Não quero...
Publicado em 17 de março de 2010 por Amarília Couto
Não quero...
Não quero pra mim
o que não é sincero
o que vem travestido
de verdade
mas se revela
sem autenticidade
ao primeiro olhar
intenso e amoroso
Não quero
em minha vida
a mão fugidia
que não se abre nunca
nem para um aceno
e muito menos
para um toque ameno
de carinho
Não quero
a voz sem doçura
o NÃO áspero
que não se comove nunca
nem o SIM mentiroso
que aparece quando
não se quer dizer mais nada
quando o tanto faz
é sinônimo de pura indiferença
Também não quero a ofensa
que magoa de forma gratuita
e tosca
que apaga a beleza do momento
e avilta o coração
Quero não
o falso pedido de perdão
que vem quando alguém
quer levar vantagem
e seguir na acomodação
quando as palavras
são secas
destituídas da emoção
que poderia legitimá-las
Não quero sobretudo
viver com um escudo
no peito
para me proteger
das flechadas
das pessoas que vivem
armadas
destilando veneno
o tempo todo
Quero ainda acreditar
no oásis
que posso ser
pra mim mesma
e oferecer a quem
de mim se aproximar
um copo de água
fresquinha
mais um dedinho
de prosa boa
e que minha voz
possar entoar
com outras vozes
um hino ao direito
de amar
sem ficar na defensiva
Não quero a negação do amor
seja de que maneira for
Não quero pra mim
o que não é sincero
o que vem travestido
de verdade
mas se revela
sem autenticidade
ao primeiro olhar
intenso e amoroso
Não quero
em minha vida
a mão fugidia
que não se abre nunca
nem para um aceno
e muito menos
para um toque ameno
de carinho
Não quero
a voz sem doçura
o NÃO áspero
que não se comove nunca
nem o SIM mentiroso
que aparece quando
não se quer dizer mais nada
quando o tanto faz
é sinônimo de pura indiferença
Também não quero a ofensa
que magoa de forma gratuita
e tosca
que apaga a beleza do momento
e avilta o coração
Quero não
o falso pedido de perdão
que vem quando alguém
quer levar vantagem
e seguir na acomodação
quando as palavras
são secas
destituídas da emoção
que poderia legitimá-las
Não quero sobretudo
viver com um escudo
no peito
para me proteger
das flechadas
das pessoas que vivem
armadas
destilando veneno
o tempo todo
Quero ainda acreditar
no oásis
que posso ser
pra mim mesma
e oferecer a quem
de mim se aproximar
um copo de água
fresquinha
mais um dedinho
de prosa boa
e que minha voz
possar entoar
com outras vozes
um hino ao direito
de amar
sem ficar na defensiva
Não quero a negação do amor
seja de que maneira for