vezes importadas não permitem a uma igreja ser efetiva. O que cada uma delas precisa é viver a prática dos princípios bíblicos da Palavra de Deus, por meio do Grande Mandamento e da Grande Comissão de Jesus”. (2009. P.159)

A eficiência, a identidade da igreja que prevalecerá como igreja onde Jesus é a cabeça é o amor, que será imanado dela nestes tempos de incertezas. Só com o amor e a denúncia profética consciente Biblicamente, humanitária, e embasada na justiça social e nos direitos humanos, a esta política necroeconômica que vem do executivo do nosso país, é que a Igreja verdadeiramente prevalecerá triunfante. E viva no amor de Jesus.

 

 

Bibliografia

Warren, Rick. Juntos somos melhores: por que estamos aqui? / tradução: Sônia pezzato) 2º ed. São Paulo, editora Vida. 2008.

Paes, carlito m. Igrejas que prevalecem / Carlito m Paes – 2º Ed. rev. e atual. Prefácio de Ary Velloso – São Paulo: editora Vida, 2009.

Bíblia Sagrada.  Almeida Corrigido Fiel