Brígida Vergilio Nascimento Andrade

Laura Maria Pacheco da Costa Dumer

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INTRODUÇÃO

A educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de  Educação Tecnoólogica. Os indivíduos-alvo podem ser crianças, estudantes universitários, ou adultos dentro do público em geral. A educação sofre mudanças, das mais simples às mais radicais, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica, e se ajusta a forma considerada padrão na sociedade.

A Educação engloba os processos de ensinar e aprender, portanto a progressiva difusão da tecnologia nas sociedades é um fenômeno mundial provocando profundas mudanças em todas as dimensões. Essa evolução deve-se ao grande e contínuo avanço tecnológico.

Desta forma, a sociedade vive um período de grandes transformações que têm impactado e modificado, de forma definitiva, as organizações em todo o mundo. Essas transformações têm levado as organizações a privilegiarem a capacidade das pessoas na busca contínua de novos conhecimentos.

As novas tecnologias digitais são a aplicação de um conhecimento científico ou técnico, de um “saber como fazer”, de métodos e materiais para a solução de uma dada dificuldade, incluindo desde as mídias mais tradicionais, como os livros, o fax, o telefone, os jornais, o correio, as revistas, o rádio, os vídeos, até as mídias modernas como a informática e a Internet.

NOVAS TECNOLOGIAS 

As novas tecnologias de informação e de comunicação, usadas na comunicação social, estão cada vez mais interativas, pois permitem a troca de dados dos seus usuários com recursos que lhes permitem alternativas e aberturas das mais diferentes, os programas de multimídia, como o vídeo interativo, a Internet e o Teleconferência. São essas novas tecnologia que permitem a preparação e manipulação contígua de teores específicos por parte do professor/aluno (emissor) e do aluno/professor (receptor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades, as suas histórias de vida e a tradições em que vivem; permitindo um entendimento mais eficaz, alternando os papéis de emissor e receptor, como co-protagonistas e contribuintes da ação cognitiva.

 Nos dias de hoje, os diferentes usos dessas mídias (tecnologias) se confundem e passam a ser característicos das Tecnologias de Informação e de Comunicação, que mudam os padrões de trabalho, do lazer, da educação, do tempo, da saúde e da indústria e criam, assim, uma nova sociedade, novas atmosferas de trabalho, novos ambientes de aprendizagem. Criando-se um novo tipo de aluno que necessita de um novo tipo de professor. Um professor ligado e compromissado com o que esta acontecendo ao seu redor.

A educação, atualmente, é tema central dentro do novo paradigma produtivo internacional, caracterizado pela presença das novas tecnologias, informatização crescente e uma demanda cada vez maior por qualidade. Crescem as exigências para o processo produtivo e de uma formação mais complexa, visto que o aumento de produtividade está associado a uma reorganização da produção apoiada em princípios como flexibilidade, qualidade e rapidez.

Nos países em desenvolvimento, a introdução de novas tecnologias na educação constitui uma realidade. No Brasil, por exemplo, observa-se, sobretudo nas instituições de ensino superior, que as tecnologias vêm progressivamente sendo introduzidas.

 O processo de introdução das novas tecnologias nas de ensino superior, quer nos países estrangeiros quer no Brasil, não é definitivamente um movimento lento. Em que pesem as estatísticas e as iniciativas governamentais, e ainda que considerada por muitos, como um fato irreversível, a introdução das novas tecnologias não deixa de provocar polêmicas.

Na educação brasileira, sobretudo ao atingir o ensino superior, as tecnologias são hoje uma das questões mais discutidas entre os educadores. Pesquisas, relatos e debates especializados, como os que vêm ocorrendo em diversos países demonstram que esta nova questão educacional não parece fugir às tradicionais trajetórias de resistências por que passam sempre as inovações.

A democratização do saber por meio da informação propõe alternativas que busquem produzir, socializar e facilitar o acesso ao conhecimento, ultrapassando a metodologia de trabalho fundamental da reprodução para a produção de conhecimento. Por isso, torna-se necessário buscar um referencial teórico que discuta a questão prática e a teoria na educação. Dessa forma, a sua inserção no ensino é um processo irreversível e a revolução tecnológica em curso, está se dando sem que os educadores possam detê-la.

