Necessários Esclarecimentos aos Meus Leitores
Por Leôncio de Aguiar Vasconcellos Filho | 18/09/2025 | PolíticaNão sou fanático, e muito menos impositor de minhas visões políticas e ideológicas aos outros. Posso dizer e comprovar, com lastro no meu livro “Artigos Sobre História, Política, Geopolítica e Demais Vertentes, e Trabalhos Acadêmicos de História Antiga e Medieval”, que nos aspectos econômicos sou um esquerdista nato, com matizes social democratas. Mas não sou socialista, sendo o meu artigo, na dita obra, intitulado “Chávez e a Pequena União Soviética”, logo no início do compêndio, meu mais primaz escrito antimarxista. Num outro artigo sugiro, até mesmo, a criminalização da ideologia marxista, sob o argumento de que seus seguidores mataram mais pessoas que os nazistas, e em outro questiono as motivações psicológicas de Fidel e Raul Castro, mesmo diante de tantas dificuldades.
Hoje, mantenho minhas mesma linha ideológica, embora não mais seja favorável à criminalização do marxismo, pois não é seu dolo matar (ao contrário dos nazistas). Se seus dirigentes fizeram isso, que sejam jubilados da história, mas a ideologia em si não propõe assassinatos, embora estes inevitavelmente ocorram em todo o contexto de uma revolução.
Em razão de minhas posições notoriamente esquerdistas, incorporei ranço pelos EUA, já que os absurdos da fome e da miséria, no seu considerado desenvolvido território, bem como as violações externas dos direitos humanos perpetradas por seus dirigentes têm se mostrado, desde o final da Segunda Guerra Mundial, tão absurdamente flagrantes quanto banalizados pela mídia, que nunca exigiu um mandado de prisão internacional contra quaisquer de seus presidentes (ao contrário do que vem ocorrendo, corretamente, com o israelense Benjamin Netanyahu e com o russo Vladimir Putin). Quaisquer formas de autoritarismo são indícios de fascismo. Os EUA, por exemplo, tem agido com aspereza contra pessoas inocentes, não só fora, como dentro de seu território por meio de deportações em massa, numa crua e covarde atitude.
Por esta razão, não surpreende-me, mas cansa-me que atribuam somente aos demais atitudes de desrespeito aos direitos humanos. E, como se bastasse, agora, numa atitude nitidamente marcada por corporativismo ideológico, se imiscuem no Poder Judiciário brasileiro, claramente desafiando um dos Três Poderes da nossa República. Sou, como aqui dito e também num artigo recentemente cá publicado, contra exacerbações do Judiciário, naquilo que poderia ser enquadrado como “despotismo (nada) esclarecido”, mas num texto posterior defendo o "despotismo esclarecido" de Moraes para lidar com a ameaça estadunidense. Isso, no Direito, chama-se “paridade de armas”, agora tão necessária para a imposição de nossa ordem jurídica no nosso próprio território. Por isso, também, defendo uma diplomacia firme e multilateral, que com todos negocie, mesmo que sejam Vladimir Putin e Xi Jinping, eis que eles não os únicos psicopatas deste momento geopolítico (afinal, não creio que o Presidente dos EUA, cuja eleição defendi a fim de conter Putin, também não o seja).
Quanto ao meu declarado desprezo a jornalistas, tem viés familiar, como claramente expresso no artigo “O Fogo da Inquisição Midiática”, neste veículo publicado, e é a respeito da mídia que, também, devemos nos posicionar, esquerdistas e direitistas, num raro consenso entre nós, sobre os seguidos ataques que tem sofrido havido nossas instituições mais sagradas, e é disso que passarei a escrever.
Esta é a minha posição aos meus leitores: saber que, em momento algum de sua trajetória, este autor entrou em quaisquer contradições sobre suas posições políticas e ideológicas.