Professor Me. Ciro José Toaldo

Em meio aos escândalos e a corrupção, bem como as constantes crises na politica brasileira, além da eleição de segundo turno, onde candidatos colocam-se como cristãos ou ateus, o mês de outubro tem datas significavas, não apenas no aspecto religioso, mas também social. Outubro lembra as crianças que precisam de orientação, de mais presença dos pais e de escolas com maior comprometimento! De fato, nossas crianças estão relegadas ao segundo plano, algo lamentável e perigoso!

Mas este artigo é dedicado à religiosidade de nosso país, pois dia doze, feriado nacional, lembra o dia da Padroeira do Brasil – Nossa Senhora Aparecida. Na história da aparição desta santa, em 1717, três pescadores lançaram suas redes nas águas do Rio Paraíba do Sul e encontraram na rede, separadamente, a cabeça e o corpo da estátua da Imaculada Conceição, mãe de Jesus. A partir dai os peixes surgiram em abundância, este foi o primeiro milagre da Padroeira do Brasil.

Este feriado foi criado em 12/10/1980, quando o papa João Paulo II visitou o Brasil e o Presidente Figueiredo instituiu a data em homenagem a Nossa Senhora de Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, leva-nos a refletir o quanto a religiosidade é importante para o brasileiro. Lembrando que foi em 16/07/1930, com o Papa Pio XI, por um decreto, que tornou Nossa Senhora Aparecida a Padroeira do Brasil.

 Em Aparecida do Norte (SP) com seu Santuário (o maior Santuário Mariano do Mundo), concretamente encontramos o significado da fé para os brasileiros! O Brasil tem 65% de sua população como católica, torna-se o maior país católico do mundo, com cerca de 123 milhões de adeptos; neste Santuário Nacional que se tornou o principal ponto de turismo religioso do país, anualmente, cerca de 12 milhões de romeiros o visitam; lembrando que ele recebeu os três últimos papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco. A cada feriado dedicado à santa, somente no dia doze, o Santuário é visitado por mais de 200 mil pessoas.

Muitas são as histórias ligadas com Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, D. Pedro I, em agosto de 1822, visitou a Igreja onde estava a imagem da santa, esta viagem ficou no contexto da Independência do Brasil. Um pesquisador, José Lira, conta que um escravo (Zacarias), preso com grossas correntes, ao passar pela igreja onde estava a santa, pediu para o feitor para rezar, ajoelhou-se e as correntes se romperam e ele foi libertado.  

Ainda este pesquisador, conta que a neta de Dom Pedro I, princesa Isabel, em 1868, foi até Aparecida para pedir a graça de ter filho, pois estava casada há quatro anos; ela conseguiu a graça, em 1875 e 1878, teve três filhos. Em novembro de 1888, a princesa levou até Aparecida uma coroa de ouro, diamantes e rubis e um manto azul; esta coroa foi utilizada em 1904 para coroar Nossa Senhora Aparecida.

Outro dado curioso é quanto à data, 12 de outubro, como escolha do dia da Padroeira do Brasil: este dia, em 1492, Cristóvão Colombo chegou à América. Também neste dia, em 1822, D. Pedro I foi aclamado como Imperador do Brasil. E ainda, em 1798, em 12 de outubro, nasceu D. Pedro I.

Enfim, são inúmeros os motivos, curiosidades e devoção que devem levar o brasileiro a ter respeito para com Nossa Senhora Aparecida e compreender que este não é um feriado qualquer. A religiosidade de um povo deve ser respeitada. O Brasil corre um sério risco, em nome de ideologias esquerdistas e doentias, na promoção do ateísmo de se querer tirar este feriado. A história não se apaga com imposição de mesquinhas ideologias, a história é viva e a religiosidade é parte fundamental para o sagrado exercício da liberdade!

Pense nisto e até o próximo!