Napoleão o Psicopata
Por Pedro Santos Pereira | 04/05/2015 | Psicologia
Napoleão Psicopata
Pedro M. Santos Pereira
Temas: Napoleão, estratégia, liderança, psicopata, psicopatia, DSM-IV, narcisismo, história psicológica, psicologia
4 de Junho 2012
Introdução
Embora Napoleão tivesse sido um homem do seu tempo, imbuído do Zeitgeist revolucionário, vislumbra-se nele o homem patológico que nem sempre procurava soluções racionais e inteligentes, que melhor o beneficiassem a si e aos outros. São evidentes as irracionalidades de algumas das suas estratégias com as quais causou dano e sofrimento a terceiros e ainda assim sofreu prejuízos, aproximando-se daquela personagem que Cipolla descreve como a mais perigosa que existe[1].
Procurei na literatura a defesa da tese do Napoleão patológico mas nada mais encontrei a não ser o “complexo de Napoleão”[2], o que pouco significa, per se, pelo que adiante irei estabelecer um perfil psicológico e comportamental de Napoleão, no contexto do seu tempo. Procurarei também demonstrar, em termos genéricos, a inexistência de racionalidade no seu percurso, no seu processo de tomada de decisão e tampouco qualquer grande estratégia que não fosse a da sua desmesurada ambição e narcisismo, o que não diminui a dimensão do homem como revolucionário, militar e estratega da arte da guerra, onde refinou a “guerra total” da mobilização geral das populações para lutas apocalípticas (batalhas decisivas) entre heróicos cidadãos livres e miseráveis escravos[3], revolucionou o uso da artilharia, da mobilidade e da concentração de forças nos pontos decisivos e vulnerabilidades dos adversários[4].
A Irracionalidade em Napoleão
A existir uma “Grande Estratégia Napoleónica” para domínio da Europa algumas circunstâncias deveriam ter-se verificado, nomeadamente:
- Supremacia militar;
- Gestão criteriosa de alianças;
- Consolidação sistemática do realizado;
- Gestão e economia do esforço de guerra;
- Afeição das populações conquistadas.
Apenas constatamos a primeira. A gestão coerente de alianças não existiu. A consolidação? Foi uma sobre-extensão de territórios a controlar[5]. A gestão dos recursos assentou na pilhagem dos territórios ocupados, transformou a libertação em conquista e saque[6], o que não viabilizou o apoio dessas populações[7].
Se olharmos para Inglaterra, aí sim encontramos uma Grande Estratégia:
- Conter a expansão francesa;
- Manter a supremacia naval;
- Controlar rotas de comércio e colónias;
- Poupar recursos, humanos e financeiros, e subsidiar a terceiros o esforço de guerra continental.
A Inglaterra teve fortuna e engenho para evitar em Trafalgar[8] o que aconteceu aos prussianos em Jena, aos austríacos em Austerlitz[9] e aos franceses em Leibniz, e ainda a vantagem de lutar com um opositor que sempre fez uma medíocre gestão de aliados e garantiu o antagonismo de todos os outros estados e povos europeus[10], senão vejamos: A Rússia que nunca morreu de amores pela Inglaterra, sempre se viu constrangida a alinhar com eles. Não alavancou o seu casamento austríaco nem aproveitou a circunstância de Metternich pretender assegurar equilíbrio entre Rússia e França[11]. Antes de Leipzig teria sido possível obter uma paz honrosa[12]. A débacle ibérica foi resultado da política torcionária de querer impor suseranias e libertar quem não queria ser libertado.
Observemos o contra-senso megalómano da campanha do Egipto[13]: I was full of dreams...I saw myself founding a religion, marching into Asia, riding a elephant, a turban in my head, and in my hand the new Koran that I would have composed to suit my needs[14], para aí fundar uma nova colónia, partir à conquista da Índia e lá atacar os ingleses. Esta gloriosa e absurda aventura numa região com despiciendo valor estratégico como colónia ou base militar[15], custou dezenas de milhares de vidas francesas e ainda mais muçulmanas, teve o seu trágico fim na rendição de Menou aos turcos e ingleses. A campanha não teve racionalidade estratégica e sim, apenas, uma conveniência política – a glória do seu mentor[16] – que sempre perseguiu uma estratégia de poder pessoal, utilizando o interesse nacional da defesa da revolução, ao serviço de uma ambição, tão grande, que não cabia nas fronteiras do sistema de estados europeu[17].
