Nietzsche explica a não existência da alma.

Não gosto de Platão.

 Disse uma vez Nietzsche.

Ele criou essa coisa absurda.

Denominada de alma.

Serviu como fundamento.

Para o cristianismo.

Desenvolveu uma cultura da submissão.

Como  só Deus tivesse poder.

A única realidade existente no universo.

É a matéria.

 Posso com toda certeza afirmar.

A alma é uma invenção.

Grega, porém herdada dos povos.

Indos europeus.

Como se a realidade da terra.

Não esgotasse nela mesma.

A natureza é a  natureza.

O mundo real.

O mundo da aparência.

A  sua invenção.

Respondeu Nietzsche.

Platão.

Ficou cego com suas teorias.

Pitagóricas.

Isso aqui é o mundo.

Só o mundo.

Nada além dele.

A matéria e a energia.

Transformam-se.

Mas podem conservar-se.

Exatamente esse o ponto de vista.

Existe limite para a existência do universo.

O tempo até é infinito.

Porque já existiu um tempo imensurável.

 De tal modo se fosse finito.

Teria exaurido.

Disse Nietzsche.

O que está acontecendo agora.

Já aconteceram milhares de vezes.

E acontecerão outros bilhões de anos.

O que vai acontecer já aconteceu.

Então Platão.

O universo é uma metamorfose.

A alma não é nada Platão.

Porque não existe.

Essa ideia sua.

Tudo que existe aqui em grau de perfeição.

Porque antes tivera lá.

Isso é loucura.

Você nunca percebeu que fora sempre um delírio.   

Não entendeu que quando um estado do universo.

Repete-se.

Repetem-se os demais estados no futuro.

Tudo que existiu já existiu infinitas vezes.

 O universo é a repetição dessas vezes repetidas.

Então você vem com essa coisa de alma.

Como se a realidade da matéria fosse diferente.

Da natureza do  espírito.

Dando esperança para quem sempre viveu.

Na mais profunda ilusão.

Entenda Platão.

Não existe um estado de equilíbrio final.

Se isso fosse possível já teria acontecido.

 Sua metafísica não tem sentido.

 Alma o que é ela mesma.

 A repetição de uma ideologia filológica.  

A quantidade de força em relação ao movimento.

É sempre igual ao mesmo tempo.

Platão esquece o seu céu.

 Para o mundo da natureza.

Não existe finalidade.

Nada disso tem algum sentido.

Não existe objetivo nem origem.

O mundo não tornará mais belo.

Pior, ou melhor, devido alguma origem.

Divina.

O mundo será sempre o que foi.

Também não tornará mais perfeito ou original.

Ele repetirá sempre a cada instante.

Acabará e recomeçara.

Dessa forma consecutivamente.

 Porque a matéria retorna, apenas ela.

O espírito simplesmente não existe.

Edjar Dias de Vasconcelos.