NOTA AO LEITOR
Por Jeane Katia dos Santos Silva | 11/07/2025 | BíbliaCaros leitores, a nota abaixo é extraída do livro Teológico de minha autoria “O Filho de Deus analisado à luz das Sagradas Escrituras”, o qual pretendo publicar ainda este ano. A revisão que está sendo feita nele, visa deixá-lo, ainda mais robusto - mais claro, mais preciso, mais profundo e capaz de surpreender até quem já fez a leitura prévia.
Nota Ao Leitor
Meu livro não defende, tampouco flerta com as teses sustentadas por Ário, presbítero de Alexandria no terceiro século da Igreja — antes, afirma que ele incorreu em grave erro doutrinário ao negar a plena Divindade de Jesus.
Na tentativa de preservar o monoteísmo, Ário desconsiderou o testemunho inequívoco das Escrituras: o Filho é Deus que se fez carne e habitou entre nós, embora tenha sido gerado pelo Pai — num contexto que precede tudo o que veio à existência e é temporal. Gerado, e não criado.
Porém, isso suscita a seguinte indagação: “Em que termos se dá a eternidade do Filho de Deus?” Tal questão é um dos aspectos cruciais que este livro pretende examinar, com rigor teológico e profunda reverência.
Trata-se de uma obra de natureza teológica, destinada a todos que, de forma sincera, buscam avaliar as evidências da fé cristã. Também se dirige àqueles que já reconhecem a Bíblia como a Palavra de Deus, mas enfrentam desafios para compreender a relação entre o Filho e o Pai na eternidade.
Como também é voltado a leitores não familiarizados com a linguagem teológica, convém esclarecer que, diferentemente dos livros evangélicos devocionais ou de autoajuda, um livro teológico busca comunicar verdades bíblicas em linguagem acadêmica.
Tendo isso em mente, dediquei-me a apresentar uma análise do Filho de Deus à luz das Sagradas Escrituras, com o cuidado teológico que o tema exige, sem, contudo, negligenciar o leitor que, mesmo sem formação na área, ..deseja entender com profundidade a singular relação eterna entre Pai e Filho — e não se contenta com respostas superficiais.
Quanto aos escritos dos pais da Igreja do terceiro século, quando passam a ser tratados como norma inquestionável, corre-se o grave risco de inverter a legítima hierarquia de autoridade: a Escritura, que deveria ser a fonte primária de fé e doutrina, passa a ser lida à luz dos pais — e não o contrário.
Essa inversão, sutil mas perigosa, transforma a tradição patrística em critério hermenêutico absoluto, o que contradiz frontalmente o princípio da Sola Scriptura — isto é, “Somente a Escritura” —, sustentado pela fé cristã desde os tempos apostólicos. As contribuições desses autores têm seu valor, mas a Bíblia permanece como autoridade maior.
Sim, a Bíblia! Afinal, que outro livro reúne características tão singulares e extraordinárias? Parafraseando Josh McDowell, vemos que ela foi escrita ao longo de aproximadamente 1.500 anos, por 40 autores — muitos deles de contextos e épocas completamente distintos — em três línguas e continentes diferentes. E, ainda assim, mantém uma impressionante coerência de Gênesis a Apocalipse, pois, apesar de tratar de centenas de assuntos controversos, revela uma única história: a redenção do homem por parte de Deus.
Além disso, é única em circulação, tradução e sobrevivência, visto que nenhum outro livro foi tão amplamente distribuído, traduzido para tantos idiomas e tão implacavelmente atacado ao longo da história.
Que outra obra enfrentou tantos desafios e ainda permanece inabalável? Única também em seus ensinos e na influência sobre a literatura — qual outro livro inspirou tantas produções ao longo dos séculos? E, finalmente, que outro possui maior comprovação em termos de manuscritos?
Mais uma vez, parafraseando Josh McDowell: somente sendo a Palavra de Deus revelada aos homens a Bíblia poderia ter atravessado séculos e resistido a incontáveis ataques. Por tudo isso, nenhum outro livro possui maior autoridade para nos oferecer as respostas de que precisamos a respeito de Jesus.
Aos que O reconhecem apenas como um espírito evoluído, um mestre iluminado ou um ser criado, ou um grande homem da história — como fazem espíritas, testemunhas de Jeová, mórmons e outros —, o convite permanece claro e respeitoso: permitam-se ouvir o que as Escrituras afirmam sobre Jesus, sem filtros doutrinários impostos à revelação bíblica.
Não se trata de impor credos, mas de permitir que os textos falem por si. Leia com atenção, examine com sinceridade e reflita com liberdade. Você poderá, ao longo da leitura, descubrir que a Bíblia diz mais — e com mais clareza — do que você imaginava a respeito de quem é o Filho de Deus.
Foi isso que eu fiz: deixei, sem filtros, que a Bíblia falasse por si própria — e descobri que Jesus é imensuravelmente mais do que me disseram, e exatamente quem Ele declarou ser. O resultado dessa minha sabia decisão está neste livro.
E, se Ele for mais do que sempre lhe disseram... não valeria a pena saber o que a Bíblia afirma sobre Ele — e o que Ele mesmo declarou a respeito de Si?