Por várias ocasiões, a Áustria e a Prússia não desejaram a guerra e quando se envolveram nem sempre foi a apregoada cruzada contra-revolucionária[18]. Quando do assassínio do Duque d’Enghien[19] (depuis l’assassinat du duc il y a un martyr de plus dans le ciel, un héros de moins sur la terre)[20], sim, gerou-se a consternação geral das coroas, à qual Napoleão respondeu com a inconveniente proclamação da França Império hereditário, hostilizando os Romanov e Habsburgo[21], imperadores de facto e de jure.
A generalidade das nações debateu-se com as sequelas das derrotas das coligações, enfrentando problemas de solvência e todas, excetuando a Inglaterra, sempre estiveram disponíveis para negociar e manter a paz[22]. No contexto de 1803, Napoleão segue o único rumo capaz de desestabilizar a neutralidade a Leste do Reno – quebra o acordo de Lunéville com o Sacro-Império, intervém na guerra civil suíça, ocupa o Hanôver e a Apúlia. Em 1806 depois de derrotar a Rússia e tomar Berlim, momento em que poderia ter ajustado a Europa à ambição francesa, deita tudo a perder[23], com o Bloqueio Continental, e a nomeação de José rei de Espanha[24]. Em 1807 depois de vencida a Quarta Coligação, Napoleão, no apogeu do seu poder e prestígio, teve uma excelente oportunidade de consolidar o império e a dinastia[25]. Não o fez. Quando da invasão da Rússia e da “guerra da Sexta Coligação” as suas decisões foram tão irracionais que só podem ser explicadas por apostar tudo numa última jogada de suprema glória e mestria...e Napoleão nunca percebeu o que era impossível[26], porque impossível é uma palavra que só se encontra no dicionário dos idiotas[27] (Napoleão dixit), que o levou à incansável perseguição da glória. E uma estratégia patológica para a glória passa por lutar, sempre, até à vitória final.
A Hipótese Patológica
Para avaliarmos esta hipótese evidenciarei os comportamentos que estruturam a sua personalidade confrontados com a aderente sintomatologia patológica[28].
Obsessão
Escreveu a seu irmão: só há uma coisa a fazer neste mundo que é continuar a obter dinheiro e mais dinheiro, poder e mais poder[29].
Lia constantemente[30].
Endereçai ao meu gabinete todos os jornais e tudo o que é publicado no reino[31].
Assistiu a nada menos que 374 peças de teatro, sendo que repetia algumas das apresentações, de forma que foi ao teatro 682 vezes enquanto esteve no poder, mais que uma vez por semana[32].
Violência patológica
Ainda jovem, no recreio era um terror[33]
O seu irmão José, em 1792, descrevia-o como perigoso[34].
Os massacres que ordenou no Próximo Oriente e na Europa[35].
Os seus escritos alternavam crimes e assassínios com banhos de sangue[36].
Procurava um permanente estado de guerra[37].
Tinha uma personalidade destrutiva.
Nas reuniões do Conselho estava de faca em riste e cortava pedaços de madeira das cadeiras.
Lançava tinta para os papeis do despacho e amassava-os antes de os atirar para o chão.
Qualquer peça de porcelana que pegasse destruía.
Se acariciava uma criança fazia-o com tal brutalidade que ela acabava a chorar.
Atirava objectos pela janela.
Ceifava as plantas dos jardins[38].
Tratava as mulheres com brutalidade[39].
Era de uma violência sistemática, por onde passava puxava narizes e torcia orelhas e apertava pescoços.
Irritado, atirava as mesas pelo ar.
Atacava qualquer pessoa ou objecto da sua ira[40].
Era um homem capaz de tudo para satisfazer os seus desejos...e o mais pequeno obstáculo enraivecia-o e era capaz de tudo para o ultrapassar[41].
Hiperactividade
Era por natureza hiperactivo[42].
A sua actividade era notável, parecia estar em toda a parte e em todo o lado ao mesmo tempo[43].
Tinha dificuldade em manter-se sossegado, quando teve de posar para as pinturas oficiais a mulher teve de se sentar junto a ele e segurar-lhe os joelhos porque as pernas lhe tremiam incessantemente[44].
Tinha uma natureza febril. Estava constantemente com novos planos, esquemas e sonhos[45].
Queria sempre resultados imediatos.[46]
Fuga à realidade – Falsidade
Sempre foi um mentiroso patológico[47]. Mentia compulsivamente[48].
