NATAL, PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
Publicado em 05 de dezembro de 2012 por Maria Estela Ximenes
NATAL, PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
Permanecer horas numa fila para comprar um sapato, satisfazer os caprichos de uma criança na loja de brinquedos, adquirir um bronzeado para estacionar o carro são alguns eventos de natal.
Nesse período, o dinheiro, até então escasso, jorra. Surge um estado de euforia, superado apenas quando chega o mês de janeiro.
Janeiro - primeiro mês do ano, primeira fatura do cartão de crédito, primeira dívida, primeira insônia, primeira queda.
Entre a fila e a gastança, o estômago - indica através de ruídos que é hora de caçar. Caçar uma mesa no espaço caótico chamado Praça de Alimentação.
Na troca de bandejas, não há tempo para fazer a digestão, nem higienizar a mesa, porque um faminto está à espreita. Um homem deposita a sua bandeja na mesa e mal palita os dentes, outro freguês aguarda a sua vez. Ele retira a sua bandeja, olha para os lados, furta os talheres e sai.
É festa - da bebida, comida, amigo oculto, do excesso.
É importante citar o Natal, cerne da comemoração e o motivo (sem conexão), do consumo.
Definir o natal é mais simples do que entender o consumo desenfreado.
O Natal é o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus. Dinheiro e presentes não são o foco, apenas a fé.