NÓS, AS LUZES

Por ANTÔNIO CARLOS MEDEIROS | 12/11/2009 | Poesias

O meu carro, de tanto vício

Já é o retrato do seu perfume,

A minha vida, os seus costumes.

Somos agora, sem medo

Em nosso delicado presente,

Um grande emaranhado

De pernas, beijos,

Ternas palavras, carícias,

Sem contar os infinitos abraços.

A sedução que me passam os seus olhos

É a marca fiel

Da sua ausente,

Porém, constante presença.

Somos dois seres perdidos

Na longa noite de inverno,

Sou a vida que tanto desejas

E és a mulher que eu mais quero.

Juntos somos tudo,

Separados somos nada,

Duas estrelas piradas

Em busca de luz

                   E luz

Somos nós,

Quando nus sobre os lençóis.