NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA

 

Desde que o homem, em remotas eras, conquistara a Razão (que ainda se desenvolve no tempo-evolução), passara a perquirir sobre as coisas ao seu derredor, lhe sobrevindo, com isso, a ideia de um Ente Supremo que, em suas primeiras idades, e, portanto, sem mais expressivos saberes, referido homem, mesmo assim, nunca descartara a ideia de tal, ou seja: de um Criador.

 

Kardec, perquirindo sobre tal tema, os Espíritos Superiores que, aos poucos, organizavam sua excelsa Doutrina, também abordaram referido tema como se pode por tais itens constatar:

 

Pergunta 5:

 

“Que conseqüência se pode tirar do sentimento intuitivo que todos os homens carregam em si mesmos da existência de Deus?”

 

Resposta:

 

“Que Deus existe; porque de onde lhe viria esse sentimento se ele repousasse sobre o nada? É ainda uma conseqüência do princípio de que: não há efeito sem causa”.

 

Pergunta 6:

 

“O sentimento íntimo, que temos em nós mesmos, da existência de Deus, não seria o fato da educação e o produto de ideias adquiridas?”

 

Resposta:

 

“Se assim fosse, por que os vossos selvagens teriam esse sentimento?”

 

E Kardec, em aprovação de tais ensinos ministrados pelos nossos Superiores Espirituais, comenta com ampla dose de razão:

 

“Se o sentimento da existência de um Ser Supremo não fosse senão o produto de um ensinamento, ele não seria universal, e não existiria, como as noções de ciência, senão naqueles que teriam podido receber esse ensinamento”. (Vide: “O Livro dos Espíritos” – AK – 1857 – Ide).

 

A retórica de Kardec é precisa e compreensível a todos, exceto pelos orgulhosos que, em seu pretenso saber de tudo, nega o óbvio, ou seja: a existência de Deus, e, portanto, de um Criador que, como ministrado supra, trata-se de uma ideia universal que, mesmo os seus negadores sabem, em sua Consciência, existir, conquanto neguem da boca pra fora que, no fundo, no fundo, é pura rebeldia, insensatez e ignorância.

 

Em suma:

 

“Não há efeito sem Causa”,

 

E Kardec resume seus ensinos de que:

 

“Para se crer em Deus basta lançar os olhos sobre as obras da criação. O Universo existe; ele tem, pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e adiantar que o nada pôde fazer alguma coisa”. (Opus Cit.).

 

E pensar que, cento e cinqüenta anos (150) pós Kardec, ou seja, neste início do Século 21, ainda temos os céticos, os fanfarrões que, em sua irrisão e cegueira, como se pode ver em alguns livros e textos disseminados pelo mundo cultural, e, pela Internet, alegarem que o Universo surgira do nada, ou, então, que a Mecânica Celeste dispensa a ideia de Deus, quando é justamente o oposto, pois que: o Universo exige a ideia de Deus, de um Ente Supremo, um Criador.

 

Mas como um assunto está atrelado ao outro, o fato é que a ideia de Deus no homem é de todos os seus períodos evolucionários, do selvagem ao homem moderno que sabem, em sua Consciência, de um Ente Criador, pois que, se não damos existência a nós próprios, como Espírito e como homem, então, dita existência, sendo um efeito, implica num Ente Supremo que, chamem como queiram chamar, é o Ente Causador de Tudo, do átomo às estrelas, do verme ao homem que, antes que tal: é Espírito palingenésico, e, portanto, imortal.

 

É fácil ao homem, em seu ceticismo, negar; porém, o difícil é fazer, é construir um Sistema de Leis matemáticas precisas e inabaláveis que governam Tudo, e isto, o negador fanfarrão não pode fazer, pois, em sua soberba, e, como já o dizia notável espiritista, referido negador não passa de um bobo, no que estamos de pleno acordo com tal definição.

 

Autor: Fernando Rosemberg Patrocínio:

Articulista, Coordenador e Instrutor de Estudos Doutrinários, Palestrante e Escritor.

 

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