No elevador

Tudo começa com um “oi”,

Na verdade, nos olhos...

Eles passam penetrante

E sem objetivo aparente.

Perpassam o corpo e os olhos

De modo renitente.

O corpo treme,

As mãos suam.

O medo do novo

E (eles) perpassam de novo.

Por todo aquele corpo

Surgindo algo caloroso.

Atraídos,

Permitem-se lançando sedução

Sem que o coração,

Em meio ao calor

Perceba o terror

Dentro do elevador.

O telefone toca,

O “oi” continua

O que nos olhos inunda.

Uma vontade desnuda

Por vê-la e senti-la...

Então a convida.

Sorrisos, desejos e beijos.

Aqueles corpos nem imaginavam

Nem calculavam.

Tudo ficou inevitável.

Uma atração abstrata

Tornou tudo amável...