Não conhecia a palavra impossível[49].
Era um batoteiro nato, sempre que jogava tinha de ganhar[50].
Narcisismo
O seu egotismo era tão elevado que o seu tópico preferido de conversa era ele mesmo[51].
No exílio: O meu Código Civil e os processos verbais do Conselho de estado viverão eternamente[52].
Não era ligado à família e se os promovia era por vaidade pessoal[53].
Desdobramento de personalidade
Acreditava profundamente nos papeis que representava, a máscara tornava-se no homem[54].
Comportamento anti-social
Nunca teve verdadeiros amigos[55].
Incapaz de comedimento e confiança nos outros[56].
Insensibilidade
Incapaz de inspirar amor pretendia sobretudo inspirar medo[57].
Era de uma insensibilidade atroz, negava ter sentimentos[58].
Constatamos, portanto, um Napoleão com todos os traços de personalidade psicótica[59], com hiperactividade extrema[60] ou, por isso mesmo, no mínimo, maníaco[61], que justificam decisões menos racionais e humanas, que não põem em causa nem o génio nem a coragem.[62]
Conclusão
A tese do “filho da revolução” edificador de uma nova Europa à luz dos ideais de 89, enfim de um Napoleão feroz antagonista do ancien régime que, naquela sociedade brutal, teria de ser temido e vencedor se queria instaurar essa nova ordem europeia, qual “grande estratégia” de largo alcance não é evidente na análise psicológica que se faz de Napoleão. Esta análise conduz-nos outrossim à tese desse mesmo Napoleão feroz e rapace pretender a guerra na Europa, a qualquer preço, não estando aberto nem disposto a qualquer negociação capaz de a evitar.
Como vimos, o que se detecta da análise é a grande falta de racionalidade e um conjunto de erros decisionais mitigados por uma grande capacidade estratégica militar aliada a um conjunto de traços comportamentais que reforçavam as qualidades marciais. Não lhe vislumbro uma “Grande Estratégia” produto consciente de uma reflexão e a que lhe possam atribuir é uma retrospectiva póstuma dos admiradores[63]. Também não lhe atribuo a envergadura de um Bismark, Metternich ou Churchill, apesar de militarmente o equiparar a Aníbal, Alexandre e Alcibíades. Em suma, apenas utilizou a segunda parte[64] de uma das recomendações de Sun Tzu[65] e deveria ter cultivado aquela que diz depender a invencibilidade de nós próprios, isto é, da defesa.
Do cruzamento dos seus traços comportamentais, com a sintomatologia dos transtornos de personalidade e distúrbio mentais, retirados do DSM-IV Source Book[66], resulta uma personalidade psicótica ou maníaca[67]. Esses traços comportamentais que tanto o ajudaram nas suas batalhas e que o tornaram capaz de singrar no quadro revolucionário da época e conduzir a nação a excessos que foram a sua perdição mas também uma significativa mudança para a Europa.
Bibliografia
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Hayek, Frederico, O Caminho para a Servidão, (Lisboa: Teorema, 1977) |
Heuser, Beatrice, The Evolution of Strategy, Thinking War from Antiquity to the Present (New York: Cambridge University Press, 2010) |
Kennedy, Paul, Ascensão e Queda das Grandes Potências, Vol.1 (Mem Martins : Publicações Europa-América, 1988) |
Mahan, A. T., The Influence of Sea Power upon History 1660-1783 (1890) (New York: Dover, 1987) |
McLynn, Frank, Napoleon A Biography, (London: Pimlico, 1998) |
Migolla, Alain, Psicanálise, (Lisboa: Cimepsi, 2002) |
Murray, Williamson, et all, The Shaping of Grand Strategy, Policy, Diplomacy, and War, editado por Willianson Murray, Richard Hart Sinnreich James Lacey (Cambridge: Cambridge University Press, 2011) |
Rodriguez, Ricardo Vélez, Napoleão Imperador dos Franceses Duzentos Anos 1804-2004 (Juiz de Fora: UFJF, 2004) |
Sun-Tzu, A Arte da Guerra, (Köln: Evergreen, 1998) |
Tolstoy, Leo, War and Peace, Book 1 (Ware: Evergreen, 2007) |
Widiger, Thomas et all, DSM-IV Source Book (Arlington: American Psychiatric Association, 1996) |
ANEXOS
(O Complexo de Napoleão)
Sintomatologia Patológica[68]
Transtorno de Personalidade Narcisista |
|
Definição |
Sintomas |
Distúrbio de personalidade em que o sujeito por necessidade de admiração e aprovação de outras pessoas promove a constituição de uma imagem de si unificada, perfeita, cumprida e inteira. |
Grandiosidade Megalomania Auto-erotismo Egoísmo Convicção de tudo saber |
Mania |
|
Definição |
Sintomas |
