No elevador
Publicado em 03 de outubro de 2016 por Daniel de Souza Castilho
No elevador
Tudo começa com um “oi”,
Na verdade, nos olhos...
Eles passam penetrante
E sem objetivo aparente.
Perpassam o corpo e os olhos
De modo renitente.
O corpo treme,
As mãos suam.
O medo do novo
E (eles) perpassam de novo.
Por todo aquele corpo
Surgindo algo caloroso.
Atraídos,
Permitem-se lançando sedução
Sem que o coração,
Em meio ao calor
Perceba o terror
Dentro do elevador.
O telefone toca,
O “oi” continua
O que nos olhos inunda.
Uma vontade desnuda
Por vê-la e senti-la...
Então a convida.
Sorrisos, desejos e beijos.
Aqueles corpos nem imaginavam
Nem calculavam.
Tudo ficou inevitável.
Uma atração abstrata
Tornou tudo amável...