 Tecnologias colaborativas são as que consentem à otimização do trabalho em equipe. Explicitando, as novas tecnologias de informação e de comunicação podem ser utilizadas para se alcançar objetivos individuais isoladamente.

Assim, quando um professor pesquisa certo assunto, em bases de dados da Internet e, ao descobrir documentos importantes, guarda-os para seu uso particular em sua biblioteca virtual individual (CD-Rom, disquetes ou no disco rígido do seu computador), os seus objetivos individuais não estão sendo admirados. Se, por outro lado, comunica a existência desses textos a outros professores que estão trabalhando com ele (de forma interdisciplinar) em um projeto comum, propondo uma discussão conjunta através dos serviços da própria Internet (e-mail, teleconferência), essa tecnologia se reveste de uma característica que otimiza a colaboração, daí ser então denominada de tecnologia colaborativa.

De acordo com a Unesco a educação também é exercida para além do ambiente formal das escolas e adentra em outras perspectivas caracterizadas como: educação não formal e educação informal sendo compreendido por educação não formal todo processo de ensino e aprendizagem ocorrido a partir de uma intencionalidade educativa mas sem a obtenção de graus ou títulos, sendo comum em organizações sociais com vistas a participação democrática.

 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

As tecnologias aplicadas à educação constitui um novo paradigma educacional que engloba a descoberta, a criação, a consciência e indica que as instituições de ensino de modo geral constitui um ambiente criado para a aprendizagem rica em recursos, possibilitando ao aluno a construção do seu conhecimento, segundo o seu estilo individual de aprendizagem.

As novas tecnologias, junto com uma boa proposta pedagógica são de grande importância para a aprendizagem, a partir do momento em que sejam vistas pelos profissionais da educação, como ferramentas, mídias educacionais, podendo ser facilitadoras da aprendizagem, tornando-se mediadoras, por facilitarem ao aluno construir seu próprio conhecimento, no qual o aluno passa ter papel ativo, buscando resolver suas necessidades.

Não há porque negar, entretanto, que hoje em dia, quando a expressão “Tecnologia na Educação” é empregada, dificilmente se pensa em giz e quadro-negro ou mesmo em livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como currículos e programas. Faz sentido lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e, consequentemente, aulas, livros e revistas, para não mencionar currículos e programas, são tecnologia, e que, portanto, os educadores vêm usando tecnologia na educação há muito tempo. É apenas a sua familiaridade com essas tecnologias que as torna transparentes e invisíveis a eles.

“Tecnologia na Educação” é uma expressão preferível à “Tecnologia Educacional”, pois esta sugere que há algo intrinsecamente educacional nas tecnologias envolvidas. A expressão “tecnologia na educação” deixa aberta a possibilidade de que tecnologias que tenham sido inventadas para finalidades totalmente alheias à educação, como é o caso do computador, possam, eventualmente, ficar tão ligadas a ela que se torna difícil imaginar como a educação era possível sem elas.

Portanto hoje a educação é quase inconcebível sem essas tecnologias. Tomadas em seu sentido mais geral, pedagogia e tecnologia sempre foram elementos fundamentais e inseparáveis da educação. Assim, tecnologia é uma forma de conhecimento. “Coisas” tecnológicas não fazem sentido sem o “saber-como usá-las, consertá-las, fazê-las".

A tecnologia é um conjunto de discursos, práticas, valores e efeitos sociais ligados a uma técnica particular num campo particular". Assim, qualquer que seja a definição que se utilize (e existem muitas), um elemento essencial deve estar presente nesta análise das relações entre tecnologia e educação: a convicção de que o uso de uma “tecnologia” (no sentido de um artefato técnico), em situação de ensino e aprendizagem, deve estar acompanhado de uma reflexão sobre a “tecnologia” (no sentido do conhecimento embutido no artefato e em seu contexto de produção e utilização).

 A educação é e sempre foi um processo complexo que utiliza a mediação de algum tipo de meio de comunicação como complemento ou apoio à ação do professor em sua interação pessoal e direta com os alunos. A sala de aula pode ser considerada uma “tecnologia” da mesma forma que o quadro negro, o giz, o livro e outros materiais, são ferramentas “tecnológicas” pedagógicas que realizam a mediação entre o conhecimento e o aluno.

 

BIBLIOGRAFIA

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