Distúrbio mental caracterizado pela alteração do pensamento, com alterações comportamentais dirigidas a ideias fixas e com síndrome de quadro psicótico. |
Euforia Energia física e mental exacerbada Redução da necessidade de sono Pensamento acelerado com fuga de ideias Irritabilidade Impaciência Agressividade e violência Sexualidade exacerbada Megalomania Impulsividade |
Personalidade Psicótica |
|
Definição |
Sintomas |
Distúrbio mental grave de forte traço narcisista, caracterizado por um desvio de carácter, ausência de sentimentos e perversão em que os sujeitos carecem de superego. Nasce-se e morre-se psicopata. Não existe nenhum tratamento eficaz, nem psiquiátrico nem medicamentoso para tratar a psicopatia. |
Ausência de sentimentos genuínos Frieza Insensibilidade aos sentimentos alheios Manipulação Egocentrismo Ausência de remorso e culpa Megalomania Egoísmo Se trabalham é só para conseguir dinheiro e poder Dificuldades de se integrarem em grupo Impulsividade Teimosia Teatralidade Violência e crueldade. |
Hipomania |
|
Definição |
Sintomas |
Alteração de humor semelhante à mania mas de menor intensidade em que normalmente a necessidade de sono diminui e a libido aumenta |
Auto-estima elevada Megalomania Necessidade de pouco sono Compulsão para falar demais Fuga de ideias Agitação psicomotora. |
Transtorno de Personalidade Histriónica |
|
Definição |
Sintomas |
Transtorno de personalidade caracterizado por um padrão de emocionalidade excessiva e necessidade de chamar para si as atenções e aprovação. |
Comportamento exibicionista Busca constante de apoio e aprovação Dramatização excessiva Orgulho da própria personalidade Comportamento sedutor inapropriado Necessidade de ser o centro das atenções Inconstância dos estados emocionais Decisões precipitadas |
Transtorno Obsessivo-Compulsivo |
|
Definição |
Sintomas |
É um transtorno de ansiedade caracterizado por comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou a própria pessoa |
Manias e rituais incontroláveis Ideias exageradas e irracionais de: Saúde Higiene Organização Simetria Perfeição |
[1] Cipolla, Carlo, Allegro ma non troppo, p. 85
[2] Postula que os indivíduos de baixa estatura, por complexo de inferioridade, são mais agressivos que os restantes, para assim poderem dominar aqueles mais altos que eles. Está hoje demonstrado que esta asserção não é verdadeira e portanto o complexo de Napoleão não é reconhecido como patologia, embora o seja o “Complexo de Inferioridade”.
[3] Bell, David, The First Total War, pp. 138
[4] Heuser, Beatrice, The Evolution of strategy, pp. 105
[5] Kennedy, Paul, Ascensão e Queda das Grandes Potências, Vol.1 (Mem Martins : Publicações Europa-América, 1988), pp. 169
[6] Ascensão e Queda das Grandes Potências, op. cit pp. 156
[7] Mas em França era idolatrado e plebiscitado. Na votação para o seu consulado perpétuo obteve a favor 3,5 milhões de votos e contra apenas 8.347, in Napoleon’s Wars, op. cit pp. 126.
[8] Por demérito de Villeneuve.
[9] Mahan, A. T., The Influence of Sea Power upon History 1660-1783 (New York: Dover, 1987), pp. 47
[10] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 178
[11] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 504-505
[12] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 513
[13] De se tornar o novo Alexandre.
[14] The First Total War, op. cit pp. 212
[15] Potencial económico e recursos reduzidos, afastada das rotas da Índia que à época ainda navegavam a Rota do Cabo
[16] The First Total War, op. cit pp. 210-211
[17] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 70
[18] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 45
[19] O último dos Condé
[20] Tolstoy, Leo , War and Peace, pp. 31, o que despoletou um espírito de cruzada das potências, encabeçado por Gustavo IV da Suécia, in Napoleon’s Wars, op. cit pp. 200
[21] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 200
[22] Em 1803 a Áustria exausta e sem recursos (in Napoleon’s Wars, op. cit pp. 178) estava ambivalente quanto a guerrear e a Prússia, empenhada em obter o apoio francês (in Napoleon’s Wars, op. cit pp. 189), declinara a sua participação (in Napoleon’s Wars, op. cit pp. 83), entretanto a Rússia estava pouco inclinada a envolver-se sem que a Áustria se envolvesse primeiro (in Napoleon’s Wars, op. cit pp. 183-184).
