NÃO JULGUE UM POETA
Não julgue um poeta pelo amor, nem sempre os amores descritos pertencem a ele.
Não julgue um poeta pelo ódio, a força que movimenta a caneta dele vem das mais variadas emoções.
Não julgue um poeta pela solidão, o isolamento traz para ele a proximidade com tudo e com todos que conviveu.
Não julgue o poeta por suas palavras, ele precisa ser incisivo e ter poder de convencimento.
Não julgue o poeta por suas loucuras, aqui nesse hospício só os loucos se parecem normais.
Não julgue o poeta por suas lágrimas, eles apenas orvalham gotas salgadas que temperam os sentimentos.
Não julgue o poeta pelo seu sorriso, ele tem o dom de mostrar alegria até nos momentos mais tristes.
Não julgue o poeta pelos seus olhos, ele consegue enxergar belezas nas coisas mais simples da vida.
Não julgue o poeta pela dor que ele demonstra, ele sempre se cura no bálsamo das escritas.
Não julgue o poeta pela vida que ele conta, pode ser apenas mais um verso.
Não julgue o poeta por falar de morte, na verdade ele precisa falar de esperança, para aquela hora que todos receiam.
Não julgue o poeta pelos pensamentos dele, ele é uma complexa profusão de idéias que nem todos estão receptivos para ouvir.
Não julgue o poeta pelas verdades, na poesia tudo se mistura com um pouco de fantasia.
Não julgue o poeta pelas mentiras, ele diz coisas que sabe que não são reais, mas que fará você feliz.
Nunca tente matar um poeta rotulando-o com conceitos medíocres, bem próprio da empáfia dos pré julgadores, Os fantasmas dos versos dele assombrará você por toda sua vida.
Os poetas não morrem jamais, se perpetuam nas palavras.
Os poetas jogam palavras ao vento, o vento espalha as palavras, agrupadas viram frases, fraseadas constroem diálogos.
Já os monólogos são sentenças de seres condenados a solitária da masmorra da auto-suficiência.