Com os olhos acanhados me levando disposto a luz criar
sob forte sono o brilho da lua transparece a janela.
Olho para uma velha foto que encontrei sob o colchão,
lembro-me do tempo que as nuvens pareciam ser de algodão.

O mundo era quadrado e o Sol uma bola de fogo ao lado,
de tudo sempre ansiava em saber o verdadeiro significado.
As estrelas eram pequenos vagalumes azuis a bailarem no céu,
brincava por toda a tarde e me divertia entre as linhas do papel.

O mundo demonstrava-se ser menos desagregado e brutal,
o brilho do amanhecer selava o início de mais um dia surreal.
Ao cair da luz sonhava que podia no firmamento planar,
recreava em histeria a todo o momento e a qualquer lugar.

No dia seguinte ao real eu voltei,
as coisas não são, como sempre pensei!