Navio negreiro
Que os homens
Da corte
Filhos de África
Escravizou
Acorrentados
Castigados
Pelas chibatadas
Do sinhô
Gritos fortes
De tamanho horror
Ecoou
Lágrimas de sangue
Tingiram os mares
Por onde passou
Navios piratas
Que os reis brancos
Criou
Até que um dia
Com as graças
Do Senhor
Negro escravo
Libertou-se
Negro valente
Negro guerreiro
De uma raça
Altaneira
Todas as raças
Têm uma dívida
De honra
Pelas maldades
Que praticaram
Mãe África
Ainda chora
Pois até hoje
Parece que
Nada mudou