Atualmente, o município de São Paulo, possui em linhas gerais uma aparência deteriorada, com ressalva de algumas ilhas de luxo, suas avenidas não conseguem mais escoar a riqueza econômica, só montoeiras de carros, em vista dos tempos do café, Getúlio, JK e do “milagre brasileiro”.

Nesta cidade, milhares de edifícios estão velhos, decadentes e arcaicos em sua arquitetura, as vielas das periferias inudam hits dos guetos da insurgência social, seus teatros não se afinam com a realidade em sua volta, nas bibliotecas, aí sim é possível traduzir certo encontro de estado de espírito da saudosa lembrança de uma ingênua cidade que ardia por crescimento e trazia sonhos a todos seus habitantes.

Na saída de suas portas, tudo se fecha, até as tenras lembranças de um passado não muito distante em que o jargão sistêmico: “São Paulo não para! não para!"

Hoje parou educação, saúde e segurança pública.

Por um momento, raspasse na correria um motoboy, quando viro para próxima quadra, vejo mendigos, pichadores, desocupados, viciados, ambulantes, prostitutas, lixos e calçadas degradadas, e como há, com passos menos espaçados é possível observar em volta inúmeros imóveis abandonados, outros sem toque estético, perfazendo por si num cenário dark.

 O tempo não para em Sampa e logo anoitece e passo a observar ausência do brilho noturno das luzes de neon cintilante e dos outdoors de grande apelo chamativo a sombra de cada esquina como nas cidades de Las Vegas, Paris e Tóquio.

Mais um pouco desatenção é possível sentir certo frio na barriga de uma sensação de desconfiança, insegurança, traduzido para receio de apreensão súbita de violência urbana, com fito intuitivo de sentir-se vigiado quando se pensa usar aparelho celular.

 Em outros aspectos sinto medo do desconhecido, tamanho estado de abandono que se encontra certas ruas dessa cidade, algumas se quer tem iluminação pública, outras não possuem vestígio do poder público local.

Sem dúvida, posso dizer que vivo num passado construtivo e  faço  análise  do evento proposto por traduzir a memória dos fatos, pois não há aquele brilho de poderosidade que foi esta cidade, paro, deparo com o marco zero da cidade, vejo ainda, as marcas e resquícios daqueles áureos tempos através de suas palmeiras imperiais e defronte de uma imponente construção de arquitetura germânica da Igreja da Sé.

Nesta entoada de fatos, venho entender que havendo sinais, seria possível perceber certa similitude primitiva nos eventos distintos em cada nível civilizatório, quando vejo os hábitos em comuns de escambos rolando em certas áreas centrais da capital, apelidado de feira do “rolo”, faz alude conexão com o mesmo hábito praticado no mercado Etíope de Adis Abeba.

Fico ali, por breves segundos, logo, se, retorna a mente para essência real de uma cidade que não aprendeu a crescer de forma sustentável, sem violência e com baixo  índice de satisfação social.

A mesma consciência coletiva dos munícipes, que amam esta cidade, que empurram literalmente o crescimento desta metrópole, mas deixam a desejar nos seus direitos.

 Por céus! à luz dos acontecimentos, seria enfadonho para o povo desta cidade ter que sofrer provações pelos erros realizados por anos a fio de má gestão pública, e ainda assim, poder público de uma forma geral, se acha dentro de uma normatização por causa do maldito passivo politico.

 Tratando de forma bastante ingênua os munícipes de que não teria melhor opção, pois seria medonho aceitar tal situação e como se fugindo a regra em algo do ficcional, quem sabe novo Battmam/Bruce Wayne, e nós na amada São Paulo City.

 

 

Wagner Seiji Toda

Especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal Tecnológica do Paraná Especialista em Gestão P. Municipal pela Universidade Federal São João Del Rei