Tudo demais enjoa e quando não causa enjôo, faz mal a saúde. Buscamos compensar nossas frustrações com a pratica exagerada da formula de prazer que identificamos  como aquela que saciará a nossa sede. As mais graves tornam-se vícios e entre estas estão aquelas que prejudicam aos praticantes e fazem  vítimas diretas, aqueles que cruzam seus caminhos. 

Existem outras práticas consideradas inofensivas cujas  conseqüências são subliminares e que também fazem vítimas,  sendo as vítimas consideradas as responsáveis pelo próprio sofrimento.   

Ainda existe uma terceira categoria, a pratica exacerbada como  a que encontramos em seguidores fanáticos de religiões,de correntes políticas  e de times de futebol, que discrimina, escraviza e se supera na idolatria de seus líderes.

O fato é que  vivemos num mundo em que se pensamos que sabemos de onde viemos, não sabemos para onde vamos e a busca incessante por bem estar, por gozar de paz, saúde, harmonia e felicidade é vencida pelos desequilíbrios vivenciados no dia-a-dia empurrando-nos ao encontro de prazeres imediatos que acabam por proporcionarem novas frustrações.

Neste impasse ficamos suscetíveis e submetidos a tudo que nos chega aos ouvidos pelos vários mecanismos  de informação e comunicação, seja bom ou ruim, falso ou verdadeiro, alegre ou triste.  Não desgrudamos dos equipamentos, ciosos de novidades que nos coloquem em contato com o mundo e reproduzimos frases, ações e  interpretações  que não sobreviveriam a uma análise mais profunda e damos seqüência a outras cujo conteúdo é até relevante, mas por ser repetitivo torna-se desimportante.

O medo e a insegurança predominam, mas a fé e a esperança permanecem como marcos e neste contexto vemos que há um movimento ainda incipiente para tomarmos o rumo certo. Não há porque não acreditar que estamos próximos a viver uma nova era.