[23] Bonaparte, Napoleão, Como fazer a Guerra, (Lisboa: Sílabo, 2003), pp. 12
[24] Foi, por estranho que pareça, a revolta dos povos, ainda a coberto dos reis, que deitou Napoleão a perder (in Bonaparte, Napoleão, Como fazer a Guerra, op. cit pp. 13)
[25] The First Total War, op. cit pp. 241
[26] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 445
[27] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 461
[28] Ver a sintomatologia em anexo
[29] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 33
[30] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 17
[31] Bonaparte, Napoleão, Como fazer a Guerra, op. cit pp. 55
[32] [32] Rodriguez, Ricardo, Napoleão Imperador dos Franceses Duzentos Anos 1804-2004 (Juiz de Fora: UFJF, 2004), pp. 25
[33] Napoleon A Biography, op. cit pp. 18
[34] I have always detected in Napoleon an ambition that is not altogether selfish,…he is a dangerous man…he seems inclined to be a tyrant (in The First Total War, op. cit pp.190)
[35] Em Al-Azhar mandou matar 3.000 egípcios desarmados. No Cairo, quando de uma revolta, mandou cortar a cabeça a todos os prisioneiros capturados com armas e atirar os corpos ao Nilo. Em Jaffa depois da rendição de 4.000 otomanos mandou fuzilar todos os oficiais. Sempre que as populações resistiam respondia com compulsiva violência. Pavia e Lugo mandou-as destruir totalmente depois de autorizar o saque da tropa. Em Stanz na Suíça mandou queimar todas as casas (600) nas quais morreram 1.200 homens, mulheres e crianças. No Haiti autorizou a chacina de dezenas de milhares de negros escravos (in The First Total War, op. cit pp. 213-214)
[36] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 22
[37] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 116
[38] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 128-129
[39] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 128-129
[40] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 130
[41] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 446
[42] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 128
[43] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 33
[44] The First Total War, op. cit pp.201
[45] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 130
[46] The First Total War, op. cit pp.189
[47] Napoleon A Biography, op. cit pp. 18
[48] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 128
[49] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 131
[50] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 128
[51] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 129
[52] Rodriguez, Ricardo, Napoleão Imperador dos Franceses, op. cit pp. 20
[53] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 130
[54] The First Total War, op. cit pp.190
[55] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 130
[56] Napoleon A Biography, op. cit pp. 231
[57] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 131
[58] Napoleon’s Wars, op. cit pp. 128-129
[59] O psicopata sofre (mas não sente) de um distúrbio mental grave de forte traço narcisista, caracterizado por um desvio de carácter, ausência de sentimentos e perversão em que os sujeitos carecem de superego
[60] Ou seja, traços de distúrbio de personalidade obsessiva compulsiva
[61] A mania é um triunfo do Ego sobre o objecto das pulsões e de eros sobre tanatos. A mania constitui a utilização do sentimento de omnipotência para controlar e dominar os objectos ou os outros (in Migolla, Alain, Psicanálise, (Lisboa: Cimepsi, 2002), pp. 488
[62] Confere com as características comportamentais – ver Anexo
[63] Sinnreich, Richard, “Patterns of Grand Strategy”, in Murray, Williamson, et all, The Shaping of Grand Strategy, Policy, Diplomacy, and War, editado por Willianson Murray, Richard Hart Sinnreich James Lacey (Cambridge: Cambridge University Press, 2011), pp. 254
[64] O aforismo completo será: “A invencibilidade depende de nós próprios, a vulnerabilidade do inimigo depende. A invencibilidade reside na defesa, a possibilidade de vitória no ataque”.
[65] Sun-Tzu, A Arte da Guerra, (Köln: Evergreen, 1998), pp. 127-128
[66] Widiger, Thomas et all, DSM-IV Source Book (Arlington: American Psychiatric Association, 1996)
[67] Ver sintomatologia em anexo.
[68] Widiger, Thomas et all, DSM-IV Source Book (Arlington: American Psychiatric Association, 1996)